terça-feira, outubro 09, 2018
As Saloias na Poesia Popular
As saloias são cantadas na poesia popular. A quadra, abaixo, recolhida na aldeia da Rapa (Celorico da Beira) desenha nitidamente dois perfis: o etnográfico, da saloia; o moral do poeta.
Quem me dera em Lisboa,
Á porta de uma taberna,
P’ra ver passar a saloia
Com a saia a meia perna.
A seguir, a referência ao traje da saloia (folclore lisbonense dos arredores, ou da região mais próxima de Lisboa).
Sou saloia, trago botas,
E também trago mantéu,
Também trago carapuça
Debaixo do meu chapéu.
Sou saloia, trago botas,
Também trago o meu manteu
Também tiro a carapuça
A quem me tira o chapeu.
Agora mais três quadras acerca das saloias.
Sou saloia, vendo queijos,
Também vendo requeijão,
Também falo ao meu amor,
Quando tenho ocasião. (!)
Lavadeira, que lava a roupa,
Ela lava a roupa boa;
Ela lava, lava a roupa,
O sabão vem de Lisboa.
Ó saloia, dá-me um beijo,
Que eu te darei um vintém,
Os beijos de uma saloia
São caros, mas sabem bem.
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