Os oceanos e os mares estão cada vez mais poluídos.
O Programa Ambiental da ONU constatou que o plástico forma 90% do lixo flutuante dos oceanos. Este lixo está depositado na sua maior parte no Oceano Pacífico.
São 4 milhões de toneladas de garrafas e embalagens, que foram empurradas para ali pelas correntes marítimas e que formam um amontoado de 700 mil km2.
A quantidade de lixo sobre o Pacífico é de tal modo impressionante, queo activista ecológico Marcus Eriksen refere que se parece com "uma ilha de lixo plástico sobre a qual se pode andar. É uma sopa de plástico, uma coisa sem fim que ocupa uma área que pode corresponder a até duas vezes o tamanho dos EUA".
O lixo está a agrupar-se no mar devido à influência das correntes marítimas, formando assim verdadeiras ilhas oceânicas de lixo. Translúcida, esta "mancha" flutua rente à linha da água, e por isso, é imperceptível aos satélites. Os pesquisadores descrevem que os detritos estão agrupados numa espécie de redemoinho que começa a cerca de 900 km da costa da Califórnia (EUA). A "sopa" passa pelo Havaí, e estende-se quase até ao Japão. Dois factores contribuem para formação deste problema: a acção humana e a própria natureza.
Em algumas áreas o plástico supera a quantidade de plâncton e a estimativa é de que 46 mil peças de plástico provoquem anualmente a morte a mais de um milhão de aves e a mais de 100 mil mamíferos marinhos.
O principal problema do plástico é que ele não é biodegradável, pelo que não há processo natural que o elimine. É a durabilidade do plástico que o torna tão útil às pessoas. Mas, é isso também, que o torna tão prejudicial à natureza.
Entre 2010 e 2011 ocorreu a Expedição Malaspina 2010, uma expedição científica que deu a volta ao mundo a bordo de dois navios oceanográficos, com uma equipa de cientistas que puderam estudar e avaliar o impacto e a quantidade de lixo plástico que flutua no oceano Pacífico.
Em 2013, foi anunciada a segunda tentativa de expedição do explorador francês Patrick Deixonne, que ambicionava dar visibilidade mundial a esta "catástrofe ecológica", através da recolha de imagens e de observações científicas.
Se quiser ficar a saber mais sobre o assunto, veja com atenção o vídeo que se segue.
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