Ruin'Art-303 |
O Lazareto Novo de Lisboa era um edifício próprio para as quarentenas, isolado e destinado a receber e a desinfectar as pessoas e os objectos provenientes de lugares onde reinasse uma doença epidémica ou contagiosa.
O Lazareto Novo de Lisboa era um local onde os viajantes que entravam na capital por via marítima suspeitos de alguma doença contagiosa ficavam retidos de quarentena.
Este Lazareto ficava situado no Porto Brandão, localidade pitoresca e aldeia piscatória na margem Sul. Estava agregado ao Forte de S. Sebastião da Caparica ou Torre Velha, foi construído em 1869 para substituir o antigo que que estava integrado na fortaleza atrás mencionada. Mais tarde foi baptizado como Asilo 28 de Maio e albergou no pós 25 de Abril sob a tutela da Casa Pia, um conjunto de pessoas vindas das ex-províncias africanas, em especial de Cabo Verde.
Atualmente o edifício está em ruínas, como pode ver clicando aqui, e aguarda-se a sua reabilitação e requalificação.
A instituição dos Lazaretos é muito antiga, mas só relativamente tarde é que, à força de serem devastadas pela peste, as cidades do Mediterrâneo trataram de se defender dessa terrível epidemia. Veneza estabeleceu em 1348 os provedores da saúde, em 1403 criou um hospital numa ilha dos frades Agostinhos, chamada Santa Maria da Nazaré.
A palavra Lazareto vem de S. Lázaro, considerado como advogado contra os leprosos. Em Marselha as primeiras medidas datam da peste de 1476.
O Lazareto de Lisboa é quase fronteiro ao Bom Sucesso, na outra margem do rio Tejo. Foi em 1490, que el-rei D João II mandou construir a uns 500 m a Oeste de Porto Brandão uma fortaleza, a que deu o nome de Castelo de Porto Brandão. Em 1570 foi reedificada por D. Sebastião, que lhe mudou o nome para Torre de S. Sebastião de Caparica, mais conhecida geralmente nos nossos dias, enquanto existiu, pela Torre Velha. Foi nesta fortaleza que se instituiu o 1º Lazareto, onde os viajantes, eram obrigados a ficar para realizar as suas quarentenas.
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