Muito embora subsista uma pedra de mármore com ornato visigodo, os primeiros documentos escritos só aparecem depois da primeira Reconquista de Coimbra, em 878, data a partir da qual surgem os primeiros documentos escritos testemunhando a existência de uma comunidade que desempenhou um importante papel no fomento agrário e repovoamento da região. Os monges de Cluny, que vieram a fundar o Mosteiro de Lorvão, dedicaram-no aos mártires São Mamede e São Pelágio.
No séc. X, a sua importância era já considerável e o Mosteiro atingiu grande prosperidade graças a doações de fiéis e ricos-homens, nomeadamente, durante o governo do abade Primo, que mandou vir de Córdova artistas especializados para fazerem obras na região. A investida muçulmana de 987 pôs fim a este surto de progresso mas, após 1064, a comunidade laurbanense recuperou o seu prestígio e esplendor e, em redor do Mosteiro, cresceu uma população atraída pelo trabalho oferecido pelos monges nas suas vastas propriedades.
Durante o reinado de D. Afonso Henriques, aconteceram importantes remodelações coincidindo com o governo do Abade João (1162-1192), durante o qual o mosteiro do Lorvão, a par do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, foi um dos principais centros de produção de manuscritos iluminados do jovem reino. Destacam-se entre a produção do scriptorium do Lorvão o Livro das Aves, executado no final do reinado de D. Afonso Henriques (1184), e o Apocalipse do Lorvão, executado já durante o reinado de D. Sancho I (1189).
No ano de 1206, o mosteiro passou para a Ordem de Cister, e passou ao mesmo tempo a ser um mosteiro feminino, tendo por invocação Santa Maria. Esta profunda transformação deveu-se à infanta Beata Teresa de Portugal, filha de D. Sancho I e mulher de Afonso IX de Leão.
Mas, se quiser conhecer melhor a história deste Mosteiro não deixe de ver, em baixo. o programa televisivo Visita Guiada ao Mosteiro do Lorvão, pelas mãos da jornalista Paula Moura Pinheiro e seus convidados.


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