sábado, outubro 12, 2024

Wind of change

Ouça  "Wind of change", da banda Scorpions, que foi lançada no álbum "Crazy world", de 1990. 

Fenómeno de vendas, o disco deu novo impulso à carreira deste grupo musical formado na cidade de Hannover, em meados dos anos 60. 

O cantor e compositor Klaus Meine explicou que a letra da canção é inspirada nos "ventos de mudança" que atingiam a Europa: a Guerra Fria a terminar, o fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim.

sexta-feira, outubro 11, 2024

Baçaim

 Baçaim (atualmente Vasai-Virar) foi um antigo porto no extremo sul de uma ilha, a cerca de 50 km ao norte de Bombaim, no estado de Maharashtra, no noroeste da Índia.

Fez parte do Estado Português da Índia entre 1533 e 1739, quando foi reconquistada pelo Império Maratha. Constituiu-se numa das mais importantes praças-forte portuguesas na região, chegando a rivalizar com Goa.

Antigo baluarte fortificado Maratha, de acordo com algumas fontes, a cidade foi cedida aos portugueses em dezembro de 1534. Capital da Província do Norte na Índia portuguesa, resistiu aos assaltos de forças locais e estrangeiras até ser reocupada pelos Maratas, que também reconquistaram todos os territórios dela dependentes (1739). 

A sua fortificação, entretanto, somente foi iniciada em maio de 1536, por determinação de D. Nuno da Cunha. Os muros da cidade foram erguidos entre 1552 e 1582, pois nesta última data já se encontrava envolvida por imponente muralha de pedra e cal, reforçada por dez modernos baluartes.

Desde o início da presença portuguesa assistiu-se à instalação de todas as ordens religiosas, com a função proselitista. De sua presença em Baçaim subsistem os restos do Convento de São Domingos e do Convento de Santo António, em relativo estado de boa conservação, além do Convento de Santo Agostinho e da Igreja da Companhia de Jesus, esta última caracterizada por uma torre que se eleva acima do casario. Por último destacam-se a Misericórdia, a Igreja Paroquial de São José e a Igreja de Nossa Senhora da Vila. O que resta da Casa da Câmara e Cadeia é semelhante ao que ainda se encontra em Portugal do mesmo período. Do mesmo modo, o traçado do arruamento é semelhante ao das vilas e cidades portuguesas, com a praça aberta nas imediações da Casa da Câmara.

Fortaleza de São Sebastião de Baçaim em Vasai

Atualmente, as ruínas da cidade de Baçaim e a própria fortaleza, encontram-se ameaçadas pela exploração das jazidas de gás ao longo da costa, e pela proximidade da metrópole de Bombaim, hoje com uma população de mais de onze milhões de habitantes.

quinta-feira, outubro 10, 2024

Damão

Damão é uma cidade da Índia, capital do território da União de Dadrá e Nagar Aveli e Damão e Diu. Até 1961 foi sede de distrito do antigo Estado Português da Índia. Tem 72 km² e cerca de 191 173 habitantes (2011).

Situada entre Diu, a Norte, e Baçaím, a Sul, a Fortaleza de Damão Grande simboliza o último ato de expansão portuguesa na costa da Cambaia. Construída no século XVI depois da conquista da cidade aos mouros, em 1559, pelo Vice-Rei Constantino de Bragança.

Foi a cidade mais portuguesa em toda a Índia, tendo sido a sede de distrito do antigo Estado Português da Índia e, dentro das suas muralhas, existe ainda um mundo à parte, onde permanecem vestígios de Portugal como a língua ou a casa onde viveu o poeta Bocage em 1789.

A cidade que fica intra-muros foi sempre muito pouco povoada e a disposição ortogonal das ruas não era comum nas cidades portuguesas do Oriente. Quanto à fortaleza propriamente dita, foi António Pinto da Fonseca que a deixou programada, em termos genéricos, e que foi desenhado para conclusão por Giovanni Battista Cairato.

Em 1595 as muralhas estavam a ponto de ser fechadas, mas o acabamento dos baluartes e cortinas foi posterior a 1614. A fortaleza ficou um quadrilátero bastante regular, com dez baluartes unidos por cortinas de cantaria dotadas de um fosso, construído após 1635.

Situada na costa do golfo de Cambaia, era um dos três concelhos que constituíam o distrito. Dadrá e Nagar-Aveli (enclaves no território indiano) eram os outros dois concelhos de Damão. O antigo concelho de Damão era constituído pelas freguesias de Damão Grande (Moti Daman), Damão Pequeno (Nani Daman) e Sé.

No século XVI era nos estaleiros de Damão que as frotas islâmicas se preparavam para combater a armada portuguesa. O primeiro contacto dos portugueses com esta cidade aconteceu em 1523, mas só 36 anos depois foi conquistada.

O primeiro contacto dos portugueses com Damão deu-se, quando chegaram ali os navios de Diogo de Melo. Em 1534, o vice-Rei D. Nuno da Cunha enviou António Silveira arrasar os baluartes mouriscos de Damão, por saber que se situavam ali os estaleiros e as demais instalações necessárias ao apetrechamento das frotas islâmicas que vinham dar combate às armadas portuguesas. Também seria enviado a Damão o capitão-mor Martim Afonso de Sousa, para bombardear e destruir as fortificações islâmicas. Mas só em 1559 viria a ser definitivamente tomada a cidade de Damão, pelo Vice-rei D. Constantino de Bragança.

A zona do Pequeno Damão, na margem direita do rio Damanganga, foi ocupada em 1614. Sucessos e insucessos das guerras locais, em que se destacam as lutas contra os sidis (mercenários abissínios) e com os maratas, levaram à perda de territórios de Baçaim, no antigo Reino de Cambaia (Sultanato de Guzarate). Nas mãos dos portugueses, desde as lutas do rei de Cambaia com os mogores, Baçaim passará para a posse dos maratas em 1739.

E, no ano seguinte, será a vez de Chaúl cair em poder dos mesmos maratas. Entretanto, muitas vilas e aldeias serão perdidas pelos Portugueses, até que, pelo auxílio militar que estes deram a Madeva Pradan, detentor do trono, contra o príncipe Ragobá que, aliado aos ingleses, pretendia derrubar o peshwá e ocupar o seu lugar, Portugal receberia, pelo Tratado de 1780, como restituição, 72 aldeias correspondentes a territórios outrora perdidos. E com essas aldeias se formaram os enclaves de Dadrá e Nagar-Aveli.

Em 18 de dezembro de 1961 o distrito português de Damão foi invadido e ocupado pelas tropas da União Indiana e incorporado no território de Damão e Diu. Desde 2020 é a capital do território de Dadrá e Nagar Aveli e Damão e Diu.

Veja o vídeo abaixo onde a jornalista Sandra Felgueiras nos conta um pouco mais sobre o que resta de Portugal na distante Índia.

quarta-feira, outubro 09, 2024

Dadrá e Nagar Aveli

Dadrá e Nagar Aveli (paraísos das madeiras preciosas) eram pequenos territórios ultramarinos portugueses, parte da Índia Portuguesa de 1779 até 1954. Os territórios eram enclaves, sem acesso ao mar, administrados por um governador português.

A invasão de Dadrá e Nagar Aveli foi um conflito militar em que os territórios de Dadrá e Nagar Aveli passaram de facto do domínio português para o governo da União Indiana em 1954, ainda que de jure formassem um Estado autónomo.

Dadrá e Nagar Aveli é um distrito do território da União de Dadrá e Nagar Aveli e Damão e Diu, no oeste da Índia. Dadrá é um enclave no Estado do Guzerate e Nagar Aveli fica na fronteira entre este e Maarastra.

Ao contrário das áreas circundantes, Dadrá e Nagar Aveli foram governadas pelos portugueses de 1783 até meados do século XX. A área foi capturada por forças pró-Índia em 1954 e administrada como o estado independente de facto de Dadrá e Nagar Aveli antes de ser anexado à Índia como um território da União em 1961. 

O território foi fundido com o território vizinho de Damão e Diu para formar o novo território da União de "Dadrá e Nagar Aveli e Damão e Diu" em 26 de janeiro de 2020. O território de Dadrá e Nagar Aveli tornou-se, então, um dos três distritos do novo território da União.

A cidade de Silvassa é a sede administrativa do distrito de Dadrá e Nagar Aveli e da taluca (subdistrito) de Nagar Aveli.

terça-feira, outubro 08, 2024

Civilizações e Especiarias: Goa, Damão e Diu, o Passado e o Presente

Civilizações e Especiarias: Goa, Damão e Diu, o Passado e o Presente é um livro (2003) de Óscar Gomes da Silva.

Óscar Gomes da Silva nasceu em Goa, antigo Estado Português da Índia. Decidiu, por vocação, abraçar a profissão militar tendo ingressado na então Escola do Exército. Concluiu o Curso de Infantaria e obteve a licenciatura em Ciências Militares.

“(…) A maior parte deste livro foi escrito em Goa, fruto da sua observação do actual quotidiano, da sua experiência e conhecimento do meio e do seu trabalho de pesquisa. No livro, um roteiro de natureza cultural, histórica e biográfica, o autor debruça-se, num estilo simples, elegante e objetivo, sobre a atualidade e a história, as memórias da sua infância adolescência, onde se misturam, com naturalidade, o presente e o passado.

Os dias difíceis do cativeiro - dias que se prolongaram por meses - no campo de concentração onde tinham sido internados os militares portugueses após a invasão de Goa, Damão e Diu, pelas tropas indianas impressionam pela autenticidade e concisão com que são descritos.

Sinopse:
A maior democracia do mundo embriaga-nos com o seu perene mistério e deslumbrante fantasia e, simultaneamente, nos flagela com os seus gritantes contrastes. Na Índia, a magia paira no ar que se respira. Aqui vive uma população profundamente religiosa que exercita, diariamente, a força espiritual do ser humano. O êxtase é uma constante.
Neste subcontinente imenso e matizado, os exíguos territórios de Goa, Damão e Diu, outrora parte do Estado português da Índia, exaltam o encontro de civilizações, de mistura com o odor das especiarias.
Lembrando Jerónimo Bragança,"...há que ler o poema Índia - poema heróico que foi lenda depois de ser certeza e foi certeza após ter sido lenda...", na observação do presente, na recordação do passado e com os olhos postos no futuro.

segunda-feira, outubro 07, 2024

O Que Foi A Índia Portuguesa?

O Estado da Índia - Maximilian Dörrbecker (Chumwa) - 1505
 A designada Índia Portuguesa foi um Estado ultramarino português, fundado em 1505, seis anos depois da chegada de Portugal ao subcontinente indiano, e refere-se a um conjunto de possessões, cidades portuárias, entrepostos e fortalezas conquistados ou instalados pelos portugueses, ao longo de sua expansão marítima e comercial, desde pelo menos finais do século XV até meados do XIX. O primeiro Vice-Rei foi D. Francisco de Almeida, que estabeleceu o seu governo em Cochim (Kochi). A Índia Portuguesa durou de 1505 a 1961, tendo variações geográficas ao longo de seus mais de 4 séculos de existência.

Em 1530 a capital do Estado da Índia foi transferida para Goa e, antes do século XVIII, o governador português ali estabelecido exercia a sua autoridade em todas as possessões portuguesas no oceano Índico, desde o Cabo da Boa Esperança, a oeste, passando pelas Ilhas Molucas, Macau e Nagasaki (esta não formalmente parte dos domínios portugueses) ao leste. Em 1752, Moçambique passou a ter um governo próprio e em 1844 foi a vez dos territórios de Macau, Solor e Timor, restringindo a autoridade do governador do Estado da Índia às possessões portuguesas na costa de Malabar, permanecendo assim até 1961.

Antes da independência da Índia, ocorrida em 1947, os territórios portugueses restringiam-se a Goa, Damão, Diu, e Dadrá e Nagar-Aveli. Portugal perdeu o controle efetivo dos enclaves de Dadrá e Nagar-Aveli em 1954 e, finalmente, o resto dos territórios do subcontinente indiano em dezembro de 1961, quando foram tomados por uma operação militar indiana. Apesar da tomada pela Índia dos territórios portugueses no subcontinente, Portugal reconheceu oficialmente o controle indiano só em 1975, após o Revolução dos Cravos e da queda do regime do Estado Novo.

E agora um outro vídeo.

domingo, outubro 06, 2024

É Linda a Ilha de S.Miguel

São Miguel é a maior das ilhas do arquipélago dos Açores formando o Grupo Oriental do Arquipélago juntamente com a ilha de Santa Maria, situada a 81 km de distância, e é conhecida como a ilha verde. É também a maior de todas as ilhas do território de Portugal. Tem uma superfície de 748,82 km², mede 64,7 quilómetros de comprimento e 8 -15 km de largura. Tem uma população de cerca de 137 699 habitantes (2011).
É composta pelos concelhos de Lagoa, Nordeste, Ponta Delgada, Povoação, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo. Ao natural, ou habitante, da ilha de São Miguel, dá-se o nome de micaelense.
Mas, mais importante que tudo o resto a Ilha de S.Miguel é linda
Não perca a oportunidade de ver por isso, a apresentação abaixo.