sábado, dezembro 13, 2014

Prefácio

Assim é que elas foram feitas (todas as coisas) —
sem nome.
Depois é que veio a harpa e a fêmea em pé.
Insetos errados de cor caíam no mar.
A voz se estendeu na direção da boca.
Caranguejos apertavam mangues.
Vendo que havia na terra
Dependimentos demais
E tarefas muitas —
Os homens começaram a roer unhas.
Ficou certo pois não
Que as moscas iriam iluminar
O silêncio das coisas anônimas.
Porém, vendo o Homem
Que as moscas não davam conta de iluminar o
Silêncio das coisas anônimas —
Passaram essa tarefa para os poetas.
Manoel de Barros

sexta-feira, dezembro 12, 2014

Saudade Da Minha Terra

Oiça mais um dos grandes clássicos da música sertaneja, "Saudade Da Minha Terra",  na voz de Chitãozinho & Xororó.
De que me adianta viver na cidade
Se a felicidade não me acompanhar
Adeus, paulistinha do meu coração
Lá pro meu sertão, eu quero voltar
Ver a madrugada, quando a passarada
Fazendo alvorada, começa a cantar
Com satisfação, arreio o burrão
Cortando estradão, saio a galopar
E vou escutando o gado berrando
Sabía cantando no jequitibá

Por Nossa Senhora,
Meu sertão querido
Vivo arrependido por ter deixado
Esta nova vida aqui na cidade
De tanta saudade, eu tenho chorado
Aqui tem alguém, diz
Que me quer bem
Mas não me convém,
eu tenho pensado
eu fico com pena, mas esta morena
não sabe o sistema que eu fui criado
To aqui cantando, de longe escutando
Alguém está chorando,
Com rádio ligado

Que saudade imensa do
Campo e do mato
Do manso regato que
Corta as Campinas
Aos domingos ia passear de canoa
Nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança
Daquelas festanças
Onde tinham danças e lindas meninas
Eu vivo hoje em dia sem Ter alegria
O mundo judia, mas também ensina
Estou contrariado, mas não derrotado
Eu sou bem guiado pelas
mãos divinas

Pra minha mãezinha já telegrafei
E já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida
Pra terra querida que me viu nascer
Já ouço sonhando o galo cantando
O nhambu piando no escurecer
A lua prateada clareando as estradas
A relva molhada desde o anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali
Foi lá que nasci, lá quero morrer   

quinta-feira, dezembro 11, 2014

Um passeio por Oberammergau

Oberammergau é um município do distrito de Garmisch-Partenkirchen (Baviera), no sul da Alemanha. Encontra-se localizado no vale do rio Ammer.
Esta localidade é conhecida principalmente pelas representações da Paixão de Cristo que são feitas de dez em dez anos (a próxima será em 2020), envolvendo centenas de figurantes, todos residentes e naturais da localidade. Em 1633, durante uma epidemia de peste, os habitantes de Oberammergau juraram levar a cabo uma encenação periódica da Paixão de Cristo se fossem protegidos da doença. Este facto foi a origem da hoje mundialmente famosa tradição, realizada pela primeira vez em 1634.
Oberammergau também é conhecida pelos seus prédios pintados com motivos religiosos ou de contos de fada. A reconhecida alta qualidade e quantidade destes frescos nas fachadas de várias das suas casas, tornaram esta localidade uma paragem obrigatória para os turistas.
Estes frescos são  conhecidos pelo nome alemão de "Lüftlmalerei" e são comuns na Alta Baviera. A palavra "Lüftlmalerei" parece ter origem na casa "Zum Lüftl" em Oberammergau, que era a residência do pintor de fachadas Franz Seraph Zwinck (1748-1792).
Oberammergau tem também uma longa tradição na escultura de madeira. As ruas contêm dezenas de oficinas que vendem imagens religiosas, relógios, brinquedos e peças humorísticas. Além disso, fabricam-se localmente os típicos chapéus bávaros.
O turismo é, então, a principal atividade económica da localidade, sendo também paragem quase obrigatória a visita ao palácio de Linderhof e ao Mosteiro de Ettal.

quarta-feira, dezembro 10, 2014

A Maratona de Cartas

O que é a Maratona de Cartas ?
É o maior evento global de direitos humanos organizado anualmente pela Amnistia Internacional no último trimestre de cada ano, no âmbito da data simbólica de 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Por esta ocasião, pessoas de todo o mundo assinam cartas apelando à solidariedade internacional, em prol de indivíduos e de comunidades em risco.
Um dos casos mais marcantes da Maratona é o da birmanesa e Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi. A defensora de direitos humanos foi declarada prisioneira de consciência pela Amnistia Internacional e foi um dos casos da Maratona de Cartas de 2009. Acabaria por ser libertada em 2010, ao fim de 15 anos de prisão domiciliária.
Portugal ficou em 6º lugar no ranking de 143 países que, em 2013, participaram na recolha de assinaturas para a Maratona de Cartas!
Se quiser participar neste evento, basta clicar aqui, a assinatura é feita no site da Amnistia Internacional.

terça-feira, dezembro 09, 2014

A Terra é...

O planeta onde vivemos, redondo e azul (...).  Liliana M.
Constituída por continentes e tem várias camadas por dentro (...).  Tatiana E.
Um planeta que fica em 3º lugar no sistema solar (…) é o único que é habitado e que tem atmosfera (...). Carlos S.
Um planeta rochoso com uma composição líquida no seu interior mais profundo (...).  Filipe S.
O único planeta com uma boa temperatura (…) mas que sofre de muita poluição causada pelas fábricas, carros, etc. (...).  Isabella P.
Um planeta do sistema solar e é giro (...).  Rafaela G.
A nossa casa, mas um planeta a que nem todos dão o devido valor (...).  Cristiano P. 
É um planeta com muitos anos de história (...). Anónimo
Um planeta que tem que ser preservado pelos humanos para que os animais não fiquem extintos (...). Hugo S.
Curso Profissional Técnico de Comércio - 1º ano

segunda-feira, dezembro 08, 2014

Murmúrio Infinito

Proponho-lhe um encontro com as palavras escritas pela Sofia Fonseca Costa, através do sua primeira obra publicada, "Murmúrio Infinito" (Chiado Editora).
Porque há alunos inesquecíveis, foi com enorme emoção que estive com a Sofia no lançamento deste seu livro, que foi o resultado da concretização de um sonho antigo e muito acarinhado. Parabéns Sofia.
A Sofia Fonseca Costa cedo assumiu um amor sem fim pelas palavras. Estudou jornalismo, fotojornalismo e em simultâneo investiu em formação teatral.
Entre 1999 e 2011 participou em várias peças de teatro de rua e animações infantis, na Baixa Lisboeta, em escolas e bairros carenciados; chegando a fazer parte da companhia artística de um parque temático para crianças. Teve a sua estreia no teatro d'A Barraca.
Em 2002 foi convidada para ser a representante nacional na área de literatura, na Fábrica da Pólvora, numa feira de artes, partilhando o espaço com outros artistas de várias áreas.
Em 2006, foi autora da exposição fotográfica e literária "Estados d'alma" na galeria de arte Hibiscus.
Mulher lutadora e confiante de que amanhã será sempre um dia melhor, finalmente viu realizado o sonho que tem acalentado há largos anos: o seu livro "Murmúrio Infinito"
Neste Natal, não deixe de dar a conhecer as palavras da Sofia Fonseca Costa, porque "Todos murmuramos baixinho... Shhh!"

domingo, dezembro 07, 2014

Lawrence da Arábia - A Miragem De Uma Guerra No Deserto

"Lawrence da Arábia - A Miragem De Uma Guerra No Deserto" é um  livro de Adrian Greaves, que aqui lhe deixo como sugestão de leitura ou de oferta nesta quadra natalícia.
ADRIAN GREAVES é editor das revistas publicadas pela Anglo Zulu War Historical Society e autor de vários livros sobre este tema, incluindo Rorke’s Drift e Crossing the Buffalo. O seu interesse por Lawrence da Arábia e pela sublevação dos Árabes contra a Turquia levou-o a seguir as pisadas de Lawrence nos desertos e nos campos de batalha.
Sinopse (da editora):
"T. E. Lawrence é uma das personagens mais enigmáticas da história da Grã-Bretanha. Aquando da eclosão da Primeira Guerra Mundial, não possuía qualquer instrução militar. Contudo, teve êxito onde todos os outros tinham fracassado: uniu a nação árabe e conduziu-a à vitória contra o Exército turco. Os historiadores continuam a confessar-se perplexos em relação ao modo como Lawrence da Arábia realizou os seus feitos incríveis, embora os mitos tenham sido exagerados pelas inverdades que o próprio propagou. Ao contrário do que afirmou, nunca foi capturado nem torturado pelos Turcos, e também não foi o primeiro a dinamitar comboios turcos. No entanto, a verdade é tão ou mais fascinante do que a ficção. Lawrence da Arábia foi muito mais implacável do que se retratou, e combateu de forma tão bárbara como os seus inimigos, conforme descobriu Adrian Greaves, editor dos jornais da Anglo Zulu War Historical Society e autor de vários livros sobre este tema, incluindo Rorke’s Drift e Crossing the Buffalo".