sexta-feira, março 10, 2023

Vinho & Vinhas

O Vinho é uma bebida alcoólica produzida pela fermentação do sumo de uva.

A vinha e o vinho constituem um património cultural e económico que representa para nós, Portugueses, um dos traços fundamentais da nossa identidade cultural.

O vinho possui uma longa história que remonta pelo menos a aproximadamente 8000 a. C., pensando-se que tenha tido origem nos atuais territórios da Geórgia, Turquia ou Irão. Crê-se que o seu aparecimento na Europa ocorreu há aproximadamente 6500 anos, nas atuais Bulgária ou Grécia. Era muito comum na Grécia e Roma antigas. O vinho tem desempenhado um papel importante em várias religiões desde tempos antigos. O deus grego Dionísio e o deus romano Baco representavam o vinho, e ainda hoje o vinho tem um papel central em cerimónias religiosas cristãs e judaicas como a Eucaristia e o Kidush.

Portugal é um país com uma longa tradição na produção de vinho, tendo sido exportador deste produto desde tempos remotos. 

É de relembrar que a Região Demarcada do Douro, criada em 1756 pelo Marquês de Pombal, constitui a mais antiga região vitícola regulamentada do mundo. 

Originalmente estabelecida para regular a produção do vinho fortificado a que se  chama de "vinho do Porto", hoje a RDD circunscreve a Denominação de Origem Controlada dos vinhos do Porto e Douro. Mas, para além do vinho do Porto, não podemos deixar de referir também o Vinho da Madeira, para além de muitos outros de elevada qualidade e importância.

Mas, se quiser ficar a conhecer tudo sobre vinhos não deixe de clicar aqui , pois, poderá ficar a saber que castas (ou cepas) existem, como envelhecer e armazenar o vinho, alguns pratos e doces que utilizam vinho na sua confeção, outros locais no mundo onde se cultiva a vinha, etc.

Bicho de Sete Cabeças

 Ouça Geraldo Azevedo e Elba Ramalho em Bicho de Sete Cabeças (Ao Vivo).

Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça

Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez ter feito
O que você me fez, desapareça
Cresça e desapareça

Não tem dó no peito, não tem jeito
Não tem coração que esqueça
Não tem ninguém que mereça
Não tem pé, não tem cabeça

Não dá pé, não é direito
Não foi nada, eu não fiz nada disso
E você fez um bicho de sete cabeça

Bicho de sete cabeça
Bicho de sete cabeça

Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça

Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez ter feito
O que você me fez, desapareça
Cresça e desapareça

Não tem dó no peito, não tem jeito
Não tem coração que esqueça
Não tem ninguém que mereça
Não tem pé, não tem cabeça

Não dá pé, não é direito
Não foi nada, eu não fiz nada disso
E você fez um bicho de sete cabeça

Bicho de sete cabeça
Bicho de sete cabeça

Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça

Não tem jeito mesmo (Não tem coração que esqueça)
Não tem dó no peito (Não dá pé, não é direito)
Não tem nem talvez ter feito (Não foi nada)
O que você me fez, desapareça (Eu não fiz nada disso, e você fez um)
Cresça e desapareça (Bicho de sete cabeça)

Bicho de sete cabeça
Bicho de sete cabeça
Compositores: Jose Ramalho Neto, Geraldo Azevedo De Amorim e Renato Rocha

quinta-feira, março 09, 2023

Com Poejos e Outras Ervas

Com Poejos e Outras Ervas é um livro da eminente figura da ciência portuguesa, A. M. Galopim de Carvalho.

Sinopse:

À primeira vista um livro de culinária como muitos outros, este ... Com Poejos e Outras Ervas, transfigura-se, após o iniciar da sua leitura, numa visão muito pessoal e sentida de um Alentejo vivo, povoado por uma miríade de cheiros e sabores, nascidos na bruma dos tempos e transmitidos de geração em geração pelos homens e mulheres que foram fazendo do Além Tejo a sua terra. Aqui, Galopim de Carvalho escreve-nos histórias e receitas que se complementam dando forma a uma aguarela colorida do seu Alentejo, apresentado ao ritmo do sabor mas onde nos é possível visualizar a paisagem física e humana que forma um Alentejo real, que urge conhecer e tanta beleza oferece àqueles que o quiserem descobrir.

quarta-feira, março 08, 2023

Mulher

«A mulher não é só casa
mulher-loiça, mulher-cama
ela é também mulher-asa,
mulher-força, mulher-chama

  E é preciso dizer
dessa antiga condição
a mulher soube trazer
a cabeça e o coração

 Trouxe a fábrica ao seu lar
e ordenado à cozinha
e impôs a trabalhar
a razão que sempre tinha

  Trabalho não só de parto
mas também de construção
para um filho crescer farto
para um filho crescer são

  A posse vai-se acabar
no tempo da liberdade
o que importa é saber estar
juntos em pé de igualdade

  Desde que as coisas se tornem
naquilo que a gente quer
é igual dizer meu homem
ou dizer minha mulher»

José Carlos Ary dos Santos

terça-feira, março 07, 2023

Walk On By

Ouça Sheryl Crow na canção "Walk On By" (dos compositores Burt Bacharach & Hal David), numa sessão especial na Casa Branca, que contou com a presença de Burt Bacharach e Barack Obama. 

Burt Bacharach, recentemente falecido, criou canções como Walk on By, I Say a Little Prayer ou This Guy's in Love with You, para intérpretes como Dionne Warwick , Aretha Franklin, Dusty Springfield, Tom Jones entre outros. As baladas românticas e melancólicas que criou cruzavam a fronteira entre o jazz e o pop.

Burt Bacharach foi vencedor de oito Grammys e de três Óscares.

If you see me walking down the street
And I start to cry each time we meet
Walk on by, walk on by

Make believe
That you don't see the tears
Just let me grieve
In private 'cause each time I see you
I break down and cry

And walk on by (don't stop)
And walk on by (don't stop)
And walk on by
I just can't get over losing you
And so if I seem, broken and blue
Walk on by
Walk on by

Foolish pride
That's all that I have left
So let me hide
The tears and the sadness you gave me
When you said goodbye

Walk on by (don't stop)
Walk on by (don't stop)
Walk on by (don't stop)
Walk on
Walk on by
Walk on by

Foolish pride
That's all that I have left
So let me hide
The tears and the sadness you gave me
When you said goodbye

Walk on by (don't stop)
Walk on by (don't stop)
Now you really gotta go, so walk on by (don't, don't stop)
Baby, leave, you'll never see the tears I cry (don't, don't stop)
Now you really gotta go, so walk on by (don't, don't stop)
Mmm, baby, leave, you'll never see the tears I cry (don't, don't stop)
Now you really gotta go, so walk on by (don't, don't)

segunda-feira, março 06, 2023

Fim

Mário de Sá-Carneiro (1890 - 1916) foi um poeta, contista e ficcionista português, um dos grandes expoentes do modernismo em Portugal e um dos mais reputados membros da Geração d'Orpheu.

Hoje deixo-lhe um poema de Mário de Sá-Carneiro e um site que deve explorar e divulgar: "Mário de Sá-Carneiro online". Este sítio da net serve para dar a conhecer a obra do poeta não só cá, mas também além-fronteiras.

Além da correspondência e de uma pequena biografia do autor (escrita por Ricardo Vasconcelos), em português e em inglês, "Mário de Sá-Carneiro online" inclui separadores dedicados à exposição realizada na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, por altura do centenário da morte do poeta e às edições críticas, nomeadamente, a edição de Jerónimo Pizarro e Ricardo Vasconcelos.

Fim

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.

domingo, março 05, 2023

Lubango: A Cidade Jardim de Angola

O Lubango é uma cidade e município de Angola, capital da província de Huíla, localizada no sudoeste do país.
O termo "Lubango" vem do nome do soba (rei tribal) dos muílas Calubango (ou Kaluvango), que foi o líder local que recebeu a primeira expedição europeia nas suas terras. A área sob o seu domínio passou a ser denominada Terras do Calubango e, com o tempo, Terras de Lubango.
Polo de desenvolvimento da província da Huíla por excelência, o Lubango é limitado a norte pelos municípios de Quilengues e Cacula, a leste por Quipungo, a sul pela Chibia e a oeste pela Humpata e Bibala (Namibe).
O seu clima é tropical de altitude, a temperatura média anual ronda os 20º centígrados, sendo Julho o mês mais frio e Novembro o mais quente. A média pluviométrica anual é superior a 1000 milímetros.
A etnia predominante nesta região de Angola é o subgrupo étnico Ovamuila, do grupo Nhaneka-Humby, que vive disperso em pequenas aldeias.
Os portugueses da Madeira fundaram, em Janeiro de 1885, a "colónia de Sá da Bandeira", que a 31 de Maio de 1923 atingia a categoria de cidade, depois do comboio ter escalado a urbe, vindo do Namibe.

O Lubango desenvolveu-se sobretudo a partir da "colónia de Sá da Bandeira", tomando esse nome entre 1884 e 1975, enquanto o município foi sempre denominado Lubango. 
O primeiro contacto europeu com pessoas da região data, contudo, de 1627. Embora a soberania portuguesa tenha começado apenas em 1769, foram os holandeses que deram os primeiros sinais de povoamento europeu, por volta de 1880.

No que se refere à educação, o Lubango assumiu-se desde 2007 como "Cidade do Conhecimento". É de salientar que, no tempo colonial, foi uma das primeiras cidades do interior a possuir ensino liceal, não só o Liceu Nacional Diogo Cão, mas também a Escola Industrial e Comercial Artur de Paiva e o Instituto Agrícola do Tchivinguiro. A chamada "Sá da Bandeira" até 1975, acolheu a sede da atual Universidade Mandume Ya Ndemufayo, que, com outras cinco privadas, perfazem uma rede de seis instituições de ensino superior, onde estudam perto de 15 mil estudantes.

O Monumento do Cristo Rei, as Fendas da Tundavala e Bimbe, as águas cristalinas da Cascata da Huíla, a Serra da Leba (esta última embora pertencente ao município da Humpata, o seu acesso é feito a partir do Lubango) são, sem sombra de dúvidas, os cartões de visita desta cidade localizada a cerca de 2 400 metros de altitude.
De acordo com as projeções de 2018, elaboradas do Instituto Nacional de Estatística, conta com uma população de 876 339 habitantes e uma área territorial de 3 147 km², sendo o mais populoso município da província, da região sul de Angola e o sexto mais populoso do país.
O Lubango em conjunto com a Chibia e a Humpata é uma área de grande concentração humana.
Concebida para pouco mais de 50 mil habitantes, a urbe suporta atualmente mais de um milhão, distribuídos em quatro comunas (Arimba, Hoque, Quilemba e Huíla), o que dificulta a prestação de alguns serviços básicos com eficácia.
O Lubango, considerada a Cidade Jardim de Angola, assinala este ano o seu centenário a 31/5/2023, desde a sua elevação a esta categoria, quando a primeira locomotiva do Caminho-de-ferro de Moçâmedes (CFM) venceu o deserto do Namibe e chegou ao planalto da Huíla.
A cidade do Lubango tenta, aos poucos, reaver a sua antiga imagem, para que se torne verdadeiramente numa das cidades mais prósperas do país.
Se quiser ficar a conhecer um pouco mais desta cidade angolana não deixe de ver os vídeos abaixo (atenção que pelo menos uma das imagens, do vídeo que se segue, não é do Lubango, mas sim do Lobito - é o caso do Tamariz).


E agora um outro vídeo. Ora veja.