Lembrar para não esquecer: faz hoje 47 anos.
A urgência da memória das vítimas, a recordação e a saudade do meu irmão, Rui Coelho, trazem-me aqui de novo.
Rui Coelho cobardemente assassinado, foi uma, das milhares de vítimas da tragédia do 27 de Maio em Angola.
Tinha 25 anos. Não conheceu o filho.
Da sua execução não se sabem local, data ou circunstâncias.
Não teve direito a qualquer tipo de julgamento ou defesa.
Rui Coelho nem sequer estava em Angola por alturas do 27 de Maio de 1977. O seu assassinato aconteceu porquê? Para quê?
Será demasiado querer saber porque morreu, e como morreu, o meu irmão?
Será possível que continuemos sem saber dos seus restos mortais?
Será possível que continuemos sem puder fazer-lhe um funeral digno?
Rui Coelho e o 27 de maio de 1977, não podem cair no esquecimento.
Lembrar, para não esquecer.
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