quarta-feira, novembro 06, 2024

Smoke Gets In Your Eyes

Ouça os Platters em Smoke Gets In Your Eyes.
They asked me how I knew my true love was true
Oh-oh-oh-oh-oh, I, of course replied
"Something here inside cannot be denied"
(Do-do-do, do-do-do, do-do-do, whoa)

They said, "Someday, you'll find all who love are blind
Oh-oh-oh-oh-oh, when your heart's on fire
You must realize smoke gets in your eyes"

So, I chaffed them, and I gaily laughed
To think they could doubt my love
Yet, today, my love has flown away
I am without my love (without my love)

Now, laughing friends deride tears I cannot hide
Oh-oh-oh-oh-oh, so I smile and say
"When a lovely flame dies
Smoke gets in your eyes" (smoke gets in your eyes)

Smoke gets in your eyes

terça-feira, novembro 05, 2024

O Arco da Conceição

 O Arco da Conceição (freguesia de Santa Maria Maior ) que se apresenta em túnel com um escadinha apertada e íngreme tem no seu interior um oratório a Nossa Senhora da Conceição de onde advém o topónimo cuja denominação foi fixada em 1822.  Foi este Nicho de Nossa Senhora da Conceição que deu o nome à serventia que faz a ligação entre a Rua dos Bacalhoeiros e a Rua Afonso de Albuquerque. Antes também se denominou Passadiço de Gaspar Pais (1657), Passadiço que sobe da Ribeira para as Cruzes da Sé (1676), Passadiço da Ribeira (1755), Passadiço da Ribeira Velha (1801), Arco da Senhora da Conceição (1804) e Passadiço da Conceição (1807).

Este arco está documentado desde 1456. A porta pequena para pedestres, da Cerca Moura, foi provavelmente aberta para permitir o acesso à nova fonte localizada nas paredes da face externa. No século XVI, essa fonte de abastecimento de água era conhecida como Fonte Nova da Porta do Mar ou Fonte da Preguiça. O nome pelo qual o arco era conhecido: Arco da Preguiça. Em 1755 era conhecido também como Arco da Ocultação da Concepção

segunda-feira, novembro 04, 2024

O Palácio do Deão: A Aristocracia Portuguesa em Goa

O Palácio do Deão é uma casa senhorial (século XVIII) situada junto às margens do rio Kushavati em Quepem, Goa. A casa foi construída pelo nobre José Paulo da Costa Pereira de Almeida, que veio como cónego para a Índia, em 1779, responsável pela igreja e fundador da cidade de Quepem. Aqui, chamam-lhe Deão. O Deão chegou a Goa, em 1779, com o Arcebispo Dom Frei de Santa Catarina – cujos restos mortais estão na igreja de Quepem. Posteriormente nomeado deão da Sé de Goa, o rico prelado dá início à construção do palácio no ano de 1787, data em que, oficialmente, inicia as obras da Igreja de Santa Cruz de Quepém, como é referenciado numa lápide que se encontra no cruzeiro do adro da mesma igreja. José Paulo faleceu em 1835 e os seus restos mortais estão na Sé Catedral de Goa. 

Antes de morrer, em 1835, o Deão doou a casa aos vice-reis da Índia portuguesa para uso de férias e para que a propriedade ficasse protegida. 

O palácio foi desenhado por Lopes Mendes quando aqui esteve em 1862.  Nesta época o edifício já tinha sofrido algumas alterações, que lhe haviam retirado o seu espírito barroco, como é o caso das escadarias da entrada, de linhas neo clássicas.

A mansão foi depois ocupada por um capelão da igreja e foi também um albergue, onde as freiras recebiam mulheres indigentes (em 1989). A casa classificada com importância histórica, porque foi construída pelo fundador de cidade de Quepem, tem enormes jardins, lago, mais de 15 divisões, com vários quartos, uma biblioteca e, atualmente, serviço de restauração para eventos. A casa está adaptada ao clima local: as portadas, em vez de vidro, têm cascas de conchas (que foram raspadas), as chamadas carepas, de forma a isolar melhor o calor, mantendo a casa sempre fresca. Ao longo das divisões há objetos antigos: ferros de passar roupa, louças para servir refeições, quadros, gira-discos, e LP’s antigos, máquinas de costura, etc. 

Mais recentemente, a casa foi comprada e recuperada por um jovem casal indiano: Ruben Vasco da Gama (fale em português com o Ruben, para treinar a nossa língua) e Célia. Ruben, engenheiro mecânico, e Celia, a esposa, microbiologista, decidiram meter mãos à obra e reabilitar esta antiga casa que, na verdade, é uma mistura da arquitetura portuguesa com a indiana. No interior, isso sim, é como uma viagem ao passado às casas portuguesas repletas de arte sacra, mobiliário antigo, louças e muitos livros. 

A arquitetura do edifício mantem-se com poucas alterações, apresenta as tradicionais janelas de carepas (antes do vidro se tornar acessível em Goa, recorria-se ao uso de carepas nas janelas, tendo sido largamente utilizado. Para além da função de protegerem os ambientes da imensa luz, o próprio processo de disposição das carepas em escama, levava a uma livre movimentação de ar, entre o interior e o exterior). Também permitiam trespassar uma luminosidade translúcida, possibilitando uma atmosfera suave. Esta ambiência proporcionava às senhoras a oportunidade de observarem o exterior sem serem vistas da rua. Hoje a maioria das casas possui janelas de vidro. Por vezes encontramos a utilização do vidro de cor.

Além da arquitetura, o palácio ostenta um interessante e complexo conjunto de jardins, onde se destaca uma larga escadaria de entrada ladeada por bancos de alvenaria de excepcional originalidade.  Os jardins separados, entre si, por muretes e balaustradas em laterite que, envolvendo toda a casa, vão formando espaços com diferentes graus de privacidade. Passe algum tempo no alpendre aproveitando para relaxar rodeado com os bonitos e cuidados jardins da casa.  

domingo, novembro 03, 2024

As Vidas dos Outros

As Vidas dos Outros é um filme (drama, espionagem, suspense) realizado por Florian Henckel von Donnersmarck e que conta no elenco com Ulrich Mühe, Sebastian Koch, Martina Gedeck.

Nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, "As Vidas dos Outros", conquistou três Prémios do Cinema Europeu: Melhor Filme, Melhor Actor e Melhor Argumento e o Prémio do Público nos festivais de Locarno e Vancouver, "As vidas dos Outros" (2006) traça um retrato da situação vivida por intelectuais e artistas na Alemanha ainda dividida, vigiados pela Stasi, a polícia secreta do regime socialista. 

Segundo o realizador, Florian Henckel von Donnersmarck, no filme "cada personagem coloca questões com as quais nos confrontamos todos os dias: como é que lidamos com o poder e com as ideologias? Seguimos os nossos princípios ou os nossos sentimentos? Mais do que qualquer outra coisa, é um drama sobre a capacidade dos seres humanos fazerem o que está certo, não interessa até onde foram no caminho errado". 

Sinopse:
1984, Alemanha de Leste. Cinco antes antes da Glasnot e da queda do Muro, a população é mantida debaixo de controlo pela Stasi, polícia secreta alemã. A missão da Stasi é apenas uma: saber tudo sobre a vida de todas as pessoas, através de uma vasta cadeia de informadores/denunciadores. O filme acompanha a gradual desilusão do Capitão Gerd Wiesler, um oficial altamente credenciado da Stasi, cuja missão é espiar um famoso escritor, George Dreyman (Sebastian Koch - que é o maior dramaturgo da Alemanha Oriental, sendo por muitos considerado o modelo perfeito de cidadão para o país, já que não contesta o governo nem seu regime político), e a sua esposa, a actriz Christa-Maria Sieland. O agente encarregado da missão descobre um mundo particular de arte e amor com seus novos conhecidos.

sábado, novembro 02, 2024

A Dama de Chandor

A Dama de Chandor (1998) é um filme português realizado por Catarina Mourão. 

"A Dama de Chandor" é um documentário que narra uma história sobre a herdeira de uma casa senhorial (Casa Menezes Bragança) e de um passado histórico em declínio na pequena aldeia goesa de Chandor.

Sinopse Oficial: 
Passadas três décadas sobre a sua integração na União Indiana e a sua libertação face ao poder colonial português, Goa surpreende por nela coexistirem culturas diversas e uma sociedade que se encontra estranhamente cristalizada no tempo.
Aida, a dama de Chandor, tem 80 anos e vive sozinha num palácio perdido numa aldeia goesa. 
Este documentário conta a sua história, acompanhando o seu esforço diário para preservar a casa onde vive, símbolo palpável de uma identidade que sente quase perdida. A dama de Chandor e a sua casa confundem-se. Aida terá de viver até garantir que a casa lhe sobrevive.

sexta-feira, novembro 01, 2024

Broas Escaldadas

Neste Dia de Todos os Santos aqui lhe deixo mais uma receita de Broas Escaldadas.

Somos um país neste tipo de receituário gastronómico.

Ingredientes:
500 g de farinha
250 g de açúcar amarelo
100 g de miolo de noz
30 g de erva-doce
1 L de água
500 ml de mel
500 ml de azeite
1 colher (chá) de canela em pó
1 colher (café) de sal
Ovo batido q.b.
Manteiga para untar
Açúcar em pó para polvilhar

Preparação:

  • Leve ao lume um tacho com o azeite, o mel, a água, o açúcar, o miolo de noz, a erva-doce, a canela e o sal e deixe ferver. Retire do lume, junte a farinha e leve novamente ao lume, até a massa engrossar e descolar do fundo do tacho.
  • Com a massa anterior fria, molde broas ovais e achatadas. Marque a superfície com um garfo e pincele com ovo batido.
  • Disponha as broas num tabuleiro, untado com manteiga, e leve ao forno, pré-aquecido a 180ºc, por cerca de 10 minutos. Retire, deixe arrefecer e sirva polvilhadas com açúcar em pó.

quinta-feira, outubro 31, 2024

Broas Fritas de Alpiarça

No Dia de Todos os Santos era tradição das crianças pedirem o Pão por Deus. Nalguns locais, essa tradição é chamada de "Bolinho Bolinho ou Bolinho Bolinhó". A ideia é ir de porta em porta com um saquinho a pedir doces. Estas broas são feitas na zona de Alpiarça - não só, mas também - por esta altura do ano, para ofertar às crianças. 

Estamos, pois, na época dos Santos. Estamos então na época das Broas. Por isso deixo-lhe, hoje, duas receitas de Broas típicas de Alpiarça, no Ribatejo

A 1ª é de Broas Fritas.

Ingredientes:
600 g de açúcar ;
600 g de farinha de trigo ;
500 g de farinha de milho ;
2 dl de azeite ;
2,5 dl de água ;
raspa da casca de 1 limão ;
2 colheres de chá de erva-doce ;
1 colher de sopa de canela em pó ;
1 colher de chá de sal

Confecção:
Peneiram-se para uma tigela as farinhas, o açúcar, a canela e a erva-doce. Junta-se a raspa da casca de um limão.
Leva-se o azeite ao lume a ferver e deita-se sobre as farinhas, escaldando-as. Mistura-se tudo e depois começa a amassar-se com a água morna onde se dissolveu o sal. Amassa-se muito bem.
Tendem-se as broas redondas ou ovais com a ajuda de farinha e coloca-se em cima uma amêndoa. Fritam-se em azeite, e quando as broas apresentarem «lar» na base (começarem a alourar) estão fritas. Escorrem-se sobre papel absorvente e passam-se as broas por açúcar.
A segunda é de Broas que vão ao forno. Ora veja!