Mpurukuma, Língua, corpo quase, o que sou de sobrepostas vozes, Bayete! E tu, pássaro da alma, Mpipi adejando sobre o losango tumultuante de cores, Templo onde me cerco, não me abandones, cão inflando para o rio uma escarninha balada que nos enforca. Esfumou-se a Torre na praia nocturna, a preposição que olfactava o nervo e Ele dorme ainda e expulso. Quando a palavra surge, inteira, das águas e os espíritos batem a respiração do batuque, Ele tacteia os nomes nas abóbadas de sangue e entra pelo silêncio, dobrando-se em número. Leva-o nas tuas asas, ó sombra que as patas de cinza espargiram no vento, soluço de Leanor em saínhos sete de capulanas mil, Ilha mineral, Mpipi hílare no azul onde me cego.
Que sinais sobre que mar do exílio ou som de algas lavando-te o rosto, se inscreveram em ti, mulher larga no Índico, língua por dentro dos lábios cavando, obscuro, um reino por achar? Língua, Mpurukuma quase.
Separações é um filme brasileiro (2002), do género comédia, realizado por Domingos de Oliveira, com roteiro do mesmo e de Priscilla Rozenbaum, que também protagonizam o filme. No elenco tem ainda Maria Ribeiro, Fábio Junqueira, Ricardo Kosovski e Dedina Bernadeli.
O filme acompanha a história de um casal e as dificuldades que enfrentam durante a separação.
Sinopse:
Cabral (Domingos de Oliveira) é casado com Glorinha (Priscilla Rozenbaum) há 12 anos, sendo muito mais velho que ela. Ambos estão insatisfeitos com a relação e resolvem dar um tempo, que se transforma numa verdadeira separação. Ela acaba por se apaixonar por Diogo (Fábio Junqueira), um arquiteto da sua idade. Cabral, de quem partiu a ideia do afastamento, descobre o erro que cometeu. Cego pelos ciúmes, usa de todos os meios para reconquistar Glorinha.
Neste processo envolvem-se as pessoas próximas do casal: Ricardo (Ricardo Kosovski), ex-namorado de Glorinha; Maribel (Nanda Rocha), namorada de Ricardo; Júlia (Maria Ribeiro), filha de Cabral e também em crise no casamento; e Laura (Suzana Saldanha), velha amiga e confidente de Cabral. Todos agem por impulso e guiados pela máxima, nem sempre correta, de que é melhor o arrependimento de ter feito do que de não ter feito.
E agora um dos trechos mais fortes deste filme! Sobre a saudade...
AsTíbias são um doce de origem conventual, típicas da cidade de Braga e, representadas em várias pastelarias desta cidade.
Para ter uma ideia, este doce é produzido pela pastelaria S. Vicente desde 1829.
As Tíbias são da família dos profiteroles e éclairs, digamos que são uma espécie de primos direitos.
De massa leve e estaladiça, absolutamente deliciosa, polvilhada com açúcar, este doce é recheado com um creme pasteleiro muito suave.
Embora a origem seja conventual conta já com algumas variações modernas.
Aqui lhe deixo hoje uma receita deste bolo delicioso.
Ingredientes: 320ml de água; 2 cascas de limão; 160g de farinha com fermento; 50g de manteiga; 6 colheres de sopa de óleo; Pitada de sal; 5 ovos pequenos; 1 receita de creme pasteleiro.
Para o Creme de pasteleiro: 500ml de leite; 125g de açúcar; 50g de farinha de milho (maizena); 4 gemas peneiradas; uma pitada de sal; 2 cascas de limão; 1 colher de café de pasta de baunilha.
Preparação: Numa panela coloque a água, as cascas de limão, a manteiga, o óleo e a pitada de sal. Deixe ferver, depois, acrescente a farinha peneirada e mexa até esta se dissolver completamente. Deixe cozer a massa, mexendo sempre, com o fogo no mínimo, por 3 a 4 minutos. Retire a massa para uma taça e espalhe bem a mesma para que esta arrefeça. Quando estiver morna pode começar a adicionar os ovos até dar obter o ponto a massa. Coloque tudo num saco pasteleiro com um bico estrela (grande) e estenda a massa no formato que mais gosta. Vão a assar em formo pré - aquecido a 180 graus por 20 a 25 minutos. Se gostarem delas crocantes deixe-as dentro do forno por mais 20 minutos com o forno desligado e a porta um pouco aberta.
Faça uma receita de creme pasteleiro, abra as tíbias e recheie a gosto. Polvilhe com açúcar em pó.
Preparação do Creme de pasteleiro: Coloque 400 ml de leite para ferver com o sal e as cascas de limão. Misture as gemas, o açúcar e a farinha e mexa bem. Por fim adicione o restante leite e reserve. Quando o leite ferver tempere a mistura das gemas com três conchas de leite a ferver mexendo sempre para não cozer as gemas. Depois verta a mistura das gemas no leite a ferver, adicione a baunilha e mexa sem parar ate o creme engrossar e ferver. Experimente e bom apetite.
Ouça o compacto com os melhores momentos da primeira live do Clube do Choro de Betim Nº 1! Ligue o som e deixe a música tomar conta do ambiente.
O Clube do Choro de Betim é uma instituição cultural que foi fundada em 2001 na cidade de Betim, Minas Gerais. Tem o intuito de preservar e difundir o choro e o clube, através de diversas atividades, incentivando a criação e a inovação dentro desse género musical.
O choro ou chorinho é um género da música popular brasileira surgido no Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX.
Segundo José Ramos Tinhorão, o choro aparece não como género musical, mas como "forma de tocar", por volta de 1870. A sua origem, portanto, está no estilo de interpretação que os músicos populares do Rio de Janeiro imprimiam à execução das danças de salão europeias, principalmente as polcas, a dança mais popular no Brasil desde 1844.
São quase duas horas de boa música brasileira a partir da live realizada em 2020, em plena pandemia, em Betim, Minas Gerais. Esta é a versão sem interrupções pra ouvir onde preferir. Não deixe de prestar atenção à letra do tema Café Soçaite (15) que faz uma referência aEça de Queiroz e A Cidade e as Serras.
🥁Ramon Braga - Pandeiro e Voz 🎸Henrique 7 Cordas - Violão 🎙 Juninho Braga - Voz 🎸Dudu Braga - Cavaquinho e Voz 🎸Cleidiano Machado - Cavaquinho 🎺Marcos Flávio - Trombone 🎺Marcelo Batista - Trombone
E agora a lista das músicas:
01 - No Rancho Fundo 02 - Carioquinha 03 - Numa Seresta 04 - O Mundo é Um Moinho 05 - De Papo Pro Ar 06 - Naquela Mesa 07 - Jura 08 - Acariciando / Delicado 09 - Já Te Digo 10 - Maracangalha 11 - Tive Sim 12 - Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua 13 - Reconvexo / Você Não Entende Nada / Cotidiano 14 - Nenê / Santa Morena 15 - Café Soçaite 16 - Pinga Ne Mim 17 - Partido Alto 18 - As Mariposas
19 - Amigo Velho / Na Glória 20 - Vide Vida Marvada / Eu Bebo Sim 21 - Eu Bebo Sim 22 - Ária da Quarta Corda 23 - Forró de Gala 24 - Espumas ao Vento / Respeita Januário / Riacho do Navio 25 - Boneca Cobiçada 26 - Arrasta Pé 27 - O Que É O Que É
Kerala deve a sua fama à sua dança clássica, com aproximadamente 300 anos, a qual combina aspetos de ballet, ópera, mascarada e pantomima. Cochim é uma das cidades do estado de Kerala, onde pode assistir a este espetáculo.
O Kathakalié uma das manifestações tradicionais do sul da Índia, mais precisamente do estado de Kerala. A forma atual do Kathakaliterá sido fixada no final do século XVII, mas, inspira-se em rituais de há dois mil anos.
O Kathakali resulta da combinação de dança, música, canto e teatro e reúne com grande expressividade personagens mitológicos do universo religioso indiano. Deuses, demónios e seres sobrenaturais entrelaçam-se salientando a beleza entre forma e movimento.
O Kathakali é um estilo masculino de teatro-dança. Explora os movimentos leves e mais lentos. As partes do corpo mais usadas, são os olhos e também os pés. Esta manifestação cultural é conhecida não só por ser muito bonita mas também muito difícil.
"O Kathakali é composto por gestos detalhados e movimentos faciais, percussão, música, máscaras pintadas , disfarces e maquilhagem. O que o torna particular é o facto de o ator nunca falar, faz apenas gestos com as mãos e vários movimentos corporais" , explica Shri Padmanabhan, artista de Kathakali.
A preparação para o Kathakali é demorada porque exige uma maquilhagem minuciosa, feita a partir de ervas e outros elementos naturais.
"Através da maquilhagem, as personagens dividem-se em cinco categorias: Pacha (verde), Kathi (faca), Thadi (barba), Kari (negro) e Minukku (beleza). A cor dominante varia de acordo com a personalidade da personagem, segundo a tradição Kathakali", acrescenta o artista.
A Pacha Vehsam, ou maquilhagem verde, retrata protagonistas nobres. A Kathi Vesham retrata personagens vilãs. Existem três tipos de barbas, ou Thadi Veshams: A "Vella Thadi", ou Barba branca, representa macacos super-homens, como o Hanuman. A "Chuvanna Thadi", ou Barba vermelha, representa personagens maléficas. A "Karutha Thadi", ou Barba preta, representa o caçador. A Kari Vesham é utilizado para demónios femininos. A "Minuku Vesham" representa personagens femininas e sábios.
A Mudra é uma língua gestual estilizada, utilizada para transmitir uma ideia, uma situação ou uma forma de estar. Um ator de Kathakali transmite as suas ideias através de mudras. Para tal, o ator segue uma linguagem gestual sistemática, baseada no Hastalakshana Deepika, um tratado da língua gestual.
A orquestra de Kathakali consiste em duas variedades de tambores – o maddalam e o chenda; o chengila é um gongo de metal e o ilathalam, ou címbalos.
O Kathakali é anunciado pelos Kelikottu com o rufar dos tambores e acompanhada pelo Chengila (gongo). A riqueza de uma mistura feliz de cor, expressões, música, drama e dança não têm paralelo em quallquer outra forma de arte.
"O Kathakali é um espetáculo de grupo dominado pelos homens. Para ser reconhecida, uma mulher tem de trabalhar mais do que um artista homem. As atuações têm lugar em templos durante toda a noite. É preciso um treino físico rigoroso para atuar, senão, não é possível fazê-lo", sublinha Adv Ranjini K. P.
"As instituições mais famosas em Kerala não ensinam as mulheres. Aprendemos em aulas privadas. Temos de dar provas para sermos reconhecidas, é o que se passa com as artistas femininas do Kathakali", conclui Adv Ranjini K. P.
Os estudantes de Kathakali passam por um treino rigoroso, repleto de massagens de óleo e exercícios separados para os olhos, lábios, bochechas, boca e pescoço. A Abhinaya, ou expressão, tem tanta importância como a nritya (dança) e o geetham (canto).
Juntamente com expressões faciais altamente evocativas, as mudras e a música, vocal e instrumental, o Kathakali apresenta histórias de uma era passada num estilo altivo que faz lembrar as peças Gregas.
Aprecie agora os vídeos que selecionei para hoje, com aspetos desta arte milenar.
Assista agora a um dia com Kalamandalam Aravind, ator de Kathakali. O seu processo de preparação, maquiagem, figurino e alguns trechos da sua performance de 2017, no Regional Theatre, em Thrissur, Kerala, Índia.
"Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que mais se ama. Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer."
Desistir daquilo que se mais ama pode ser uma das decisões mais angustiantes da vida. Às vezes, somos forçados a abrir mão de algo devido a circunstâncias além de nosso controle. Nem sempre desistimos por falta de coragem para lutar, mas porque atingimos o limite de sofrimento. A coragem não está apenas em lutar, mas também em reconhecer quando é hora de seguir em frente.