O Gekigá é um termo japonês usado para definir um movimento de mangás para adultos. O termo gekigá significa algo como "figuras dramáticas" ou "imagens dramáticas".
O termo foi criado por Yoshihiro Tatsumi. Mais tarde foi adotado por outros artistas japoneses de uma linha mais séria de mangás que não queriam que as suas obras fossem reconhecidas como tal, numa referência quase pejorativa do termo "mangá", a que chamavam de "desenhos irresponsáveis". Assim como Will Eisner usou o termo novela gráfica (graphic novel) para diferenciar os trabalhos mais sérios da arte sequencial dos quadradinhos comuns ou populares. Esses novos artistas japoneses criaram o termo gekigá para designar trabalhos mais adultos dentro dos quadradinhos nipónicos.
Os mangás gekigá despontaram no Japão por volta dos anos 60, trazendo narrativas maduras e realistas voltadas para o público adulto. Surgiram a partir de artistas que queriam diferenciar os seus mangás de obras infantis. Não só as histórias, mas também o próprio traçado e o estilo do movimento gekigá são realistas. Com o tempo, o gekigá deu lugar ao seinen (versão atualizada do Gekigá).
Portanto, este tipo de obra é parte importante da história da cultura pop japonesa (Jpop). Desta forma, muito do que vemos hoje em certos mangás e animes teve influências do gekigá. No entanto, por não fazer parte do grande circuito comercial da indústria de mangás no Ocidente, estes trabalhos não possuem assim tanta popularidade. Além disso, por ser um movimento um pouco mais antigo, o gekigá nem sempre agrada a todos os púbicos. Mas, mesmo assim, existem bons mangás deste tipo publicados e que valem a pena ser lidos.
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