segunda-feira, dezembro 01, 2025

O Hino da Restauração da Independência de Portugal

Assinala-se hoje, dia 1º de dezembro, o Dia da Restauração da Independência de Portugal, que comemora o fim do domínio espanhol em Portugal.

O "Hino da Restauração da Independência de Portugal", é um hino patriótico português composto em 1861, por Eugénio Ricardo Monteiro de Almeida, para a peça teatral: 1640 ou a Restauração de Portugal.

Este hino de grande popularidade, chegou até aos nossos dias a ser tocado nas comemorações oficiais do 1.º de Dezembro, sobretudo, a partir de 2012, como parte final do Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas, em Lisboa.

A peça de teatro 1640 ou a Restauração de Portugal, fruto da parceria dos dramaturgos Francisco Duarte de Almeida Araújo e Francisco Joaquim da Costa Braga, estreou-se no Teatro da Rua dos Condes, em Lisboa, em 1861. A estreia foi um sucesso, na qual os autores foram chamados quatro vezes ao palco, e prolongou-se com enchentes extraordinárias nas récitas subsequentes.

A letra original deste hino, de 1861, é a seguinte:

''Lusitanos, é chegado
O dia da redenção.
Caem do pulso as algemas,
Ressurge livre a Nação.

O Deus de Afonso, em Ourique
Dos livres nos deu a lei:
Nossos braços a sustentem
Pela Pátria, pelo Rei.

Refrão:
Às armas, às armas,
O ferro empunhar;
A Pátria nos chama,
Convida a lidar.

Excelsa Casa, Bragança
Remiu cativa nação;
Pois nos trouxe a liberdade,
Devemos-lhe o coração.
Bragança diz hoje ao povo:
"Sempre, sempre te amarei"
O povo diz a Bragança
"Sempre fiel te serei".

Às armas, às armas...

Esta c'roa portuguesa
Que por Deus te foi doada
Foi por mão de valerosos
De mil jóias engastada.

Este ceptro que hoje empunhas,
É do mundo respeitado,
Porque em ambos hemisférios
Tem mil povos dominado!

Às armas, às armas...

Nunca pode ser sujeita
Esta nação valerosa
Que do Tejo até ao Ganges
Tem a história tão famosa.

Ama-a pois, qual o merece;
Ama-a, sim, nosso bom rei
Dos inimigos a defende,
Escuda-a na Paz, e Lei.

Às armas, às armas...

Ai! Se houver quem já se atreva
Contra os Lusos a tentar,
O valor de um povo heróico
Há-de os ímpios debelar.

Viva a Pátria, a Liberdade,
Viva o regime da Lei,
A Família Real viva,
Viva, viva o nosso Rei!

Às armas, às armas..."

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