Arroz Doce Com Ovos |
É preparada com arroz (de preferência do tipo carolino), água (depende da região do país), sal, leite (meio-gordo ou gordo), casca de limão, canela em pau e em pó para polvilhar e açúcar. Na maior parte das receitas leva, também, gemas de ovos – visto que há genericamente duas formas de fazer o arroz doce: com gemas e sem gemas.
Outro dos regionalismos que diferencia o arroz doce em Portugal, é a sua forma de cozedura. Nuns locais o arroz é cozido só em leite, noutros abre-se primeiro em água (até à sua total evaporação) e só depois se lhe junta o leite.
Na Beira Alta, a tradição é fazer um arroz doce sem ovos, que se deixa na travessa de um dia para o outro e que tem a particularidade de se poder cortar com uma faca. Na Vila de Rua, Moimenta da Beira, faz-se o Arroz Doce de Cesto: Coloca-se o arroz, depois de confecionado com as gemas e ligeiramente arrefecido, num cesto de verga previamente forrado com uma toalha de linho.
Arroz Doce de Cesto |
Na região de Palmela é feito um arroz doce com leite de ovelha, o que lhe confere um sabor diferente.
No Alentejo, o arroz doce é feito sem gemas . Mas adiciona-se-lhe um pouco de banha de porco, o que dá uma consistência muito cremosa ao doce. Já agora, é de referir, que noutros locais do país há, também, quem coloque manteiga (em vez de banha) no arroz doce.
Embora sendo uma receita típica do Natal, o Arroz Doce é uma sobremesa que pode ser servida em qualquer altura do ano. E que faz parte de almoços de família, lanches, aniversários, casamentos, baptizados, festas e romarias.
Arroz Doce Branco |
Em Portugal existem registos da sua confeção desde o século VI A.C., aquando das invasões mouras. Nesta época, o arroz era só cozido em leite com melaço. A substituição deste ingrediente pelo açúcar terá ocorrido com a chegada da cana-de-açúcar, séculos mais tarde. De qualquer modo, a primeira citação do arroz doce em receituário português, encontra-se no livro de receitas da Infanta D. Maria (1538-1577).
A popularidade que o arroz doce atingiu, desde cedo, por cá, fez com que a nossa receita também passasse a ser conhecida além-fronteiras, através de famílias portuguesas que a levaram, por exemplo, para o Brasil, entre 1769 e 1779.
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