Diu (ou Dio) é uma cidade e sede de distrito que pertence ao território de Dadrá e Nagar Aveli e Damão e Diu. Fez parte do antigo Estado Português da Índia até que, em 1961, foi anexado pela Índia, que invadiram aquele território, no tempo de Nehru.
O território de Diu possui uma área de 40 km² e situa-se na península indiana de Guzerate e é composto pela ilha de Diu (separada da península pelo estreito rio Chassis) e pelos pequenos enclaves continentais de Gogolá e Simbor.
Diu era uma cidade de grande movimento comercial quando os portugueses chegaram à Índia. Em 1513 os portugueses tentaram estabelecer ali uma feitoria, mas as negociações não tiveram êxito. Em 1531 a tentativa de conquista levada a efeito por D. Nuno da Cunha também não foi bem sucedida. No entanto, Diu veio a ser oferecida aos portugueses em 1535 como recompensa pela ajuda militar que estes deram ao sultão Bahadur Xá de Guzerate, contra o Grão-Mogol de Deli. Assim, cobiçada desde os tempos de Tristão da Cunha e de Afonso de Albuquerque, e depois das tentativas fracassadas de Diogo Lopes de Sequeira, em 1521 e de Nuno da Cunha, quando Diu foi oferecida aos portugueses, estes transformaram a velha fortaleza num castelo português.
Depois de dois cercos posteriores, Diu foi de tal modo fortificada que pôde resistir, mais tarde, aos ataques dos árabes de Mascate e dos holandeses (nos finais do século XVII).
A partir do século XVIII, declinou a importância estratégica de Diu. Acabou por ficar reduzida a uma espécie de museu ou marco histórico da sua grandeza comercial e estratégica de antigo baluarte nas lutas entre as forças islâmicas do Oriente e as cristãs do Ocidente.
A fortaleza de Diu foi a mais importante estrutura de defesa construída na Índia pelos portugueses.A fortificação, erigida entre 1535 e 1541, garantiu a Portugal o controlo da rota marítima das especiarias e das sedas durante o século XVI.
O Forte de Diu, fortificação do século XVI, está de pé como um testemunho da história colonial da região. Localizado na ponta leste da ilha, oferece vistas panorâmicas do Mar Arábico. Podem-se explorar as suas antigas muralhas, baluartes e canhões, que proporcionam um vislumbre da importância estratégica de Diu durante a era portuguesa. O forte também abriga um farol e uma capela, o que marca também a sua importância histórica.
Graças à sua localização foi também um entreposto comercial estratégico que só perdeu importância após a construção do canal do Suez.
As suas imponentes muralhas, com sete quilómetros de perímetro, ainda hoje são motivo de orgulho para os habitantes de Diu que registam a importância da herança portuguesa.
Outro marco histórico localizado na costa de Diu é o Fortim do Mar ou Panikotha Fortim Do Mar, também conhecido como o Forte do Mar. Acessível de barco, este forte oferece uma perspectiva única sobre a história marítima da ilha. Também se podem explorar as ruínas do forte e desfrutar das vistas panorâmicas do mar circundante.
Igreja de S. Paulo - Diu |
De destacar ainda a Igreja de São Paulo, dedicada à Senhora da Imaculada Conceição, um exemplo imperdível em Diu do requinte de arquitetura barroca. A sua construção iniciou-se em 1601 e foi completada no ano de 1610. Esta igreja é famosa pelos seus intricados entalhes em madeira e serena atmosfera.
Da presença portuguesa neste território ainda se pode visitar a Igreja da Nossa Senhora da Misericórdia, com uma bonita fachada que abriga no seu interior uma estátua da Virgem Maria esculpida em madeira, a Igreja de São Tomás, convertida em museu e o convento (franciscano) e Igreja de São Francisco de Assis, construída pelos portugueses em 1593, e atualmente usada como um hospital no seu claustro.
Na zona piscatória de Vanakbara, na ilha de Diu, o destaque vai para o seu porto de pesca com barcos coloridos e para um mercado de peixe cheio de vida e de cor. Os homens tratam dos barcos e da pesca enquanto as mulheres são vendedoras completando, assim, a tarefa da comercialização.