Num continente politicamente instável nasceu a 9 de Julho um novo país: A República do Sudão do Sul. Seis meses depois de um referendo fiscalizado pela ONU nasceu o 193º país, pondo-se assim fim a uma guerra civil com 50 anos e um saldo de cerca de 1 milhão de mortos.
Além da divisa com o Sudão do norte, o Sudão do Sul faz fronteira a leste com a Etiópia, ao sul com o Quénia, Uganda e República Democrática do Congo e a oeste com a República Centro-Africana.
O Sudão do Sul, também chamado de Novo Sudão, possui quase todos os seus órgãos administrativos em Juba, a capital, que é também a maior cidade.
Apesar de ser rico em petróleo, o Sudão do Sul nasce como um dos países mais pobres do mundo. Altas taxas de mortalidade materna e infantil, a maioria das crianças não frequentam a escola e consequentemente um alto índice de analfabetismo que, entre as mulheres, chega aos 84%.
No Sudão do Sul estão 75% das reservas de petróleo do antigo Sudão, localizadas sobretudo na região de Abyei. Porém, é no norte que se encontram os oleodutos e os portos.
O governo de Cartum foi o primeiro a reconhecer a nova nação, num sinal de secessão tranquila para aquele que foi, até sexta-feira, o maior país da África - que agora passa a ser a Argélia.
Mas o reconhecimento não elimina os temores a respeito do futuro. Os líderes do sul e do norte ainda precisam chegar a acordo acerca de várias questões, a começar pela exata demarcação da fronteira e pela partilha dos dividendos petrolíferos.
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