A Samakaka é um tecido de algodão típico de Angola. O vocábulo samacaca foi registado no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora como: "pano tradicional angolano, com padrão característico de figuras geométricas coloridas".
Este termo vem provavelmente de Samacaca, antropónimo, que significa antigo soba bailundo.
A samakaka chegou a Angola há dois séculos pelas mãos dos portugueses, após uma visita às colónias holandesas das Índias ocidentais. No século XIX, a samakaka era usada como moeda nas trocas comerciais entre os colonos portugueses e os indígenas juntamente com o jiloso (pano azul-escuro e branco) e a aguardente.
Caracteriza-se pelo seu padrão de figuras geométricas coloridas pelas cores vermelho, branco, amarelo, preto ou branco.
O fabrico destes tecidos permitia a distinção de sociedades e grupos etários através da cor e das estampas. Estes panos são produzidos nas aldeias e o trabalho é executado por mulheres e crianças. Contudo a produção não é exclusivamente interna, porque é um meio usado para o sustento do grupo – com a venda – para a obtenção de produtos não cultiváveis.
É o caso do povo Muíla que produz manufaturadamente o pano Samakaka, usado entre entre eles e comercializado no exterior das aldeias.
Contudo, um novo elemento surgiu na África contemporânea, nomeadamente em Angola, a Moda. O resultado é a coexistência da cultura tradicional com os ditames da moda atual.
Os padrões e as cores dos tecidos africanos têm sido fonte de inspiração para vários estilistas e designers de moda, que têm levado um pouco de África e de Angola para o resto do mundo. É o caso, entre outros, de João Pimenta, Rose Palhares, Nadir Tati, Glória Sílvia, Virginie e Fiu Negro.
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