Começam por ser nada. Pouco a pouco se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos, e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores, e então crescem as flores, e as flores produzem frutos, e os frutos dão sementes, e as sementes preparam novas árvores.
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas. Sem verem, sem ouvirem, sem falarem. Sós. De dia e de noite. Sempre sós.
Os animais são outra coisa. Contactam-se, penetram-se, trespassam-se, fazem amor e ódio, e vão à vida como se nada fosse.
A Árvore Cinzenta, 1911 - Piet Mondrian
As árvores, não. Solitárias, as árvores, exauram terra e sol silenciosamente. Não pensam, não suspiram, não se queixam. Estendem os braços como se implorassem; com o vento soltam ais como se suspirassem; e gemem, mas a queixa não é sua.
Sós, sempre sós. Nas planícies, nos montes, nas florestas, A crescer e a florir sem consciência.
Virtude vegetal viver a sós e entretanto, dar flores.
O Holiou Festival das Cores é um festival, celebrado por crianças e adultos, bastante antigo na Índia e muito importante para os hinduístas. Os historiadores contam que o Holi antecede em muitos séculos o nascimento de Cristo e são muitas as lendas que explicam o seu aparecimento, em geral remetendo ao temível Rei Hiranyakashyap. Contudo, os primeiros registos da existência desta festa datam do século IV (Império Gupta).
O Holi, realiza-se entre fevereiro e março, este ano ocorreu a 14/3, celebrando entre outros aspetos a chegada da Primavera.
Neste dia, as pessoas atiram pós e tintas das mais diversas cores umas às outras, celebrando também com muita bebida, comida e música. Esta brincadeira começa quando as crianças atiram as tintas aos pais e irmãos sendo que, no final, todos estão completamente pintados e coloridos. Entretanto, as pessoas saem à rua e encontram-se com os seus amigos e familiares, aproveitando para lançar flores, água e tinta ou pó de várias cores entre si — pó este conhecido como "Gulal".
Cada cor tem um determinado significado. Assim, o vermelho está associado à fertilidade e à felicidade, o azul representa a tranquilidade e a proteção divina, o amarelo representa a harmonia entre as pessoas, o verde representa a harmonia e a natureza e pode ser usado para espantar o mau olhado, o rosa é a cor dos relacionamentos afetivos e é usada para expressar sentimentos de amor e carinho, a cor roxa representa a espiritualidade, a paz e a sabedoria e está relacionada com Durga, adorada na cultura hindu como a deusa-mãe.
O Festival das Cores, é um popular festival de Primavera observado na Índia, Suriname, Guiana, Trindade, Reino Unido, Ilhas Fiji e no Nepal. Em Bengala Ocidental da Índia e do Bangladesh, é conhecido como Dolyatra (Doljatra) ou BoshontoUtsav (Festa da Primavera).
O Holi celebra dois mitos da religião hindu. O primeiro, que explica a origem dos pós coloridos, está relacionado com o amor sagrado e incondicional entre as divindades Radha e Krishna. Segundo a tradição hindu, um demónio amaldiçoou Krishna fazendo com que a sua pele ficasse eternamente azulada. O deus temeu que a esposa, Radha, deixaria de amá-lo por causa disso. Krishna revelou esta preocupação à sua mãe, que sugeriu que ele pintasse o rosto da amada da cor que quisesse. Essa brincadeira acabou por se tornar tradição e deu origem ao Holi.
O segundo mito está relacionado com o simbolismo do Holi: uma comemoração da vitória do bem, representado pelo deus Vishnu, sobre o mal, representado pelo Rei Hiranyakashyap.
O rei tinha proibido o seu filho Prahlad de cultuar Vishnu e ordenou que ele e a irmã Holika, que era imune ao fogo, se sentassem sobre uma pira. Prahlad sobreviveu pois pediu ajuda ao deus Vishnu, enquanto a sua irmã sucumbiu.
Se quiser saber um pouco mais sobre esta festa não deixe de ver o vídeo abaixo.
Hoje é Dia do Pai, por isso, sugiro-lhe que ouça o cantor brasileiro Fábio Jr em Pai.
A música fala de uma relação que alterna momentos de amizade e de turbulência. Foi a canção que permitiu o sucesso na carreira do artista, no fim da década de 1970. Quando se pensa em paternidade e em canções, talvez esta seja uma das mais emblemáticas.
Para refletir aqui lhe deixo dois vídeos. Um sobre o perfil de uma professora de sucesso de acordo com o pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire. O Outro vídeo é um documentário sobre o próprio Paulo Freire.
Paulo Freire (1921 - 1997) foi um educador e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É também o patrono da Educação Brasileira.
Se quiser conhecer mais sobre esta personalidade assista a Paulo Freire, 100 anos: Documentário.
Novelas do Minho é uma obra do escritor português Camilo Castelo Branco. As Novelas do Minho tiveram apenas uma edição em vida do autor. O 1º volume, Gracejos que Matam, publicou-se em final de 1875. No ano seguinte foi a vez dos 2º ao 7º volumes, respectivamente, O Comendador, O Cego de Landim, A Morgada de Romariz, O Filho Natural e a primeira parte de Maria Moisés. No ano seguinte publicou-se a continuação de Maria Moisés (8º volume), O Degredado (9º) e a mais conhecida das novelas, A Viúva do Enforcado (volumes 10 a 12).
Sinopse: Entre 1875 e 1877 Camilo Castelo Branco deu à estampa os oito títulos de As Novelas do Minho: Gracejos Que Matam, O Comendador, O Cego de Landim, A Morgada de Romariz, O Filho Natural, Maria Moisés, O Degredado e A Viúva do Enforcado. Mais do que um retrato minhoto é a descrição do Portugal contemporâneo de Camilo, num registo realista, satírico e crítico, onde o bucolismo idílico cede o lugar à dura realidade.
Comemora-se este ano, os 200 anos do nascimento do escritor português Camilo Castelo Branco. Camilo nasceu em Lisboa a 16 de março de 1825 e faleceu em São Miguel de Seide, Famalicão, a 1 de junho de 1890.
Camilo Castelo Branco é considerado um dos escritores mais prolíferos e influentes da literatura portuguesa do século XIX. Produziu mais de 260 obras, entre as quais romances, contos, peças de teatro, ensaios e traduções.
Assinalando esta efeméride proponho-lhe um passeio virtual ou real (se estiver próximo) pela Casa de Camilo.
A Casa de Camilo Castelo Branco, Casa-Museu de Camilo Castelo Brancoou mais vulgarmente Casa de Camilo, residência do escritor Camilo Castelo Branco na Quinta de S. Miguel de Seide, é uma casa-museu reconstituída, localizada na atual freguesia de Seide, município de Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, em Portugal.
A casa foi mandada construir por Pinheiro Alves, primeiro marido de Ana Plácido, por volta de 1830, quando regressou do Brasil na posse de avultada fortuna. Aquando da morte de Pinheiro Alves, em julho de 1863, Camilo mudou-se com Ana Plácido para a quinta, pois era património legado ao filho de Ana, Manuel Plácido. Aí, a 15 de setembro de 1864, nasceu o último filho do casal, Nuno Plácido Castelo Branco.
Em 1888, depois de vários empenhos, é feito Visconde de Correia Botelho, conseguindo no ano seguinte uma pensão vitalícia para o filho Jorge, cuja loucura era irreversível.
Cego, e desenganado dos muitos médicos que o tentaram tratar, suicidou-se em S. Miguel de Ceide no dia 1 de Junho de 1890.
A primitiva casa foi destruída por um incêndio em 17 de março de 1915. Reconstruída, foi transformada em museu camiliano em 1922.
Ao final da década de 1940, foi objeto de extensa campanha de intervenção de restauro, ficando, desde então, muito semelhante à que fora habitada pelo romancista.