domingo, abril 17, 2016

O Amor em Lobito Bay

O Amor em Lobito Bay é o último livro de contos de Lídia Jorge.
Lídia  Jorge (1946) é uma escritora portuguesa, que foi professora do Ensino Secundário. Foi nessa condição que passou alguns anos decisivos em Angola e Moçambique, durante o último período da guerra colonial, mas a maior parte da sua carreira docente foi em Portugal.
O seu primeiro romance, publicado em 1980, O Dia dos Prodígios, constituiu um acontecimento num período em que se inaugurava uma nova fase da literatura portuguesa. Seguiram-se os romances O Cais das Merendas (1982), Notícia da Cidade Silvestre (1984), A Costa dos Murmúrios (1988), que reflecte a experiência colonial passada na África colonial, A Última Dona (1992), O Jardim sem Limites (1995), O Vale da Paixão (1998), O Vento Assobiando nas Gruas (2002), Combateremos a Sombra (2007), e o livro de ensaios, Contrato Sentimental (2009), que é uma reflexão crítica sobre o futuro de Portugal, A Noite das Mulheres Cantoras (2011) e Os Memoráveis (2014).
Lídia Jorge publicou antologias de contos, Marido e Outros Contos (1997), O Belo Adormecido (2003), e Praça de Londres (2008), para além das edições separadas de A Instrumentalina (1992) e O Conto do Nadador (1992). 
A sua peça de teatro A Maçon foi levada à cena, em 1997. Também houve uma adaptação teatral de O Dia dos Prodígios. O romance A Costa dos Murmúrios foi adaptado (2004) ao cinema.
Sinopse:
Os contos reunidos neste livro têm vários elementos em comum: a acção decorre num espaço longínquo, a narrativa desenvolve-se em torno de uma revelação demolidora, a memória funciona como uma catarse que o tempo se encarrega de prolongar de modo a não poder ser esquecida. 
Como no primeiro conto, «O Amor em Lobito Bay», que dá título ao volume, em todos existe uma história de amor, no sentido mais amplo do termo, que entrecruza a experiência da confiança na vida com o desconcerto do mundo. E à imagem da criança que deseja comer o coração de uma andorinha, em todos os outros contos ocorre a experiência de uma decepção inaugural transformada em sabedoria. São contos de persistência, memória de momentos, breves momentos de relâmpago, durante os quais a luz ilumina demais, e algo se esclarece para sempre, ainda que a sombra nunca se esgote. É sob essa luz transfiguradora que as crianças expõem os limites da sua inocência, jovens lutam contra a desordem do mundo para além do improvável, mulheres e homens perto da velhice recriam sonhos audazes, poetas descobrem, a meio da noite, os limites frágeis da humanidade. São contos sobre a marcha humana que não pára de reiniciar continuamente os seus primeiros passos.

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