No ano seguinte ao da sua publicação, o livro, que rapidamente atingira uma tiragem de 120 000 exemplares, obteve o Prémio da União de Escritores da Checoslováquia. No entanto, pouco tempo depois, viria a ser proibido neste país, mas a sua publicação em França, pela Gallimard, torná-lo-ia mundialmente conhecido.
Milan Kundera (1929 – 2023) foi um escritor checo, exilado na França, conhecido pelo livro A Insustentável Leveza do Ser (1983).
Autor de uma vasta obra, que abrange o romance, o ensaio e a poesia, é considerado um dos mais importantes escritores do século XX.
Naturalizado francês desde 1981, a sua cidadania checa tinha sido revogada em 1979. Uma nova cidadania checa foi-lhe fornecida em 2019. Porém, Kundera considerava-se um escritor francês e desejava que a sua literatura fosse estudada como literatura francesa e como tal classificada nas livrarias.
A sua obra mais conhecida e aclamada é A Insustentável Leveza do Ser, publicada antes da Revolução de Veludo de 1989, quando o regime comunista da Checoslováquia baniu os seus livros. A Insustentável Leveza do Ser é a sua obra mais aclamada pelos leitores e pela crítica, e em muito contribuiu para o tornar num autor reconhecido internacionalmente.
Entre outros, foram atribuídos a Milan Kundera o Prémio Médicis (1973), o Prémio Mondello (1978), o Prémio Common Wealth (1981), o Prémio Jerusalém (1985) e o Prémio Independente de Literatura Estrangeira (1991).
Sinopse:
"Um dia, em 1961, fui ver uns amigos na região mineira onde vivi em tempos. Contaram-me a história de uma jovem operária que roubava, para o seu amante, flores nos cemitérios. A sua imagem não me largava e diante dos meus olhos desenhava-se o destino de uma mulher jovem para quem o amor e a carne eram mundos separados, para quem a sexualidade estava nos antípodas do amor. Uma outra imagem se vinha juntar em contraponto à da rapariga que roubava flores: um longo ato de amor que não era em realidade senão um soberbo ato de ódio. Assim nasceu a ideia do meu primeiro romance, que acabei em dezembro de 1965 e a que chamei A Brincadeira."
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