Quanto à bandeira a mudança gerou grandes discussões. Já no que se refere ao Hino Nacional o consenso foi enorme e toda a gente aprovou A Portuguesa que já existia desde 1890 e era cantada com grande entusiasmo pelos portugueses, porque fazia uma homenagem ao povo português e à História de Portugal.
A Portuguesa era uma canção de protesto composta na sequência do ultimato inglês e adotada pelos republicanos, vindo a transformar-se no hino em 1911. Se quiser saber mais sobre este assunto clique aqui e aqui.
A versão original da letra é a que se segue, a versão de 1957 pode vê-la aqui e a versão oficial pode vê-la clicando aqui.
I
Herois do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memoria,
Oh patria ergue-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões
marchar, marchar!
II
Desfralda a invicta bandeira,
À luz viva do teu céo!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu!
Beija o teu sólo jucundo
O Oceano, a rugir de amor;
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões
marchar, marchar!
III
Saudai o sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do resurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injurias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela patria lutar!
Contra os Bretões
marchar, marchar!
Data: 1890 (versão original); Letra: Henrique Lopes de Mendonça e Música: Alfredo Keil.
Aprecie agora o desempenho do Hino Nacional de Portugal - "A Portuguesa" - para orquestra, com soprano e coro, por ocasião das Comemorações do Centenário da República Portuguesa - 2010. Intérpretes: Orquestra Sinfónica Portuguesa, com o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e Elisabete Matos como soprano, sob a direcção musical de João Paulo Santos.
Sem comentários:
Enviar um comentário