O tétum é a língua nacional e co-oficial de Timor-Leste. É uma língua austronésia - como a maioria das línguas autóctones da ilha - com muitas palavras derivadas do português e do malaio.
O primeiro tétum, o tétum-térique, já era uma língua franca antes da chegada dos portugueses, aparentemente em consequência da conquista da parte oriental da ilha pelo império dos Belos e da necessidade de um instrumento de comunicação comum para as trocas comerciais.
Com a chegada dos portugueses à ilha, o tétum apodera-se de vocábulos portugueses e malaios e integra-os no seu léxico, tornando-se uma língua crioula e simplificada - nasce o tétum-praça (Tetun-Prasa).
Se bem que o português fosse a língua oficial do então Timor Português, o tétum-praça serviu como língua franca, derivando grande parte do seu vocabulário do português.Quando a Indonésia invadiu e ocupou Timor-Leste em 1975, declarando-o a vigésima sétima Província da República, o uso do português foi proibido. Mas a Igreja Católica, em vez de adotar a língua indonésia (bahasa) como língua litúrgica, adotou o tétum, tornando-o num pilar da identidade cultural e nacional.
Atualmente, o tétum é a língua com maior expressão em Timor-Leste. Apesar de o tétum-praça possuir variações regionais e sociais, hoje o seu uso é alargado porque é compreendido por quase toda a população timorense. É este tétum-praça que foi adotado como "língua oficial" com a designação de Tétum Oficial.
Luís Costa é um conhecido linguista timorense que se tem dedicado à investigação do Tétun e já publicou algumas obras importantes a respeito desta língua oficial de Timor-Leste, como o Guia de Conversação Português-Tétum, de 2002, e o Dicionário Tétum-Português.Ao falar da importância da sua Gramática, Luís Costa cita a função que ela terá para o ensino tanto do português, quanto do Tétun, e como será uma ferramenta útil no processo de ensino e aprendizagem (para professores e alunos) das duas línguas nas escolas de Timor-Leste, já que a obra, além de ser elaborada por um cidadão leste-timorense, foi feita por um autor lusófono pensando num público-alvo específico.
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