Billie Holiday (7 de Abril de 1915 — 1959), por vezes, mais conhecida como Lady Day (apelido que lhe foi atribuído por Lester Young), é por muitos considerada a maior de todas as cantoras de jazz.
Billie, criada por pais adolescentes, o pai tinha quinze anos de idade e a mãe apenas treze, teve uma infância difícil.
Menina americana negra e pobre, Billie passou por inúmeros sofrimentos. Foi violentada sexualmente, internada numa casa de correção, lavou o chão de prostíbulos e acabou por cair na prostituição.
A sua vida como cantora começou por acaso em 1930, num bar do Harlem. Billie nunca teve educação musical e a sua aprendizagem fez-se ouvindo Bessie Smith ("A Imperatriz dos Blues") e Louis Armstrong.
O seu primeiro disco foi gravado com a Big Band de Benny Goodman. Começou então a cantar em várias casas nocturnas do Harlem (Nova York), onde adoptou o seu nome artístico.
Cantou também com as Big Bands de Artie Shaw e Count Basie. Foi uma das primeiras negras a cantar com uma banda de brancos, numa época de enorme segregação racial nos Estados Unidos (anos 30).
Consagrou-se apresentando-se com as orquestras de Duke Ellington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw, e ao lado de Louis Armstrong, tornando-se numa das mais comoventes cantoras de jazz de sua época.
A partir de 1940, apesar do sucesso, Billie Holiday, sucumbiu ao álcool e às drogas, passando por momentos de depressão, o que se reflectia na sua voz.
Em 1956, Billie Holiday publicou a sua autobiografia, "Lady Sings the Blues", a partir da qual foi feito um filme, em 1972, tendo Diana Ross no papel principal.
Assinalando aqui o centenário do seu nascimento, fique com dois vídeos e aprecie-os com atenção. O primeiro mostra Lady Day numa das suas melhores interpretações (My Man) com Jimmy Rowles.
O segundo é o filme inspirado na sua vida e interpretado por Diana Ross.
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