Um dos alunos referiu no seu trabalho que o Convento do Carmo, havia sido mandado construir pelo Condestável.
Falei-lhes, então, da canonização desta figura da nossa história.
Quem foi este homem? Mas porquê a sua canonização? perguntava-me uma jovem.
O Papa elogiou o facto de mesmo em confrontos militares ele ter mantido os "valores e princípios" cristãos.
Considero que esta deve ser a grande lição para todos nós, independentemente daquilo em que acreditamos: É pelos valores e pelos princípios que nos devemos deixar conduzir e não pelas circunstâncias do momento ou dos interesses individuais.
Aproveito, assim, a oportunidade para de forma resumida falar desta figura da nossa história.
D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431)
Filho ilegítimo de D. Álvaro Gonçalves Pereira, prior do Hospital. Veio para a corte aos 13 anos, e é armado cavaleiro por D. Leonor Teles com o arnês do Mestre de Avis, de quem se torna amigo. Adere à causa do Mestre, que o nomeia fronteiro da comarca de Entre-Tejo-e-Odiana. Foi depois condestável do reino e mordomo-mor. Recebeu de D. João I os títulos de 3º conde de Ourém, de 7º conde de Barcelos e de 2º conde de Arraiolos. Professou em1423 na Ordem dos Carmelitas, tomando o nome de Frei Nuno da Santa Maria. Mandou edificar o Convento de Santa Maria do Carmo, em Lisboa,, onde morreu, já com fama de santo. Desde o século XV que é objecto de culto, o que foi reconhecido pelo Papa, em 1918. É chamado Santo pelos Portugueses e pelos Carmelitas, e Beato pela restante Igreja.
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