Rui Coelho |
Se não assistiu ao noticiário das 20h da RTP 1, com uma reportagem da Cândida Pinto, sobre a exumação dos restos mortais de pessoas desaparecidas forçadamente, vítimas do terrorismo do Estado Angola nos anos 1977-1979, designado por 27 de Maio, pode fazê-lo clicando aqui.
Leia também, aqui, a página internacional do jornal Diário de Notícias que titula: ADN de ossadas desmente governo de Angola. Leia aqui a carta de revolta dos órfãos.
Completar-se-ão, em breve, 46 anos sobre os trágicos acontecimentos do 27 de maio de 1977, em Angola.
Para que não caia no esquecimento, a memória, a recordação e a saudade do meu irmão, Rui Coelho.
Cobardemente assassinado, foi uma, dos milhares de vítimas, desta tragédia.
Tinha 25 anos. Da sua execução não se sabem local, data ou circunstâncias.
Não teve direito a qualquer tipo de julgamento ou defesa. Não se conhecem termos de acusação: Qualquer tipo de pseudo - confissão, a existir, foi arrancada sob coação e tortura.Rui Coelho nem sequer estava em Angola à data do 27 de Maio de 1977. Não teve hipótese de conhecer o filho que é um dos órfãos do 27 de Maio de 77. O seu assassinato aconteceu porquê? Para quê?
Violência? Terror? Ameaça? Atentado à vida e aos Direitos Humanos? Ou tudo isso junto?
Será demasiado querer saber porque morreu, e como morreu, o meu irmão? Será demasiado querer reaver os seus restos mortais e dar-lhe um enterro digno? Será demasiado exigirmos fazer, finalmente, o luto?
2 comentários:
👏👏👏
Tenho ideia do Zeca ter estado cá por essa altura e que os amigos o terão aconselhado a aguentar por aqui até se esclarecer a situação. Mas acho que ele se sentia de consciência tranquila e resolveu ir…Um grande amigo que perdemos. Beijinho grande São.
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