O campo de concentração nazi de Nordhausen, na Alemanha, foi ocupado pelas tropas americanas em 12 de Abril de 1945, tendo sido libertados todos os prisioneiros que tinham conseguido sobreviver aos maus tratos que lhes eram impostos. Meses mais tarde, um cinema em Budapeste (Hungria), passa um documentário sobre esse acontecimento. Duma vala comum, as tropas americanas retiram cadáveres juntamente com seres vivos, em estado lastimoso, que os nazis desumanamente para ali haviam lançado. Os espectadores mantêm-se em silêncio, horrorizados com as imagens. De repente, uma mulher dá um grito lancinante: acabara de ver, entre os vivos retirados da vala comum, o seu filho Alexandre Balzer, que havia sido preso pela Gestapo (polícia política de Hitler) e que julgava já morto, pois não aparecera após a libertação de todos os prisioneiros dos campos de concentração. Ao ter conhecimento deste drama, a Cruz Vermelha Internacional procede a investigações para encontrar o paradeiro do seu filho. Acaba por descobri-lo num hospital. Os maus tratos por que havia passado tinham enfraquecido de tal forma a sua memória que nem sequer se recordava qual era a sua nacionalidade. Entregue aos cuidados dos americanos, o seu estado foi melhorando e à mãe foram concedidos vistos para que o pudesse visitar na Alemanha.
Fonte: Diário Popular n.º 1446, de 06-10-1946, pp. 1 e 3
Fonte: Diário Popular n.º 1446, de 06-10-1946, pp. 1 e 3
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