Hoje é carnaval e Dia Internacional da Mulher. Não poderia, por isso, deixar de falar de uma mulher de origem portuguesa que é uma referência no Brasil e no seu carnaval, considerado um dos melhores do mundo.
Carmen Miranda (Marco de Canaveses- Portugal, 9 de fevereiro de 1909 — Beverly Hills, 5 de agosto de 1955), foi uma cantora e atriz luso-brasileira. A sua carreira artística decorreu no Brasil e nos Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou na rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. O estilo eclético fez com que fosse considerada uma precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960.
Ao carnaval, a maior festa popular do Brasil, estão associadas músicas como o samba e as marchinhas!
Mais até do que o samba, a marcha é reconhecida como a música de carnaval, por excelência, no Brasil. No seu período áureo, que se estendeu dos anos 20 aos anos 60, foi a responsável por algumas das canções mais populares do país. As marchas conseguiram, então, reunir um grupo de compositores considerados alguns dos mais importantes nomes da música popular brasileira. De Chiquinha Gonzaga, a Moraes Moreira, passando por Noel Rosa, João de Barro, Ary Barroso, Lamartine Babo e Mário Lago, muitos foram os que se esmeraram ano após ano para serem os autores da música que o público passaria cantando durante os quatro dias de folia.
As marchinhas reinaram na música brasileira a partir da década de 30. As vozes mais importantes que as tornaram conhecidas foram: Carmen Miranda, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Black-Out. Entre os confetis, os lança-perfume e as serpentinas, eram eles que entoavam as músicas dos compositores brasileiros mais importantes.
Com a chegada dos anos 60, a popularização dos desfiles de carnaval marcou o início da ascensão do samba-enredo e o declínio das marchinhas e dos blocos. José Roberto Kelly foi um dos últimos compositores que brilharam no género, com as famosas marchas: a Cabeleira do Zezé e a Mulata Iê-Iê-Iê.
Se tiver oportunidade não deixe de relambrar algumas marchinhas que ficaram célebres na voz de Carmen Miranda: Taí (Joubert de Carvalho); Mamãe Eu Quero (Jararaca e Vicente Paiva) e Eu Dei (Ary Barroso).
Entretanto, sugiro-lhe que veja Carmen Miranda a cantar O QUE É QUE A BAIANA TEM.
Este é um documento muito raro. É o único segmento que sobrou do filme "Banana da Terra" (1939). Nada mais sobreviveu ao tempo. Esta foi a primeira vez em que Carmen Miranda apareceu vestida de baiana num filme. Os americanos não a tinham "descoberto" ainda. O número original é mais curto. Este foi editado. Aproveitem!
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