O Titanic partiu de Southampton (no sul de Inglaterra), a 10 de abril de 1912, e afundou-se, na viagem inaugural, nas águas do Atlântico Norte, na noite de 14 para 15 de Abril de 1912. Este naufrágio causou a morte de mais de 1500 pessoas. Southampton, um dos principais portos de passageiros de Inglaterra, perdeu cerca de 500 habitantes no naufrágio. Inicialmente, muitas pessoas não acreditaram na dimensão do acidente, mas pouco tempo depois a cidade estava em estado de choque, exibindo bandeiras a meia haste e a preparar serviços religiosos que atraíram dezenas de milhares de pessoas. A exposição do Seacity Museum de Southampton retrata, numa viagem virtual, a vida dos habitantes de Southampton que trabalhavam no Titanic, bem como explora o impacto da tragédia na vida das suas famílias.
Em New Tredegar (País de Gales, Reino Unido) uma outra exposição assinala o centenário do naufrágio, recorrendo às memórias escritas de um habitante local, Arthur Moore, que ouviu, na altura, os pedidos de socorro do navio através do seu transmissor de rádio. " Estamos a afundar” era o conteúdo da mensagem, que Arthur Moore, que morreu em 1949, transmitiu na altura à polícia local, que não acreditou na informação. Ainda no Reino Unido, em Belfast, cidade onde o Titanic foi construído, foi recentemente inaugurado um projecto que inclui uma recriação multimédia do naufrágio e até uma réplica do salão do navio.
Nos E.U.A, o National Geographic Museum, em Washington, preparou a exposição “Titanic: 100 Year Obsession”. A exposição incide no trabalho desenvolvido por Robert Ballard, um dos líderes da expedição que descobriu os destroços do navio em 1985, e por James Cameron, o realizador que transpôs para o grande ecrã a história do naufrágio com o filme “Titanic”. É preciso recordar que Cameron organizou 33 expedições até ao local dos destroços. Esta exposição, mostra, entre outros elementos, uma réplica detalhada do navio e modelos da casa das máquinas e da sala de transmissões. Também estão expostos adereços e figurinos do filme de Cameron.
Já em Atlanta, Geórgia, a história do Titanic é contada através de William Murdoch, um oficial do navio. A exposição mostra alguns objetos pessoais do oficial, como uma escova de sapatos, uma navalha e um cachimbo. William Murdoch ganhou alguma notoriedade quando foi retratado de forma controversa no filme de Cameron. No filme “Titanic”, a personagem de Murdoch recebe subornos, mata duas pessoas para tentar entrar nos botes de salva-vidas e suicida-se. Relatos históricos referem, no entanto, que o oficial reuniu todos os esforços possíveis para tentar salvar passageiros.
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