O Palácio da Rosa é um solar oitocentista com traços quinhentistas, situado no Largo da Rosa, na Mouraria, atual freguesia de Santa Maria Maior.
Em 1393 foi dada autorização pela câmara de Lisboa a Afonso Anes Nogueira, cavaleiro e alcaide-mor e morador da dita cidade, filho do conhecido João das Leis e casado com Joana Vaz de Almada (filha de Vasco Lourenço de Almada), para derrubar uns "pardieiros" e fechar as ruas junto à Igreja de São Lourenço, para fazer umas casas e um edifício, "por que a dita cidade seria mais honrada", naquele que mais tarde veio dar origem a este Palácio da Rosa.
Este que fazia parte do chamado morgado de S. Lourenço e que entra, por casamento, para a casa dos Marqueses de Ponte de Lima e mais tarde, também por casamento, entra para os bens dos Marqueses de Castelo Melhor, daí igualmente ter sido conhecido por "Palácio dos Marqueses de Ponte de Lima e dos Castelo-Melhor".
O Palácio Rosa foi destruído quase na totalidade pelo Terramoto de 1755 e foi reedificado no Século XVIII.
Entre 1927 e 1942 era proprietário e morador, o escritor e poeta, Afonso Lopes Vieira (1878 - 1946).
Depois de tentar o exercício da advocacia junto do seu pai, Afonso Xavier Lopes Vieira, radicou-se em Lisboa, optando pelo ofício de redator na Câmara dos Deputados, que exerceu até 1916.
No último desses anos deixou o cargo para se dedicar exclusivamente à atividade literária. Na capital residiu no Palácio da Rosa, que fora dos marqueses de Castelo Melhor, e seria propriedade do poeta entre 1927 e 1942. Em frente do palácio, existe hoje o seu busto.
No final do século XX é adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa. O conjunto constituído pelo Palácio da Rosa e Igreja de São Lourenço (incluindo toda a área de jardins) está classificado desde 2012 como Monumento de Interesse Público.
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