O Zodíaco é reconhecido como o primeiro sistema de coordenadas celestes, desenvolvido pelos astrónomos da antiga Babilónia e constituído por 12 signos (sinais).
A origem etimológica do termo zodíaco provém do latim "zodiacus", que significa "círculo de animais". É de referir, contudo, que o zodíaco clássico grego, em tudo semelhante ao que usamos hoje, inclui signos (também estes constelações) que não são representados por animais, como por exemplo: Aquário, Gémeos, Virgem e Balança (Libra).
Uma outra explicação etimológica refere que o termo grego significa "um caminho", ou seja, o caminho que o Sol percorre do ponto de vista da Terra.
O Zodíaco refere-se também à região da esfera celeste que inclui um conjunto de oito arcos, acima e abaixo do firmamento elíptico, que se cruza com o caminho da Lua e dos planetas visíveis a olho nu: Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno. Os astrónomos da era clássica, entre eles Ptolomeu, chamaram-lhes estrelas flutuantes, para os diferenciar dos planetas fixos.
Há cerca de dois mil anos, Cláudio Ptolomeu, sistematizou todo o conhecimento dos povos com quem os gregos mantiveram contacto, relativamente à tradição astrológica. Nessa altura o equinócio vernal – que marcava o início da primavera no hemisfério norte – era assinalado pela "entrada" do Sol na constelação de Áries (Carneiro). Na verdade, tratava-se do facto de que, da Terra, o Sol era visto tendo a constelação de Áries "ao fundo".
Como este facto marcava o regresso da vegetação e do calor após os meses de inverno, o momento em que a vida irrompia do solo e o início de um novo ciclo, Carneiro (Áries) foi considerado o primeiro signo zodiacal e as constelações seguintes passaram a nomear os signos em sequência.
Por uma questão prática e estética, adoptou-se a ideia do círculo (360º) para a representação do céu. Este círculo também representava o caminho do Sol através das constelações/signos. A cada signo corresponderiam trinta graus em doze parcelas correspondentes. Esta representação veio a ser considerada um "zodíaco intelectual", já que simplificava propositadamente a representação elíptica da órbita dos planetas. Importa saber que, nestes tempos, ainda se acreditava que a Terra era o centro do universo. As divisões do zodíaco representam constelações na astronomia e signos na astrologia. A Astrologia e a Astronomia, até então consideradas ciências complementares, baseavam-se na visão geocêntrica.
Entretanto, objeto de estudo e prática de inúmeros cientistas de todas as épocas, a Astrologia conseguiu atrair adeptos e ir consolidadando os seus princípios e técnicas.
De acordo com os astrólogos, outro aspecto importante na percepção da influência dos signos zodiacais é o efeito que neles produz a passagem (trânsito) dos planetas do nosso sistema solar. Os estudiosos atribuíram, por isso, um planeta a cada signo. Estes planetas vieram a ser chamados de "planetas regentes".
Como, na Antiguidade, o método mais utilizado para a observação da movimentação planetária era olhar para o céu, apenas cinco planetas eram visíveis. Eram eles: Mercúrio, Marte, Vénus, Júpiter e Saturno. O Sol e a Lua eram chamados luminares, e contavam entre os planetas, quanto à distribuição d
e regentes por signo. Desta forma, o Sol e a Lua foram atribuídos aos signos de Leão e de Caranguejo (Câncer), respectivamente. Aos cinco planetas foi atribuída uma regência dupla. Vénus, por exemplo, rege o Touro e a Balança (Libra).
Se quiser saber mais alguma coisa os signos do Zodíaco não se esqueça que, no entanto, o Zodíaco mudou, como pode ver aqui.
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