A Torre Sineira da Ajuda, ou Torre do Galo, foi construída no séc. XVIII ao lado da Capela Real da Ajuda, a partir do desenho do arquiteto Manuel Caetano de Sousa, tendo ocorrido a cerimónia de sagração dos seus sinos em 1793.
Erguida na denominada Quinta de Cima, a Real Barraca (que eram vários edifícios em madeira) funcionou como residência-refúgio para a Família Real, após o terramoto de 1755.
A Capela Real tinha uma tribuna destinada à Família Real e acesso ao Paço. Em 1792, Manuel Caetano de Sousa iniciou a construção da torre, única edificação em cantaria.
Nesse mesmo ano, a Igreja Patriarcal de Lisboa foi instalada na Capela Real da Ajuda, até que em 1833 passou a ser incorporada na Sé de Lisboa. Assim, em 1835 a Capela Real deixou de existir como tal e, em 1864, o ministro Costa Cabral mandou demolir o edifício.
A Torre permanece (encontra-se integrada na zona circundante do Palácio Nacional da Ajuda), e é de estilo barroco e feita em pedra de lioz.
Tem planta quadrangular e apresenta uma forma poligonal, com entrada no lado oriental. O acesso ao campanário é feito através de uma escada interior em caracol com 80 degraus. No 67º degrau, acedendo por uma porta a norte, encontra-se o relógio, datado de 1796, actualmente, fora de uso.
No topo, existe um cata-vento, um galo típico de campanário, sobre um globo, com uma cruz.
A Torre do Galo é, então, um exemplo de arquitectura barroca tardía, e o último vestígio da Patriarcal e da Capela Real da Ajuda, Só sobreviveu, provavelmente, por ser o único elemento em cantaria, dado que tudo o resto era de madeira.
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