Lisboa, há quantos séculos menina,
Moça eterna, que o tempo nunca ameaça;
Não sei de graça igual à sua graça,
De ar como esse ar com que Ela nos fascina.
Não sei de graça igual à sua graça,
De ar como esse ar com que Ela nos fascina.
Atlântida talvez, grega, latina,
Visigótica, moura... tanta raça
De pagãos e de heréticos que passa
Por Ela, e seu prestígio não declina!
Baptiza-se no Tejo... então, mais bela
Ainda, entre as mais belas se revela:
_ Portuguesa, marítima e cristã.
Madrugada de Fé no mar, na terra...
Sobre o teu Sol a noite não se cerra,
Lisboa, há quantos séculos manhã!
Alberto de Monsaraz (1889 - 1959)
Alberto de Monsaraz (1889 - 1959)

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