No nosso país ainda (cada vez com mais dificuldade) se vão mantendo alguns usos e costumes, associados a esta época festiva. Assim, na semana antes da Páscoa em algumas localidades, fazem-se grandes limpezas e amassam-se os folares que depois de tendidos são levados em tabuleiros para o forno. No sábado antes da Páscoa matam-se os cabritos (ou os borregos), que depois são temperados para no domingo serem o prato principal desta festa religiosa.
Na segunda-feira, depois da Páscoa, faz-se um piquenique no campo (sobretudo no sul de Portugal) onde se come o resto do cabrito (ou do borrego), os folares, os chouriços, pão, vinho e amêndoas.
No norte de Portugal uma das tradições é o “compasso” Pascal que vai de porta em porta ao som do toque do sino. No Minho a Páscoa é vivida com alegria. Estreia-se roupa nova, espera-se pelo “compasso”, e prova-se o pão-de-ló típico da época. É hábito por estas paragens conceder o “folar” ao pároco que visita as casas. As ofertas são variadas… Mas quase sempre passam pelo dinheiro em nome da paróquia. Mas as oferendas podem, também, ser o açúcar, o arroz ou os ovos. Em Braga, do Domingo de Ramos ao Domingo de Páscoa, a cidade dedica-se totalmente às cerimónias da Semana Santa. Aqui podem-se destacar a Procissão da Nossa Senhora da «burrinha», a Procissão do Senhor «Ecce Homo», a Procissão do Enterro do Senhor, a Vigília Pascal e a Procissão da Ressurreição. Em Trás-os-Montes, manda a tradição haver em cada mesa o folar de carne. Este é mais importante que qualquer outra iguaria. É uma bola feita de farinha, fermento, ovos, leite, azeite ou manteiga, carne de porco, entre outras carnes.
A Páscoa no centro e sul de Portugal é também uma época cheia de tradições cuja origem ainda se tenta manter. A região das Beiras não é diferente das outras regiões do país. São feitas as limpezas de véspera e confeccionados os tradicionais bolos da Páscoa. Na região centro as broinhas e os bolos de azeite marcam a diferença. Na Beira Litoral, a chanfana ou o leitão assado são os pratos preferidos por alturas da Páscoa.
No Alentejo o cordeiro é o prato principal. No Alto Alentejo, em Castelo de Vide, o folar assume a forma de um duplo coração de ovos, decorado com motivos feitos da mesma massa. Próximo de Elvas, os folares apresentam formas de animais, representando borregos, lagartos,
pintainhos e pombos.
No Algarve a festa pascal apresenta algumas diferenças etnográficas entre a serra e o litoral. No litoral, fazem-se as procissões da Semana Santa, de entre elas, destaque-se a Procissão das Tochas realizada, no dia de Páscoa, em S, Brás de Alportel. Esta procissão tem na sua essência a comemoração de um dos mais heróicos acontecimentos históricos do Algarve: a expulsão pela confraria dos moços solteiros, das tropas inglesas comandadas pelo duque de Essex, que em Julho de 1596 saquearam a cidade de Faro e o seu termo.
No Algarve é tradição, também, no Domingo de Páscoa comer-se borrego ou carneiro assado. Em matéria de doçaria fazem-se os folares de mel e os bolos finos de amêndoa, delicadamente decorados.
No Algarve a festa pascal apresenta algumas diferenças etnográficas entre a serra e o litoral. No litoral, fazem-se as procissões da Semana Santa, de entre elas, destaque-se a Procissão das Tochas realizada, no dia de Páscoa, em S, Brás de Alportel. Esta procissão tem na sua essência a comemoração de um dos mais heróicos acontecimentos históricos do Algarve: a expulsão pela confraria dos moços solteiros, das tropas inglesas comandadas pelo duque de Essex, que em Julho de 1596 saquearam a cidade de Faro e o seu termo.
No Algarve é tradição, também, no Domingo de Páscoa comer-se borrego ou carneiro assado. Em matéria de doçaria fazem-se os folares de mel e os bolos finos de amêndoa, delicadamente decorados.
Depois deste roteiro festivo e gastronómico por Portugal aqui ficam os meus votos de Feliz Páscoa.