Ir levando no caminho os amores perdidos
e os sonhos idos
e os fatais sinais do olvido.
Ir seguindo na dúvida das horas apagadas,
pensando que todas as coisas se tornaram amargas
para alongarmos mais a via dolorosa.
E sempre, sempre, sempre recordar a fragrância
das horas que passam sem dúvidas e sem ânsias
e que deixamos longe na estéril errância.
Pablo Neruda
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