"O Primeiro Homem", é um romance de Albert Camus. A 4 de Janeiro de 1960, Albert Camus, prémio Nobel de Literatura, morria inesperadamente num acidente de viação, perto de Villeblevin, no trajecto da cidade de Sens para Paris, quando um furo no pneu do carro em que viajava, em alta velocidade, dirigido pelo seu editor Marcel Gallimard, provocou um trágico acidente. Entre os objectos pessoais que transportava consigo, é encontrado um manuscrito inacabado com 144 páginas: "O Primeiro Homem". O texto carecia aqui e além de sinais de pontuação e havia abundantes notas à margem de cada folha. Para tornar o manuscrito publicável, Francine Camus, a filha do escritor, começou por dactilografá-lo. No Primeiro Homem, Camus, conta a pungente história da sua infância e a memória do seu país. Estava previsto que "O Primeiro Homem" viesse a ser o volume inicial de uma trilogia, que nunca chegou no entanto a ser escrita devido à morte trágica de Camus. Mas a obra dá-nos algumas ideias sobre o que ele pretendia exprimir neste romance autobiográfico, onde sobretudo nos descreve, de forma por vezes muito comovente, a infância de Jacques Cormery, o seu alter-ego, na Argélia do princípio do século XX, e o regresso do mesmo personagem, quarenta anos volvidos, à sua terra de origem.
Albert Camus (1913 — 1960) foi um escritor, romancista, ensaísta, dramaturgo e filósofo francês nascido na Argélia. Foi também jornalista militante engajado na Resistência Francesa e nas discussões morais do pós-guerra. Na sua terra natal viveu sob o signo da guerra, fome e miséria, elementos que, aliados ao sol, formam alguns dos pilares que orientaram o desenvolvimento do pensamento do escritor.
Além da sua obra filosófia, Albert Camus escreveu romances ("O Estrangeiro" e "A Peste"), contos, ensaios e peças para o teatro.
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