A erupção do vulcão do glaciar Eyjafjallajökull, no sul da Islândia, instalou nestes últimos dias, o caos nos céus da Europa e do Atlântico Norte. Entre outros, foram encerrados os aeroportos britânicos, suecos, noruegueses, finlandeses, dinamarqueses, holandeses e alemães. As ligações de Portugal e Espanha com o norte da Europa também foram afectadas. O encerramento do espaço aéreo deveu-se às nuvens de cinza provenientes do vulcão.
Na Islândia, no entanto, o tráfego aéreo não foi perturbado e os voos com partida ou destino a Reiquejavique, fizeram-se com normalidade.
O vulcão, no glaciar Eyjafjllajokull, no sul da Islândia, registou na quarta-feira (14/4) a segunda erupção em menos de um mês. O calor da lava derreteu parte do gelo do glaciar, por isso, uma grande inundação atingiu o Sul da Islândia, destruindo várias estradas.
A antiga Thule dos geógrafos gregos, chama-se hoje Islândia (Terra de Gelos), devido à colonização da ilha pelos viquingues.
Localizada na Dorsal Médio-Atlântica, a Islândia é muito activa vulcânica e geologicamente, o que define sua paisagem. A Islândia (103 000 Km2) é conhecida pelos glaciares, fiordes, vulcões e gêiseres que embelezam a sua paisagem. O país é economicamente desenvolvido e a população desfruta de um elevado padrão de vida. Contudo, a crise económica de 2008, colocou este país à beira da bancarrota.
A Islândia é um país insular (com cerca de 6000 km2 de litoral) situado no Atlântico norte, entre a Noruega e a Gronelândia. Tem uma superfície de 102.819 km2 . O norte deste país fica muito próximo do círculo polar ártico. O território é constituído por um planalto com uma altitude média de 500m. Mais de 200 vulcões (utilizados como fontes geotérmicas) e cerca de cem glaciares cobrem aproximadamente um oitavo do território. O vulcão mais importante é o Hekla, com 1.491m de altitude. Apesar da elevada latitude da ilha, o clima não é hostil no litoral oeste, devido à influência da corrente (marítima) quente do golfo do México. No resto do país, o clima é frio (daí qe a vegetação seja pobre: musgos e líquenes). Nos meses de Maio e Junho, o sol ilumina o país durante o dia e a noite. O maior dos rios da Islândia é o Thjörsá e existe ainda um grande número de pequenos lagos.
A maioria dos islandeses concentra-se na capital, Reikjavik. A população (320 000 habitantes) caracteriza -se pela homogeneidade étnica.
Até ao século XX, a população islandesa era fortemente dependente da pesca e da agricultura. No século XX, a economia e o sistema de protecção social da islândia desenvolveram-se rapidamente e, nas últimas décadas, o país implementou o livre comércio no Espaço Económico Europeu, acabando com a dependência da pesca e partindo para novos domínios económicos no sector de serviços, finanças e de vários tipos de indústrias.
A cultura islandesa é baseada no património das nações nórdicas. A herança cultural do país inclui a cozinha tradicional islandesa, a poesia e as Sagas islandesas medievais.
Em 2007, o país foi classificado como o mais desenvolvido do mundo pelo Índice de Desenvolvimento Humano (Organização das Nações Unidas) e com o quarto maior PIB per capita do planeta.
sábado, abril 17, 2010
sexta-feira, abril 16, 2010
Nuvens Correndo Num Rio
Nuvens correndo num rio
Quem sabe onde vão parar?
Fantasma do meu navio
Não corras, vai devagar!
Vais por caminhos de bruma
Que são caminhos de olvido.
Não queiras, ó meu navio,
Ser um navio perdido.
Sonhos içados ao vento
Querem estrelas varejar!
Velas do meu pensamento
Aonde me quereis levar?
Não corras, ó meu navio
Navega mais devagar,
Que nuvens correndo em rio,
Quem sabe onde vão parar?
Que este destino em que venho
É uma troça tão triste;
Um navio que não tenho
Num rio que não existe.
Natália Correia
Quem sabe onde vão parar?
Fantasma do meu navio
Não corras, vai devagar!
Vais por caminhos de bruma
Que são caminhos de olvido.
Não queiras, ó meu navio,
Ser um navio perdido.
Sonhos içados ao vento
Querem estrelas varejar!
Velas do meu pensamento
Aonde me quereis levar?
Não corras, ó meu navio
Navega mais devagar,
Que nuvens correndo em rio,
Quem sabe onde vão parar?
Que este destino em que venho
É uma troça tão triste;
Um navio que não tenho
Num rio que não existe.
Natália Correia
quinta-feira, abril 15, 2010
Zorba, O Grego
O filme Zorba, O Grego, é absolutamente inesquecível.
A cena que lhe proponho que veja hoje, junta dois talentos espantosos. O do actor Anthony Quinn e o do músico Mikis Theodorakis.
Anthony Quinn (1915 — 2001), foi um premiado actor estadunidense nascido no México. Naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos nos anos 40 do século XX. Antes de iniciar a sua carreira como actor trabalhou num talho e foi lutador de boxe. Chegou também a estudar arquitectura.
Ganhou o seu segundo Óscar por uma participação de apenas 8 minutos. Foi o tempo de todas as suas cenas em Sede de Viver. É o vencedor do Óscar, que mais filmes fez ao lado de outros ganhadores desta estatueta, na categoria de melhor actuação. Anthony Quinn talvez seja o actor que mais papéis diversificados fez. Caracterizou-se por representar personalidades famosas como Barrabás ou o magnata grego, Aristóteles Onassis. Dentre outros gregos que interpretou, está talvez o seu papel mais carismático: Zorba. Outras personagens de gregos que interpretou foram o pai de família problemático em "Um Sonho de Reis" e o combatente de "Canhões de Navarone". Foi o esquimó de Sangue sobre a Neve (1960) e o toureiro de Sangue e Areia (1941). No filme A Vigésima Quinta Hora, que demonstra o absurdo das idéias nazis, fez o papel de um romeno católico que foi preso como judeu, cigano, revoltoso e até como um dos modelos perfeitos da genética ariana. Ainda interpretou os papéis de índio norte-americano, mexicano condenado ao linchamento (Consciências Mortas) e mafioso italiano. A sua versatilidade em cena e a extensa carreira tornaram-no um dos maiores actores do cinema.
Mikis Theodorákis (1925), é um compositor e político grego mundialmente conhecido pela banda sonora dos filmes de Hollywood, Zorba, o Grego (1964) e Serpico(1973). Em 1980-1982 foi-lhe atribuído o Prémio Lenin da Paz. Theodorákis é também conhecido pelas suas posições políticas de esquerda. Expressa-as, abertamente, mesmo durante o governo da junta militar que liderou a ditadura grega. Militou em diversas campanhas de direitos humanos, como o conflito do Chipre, as tensões entre a Turquia e a Grécia, os ataques da OTAN contra a Sérvia, o sequestro de Abdullah Öcalan ou o conflito israelo-palestiniano. Recentemente as suas declarações contra George W. Bush e Ariel Sharon, suscitaram diversas críticas.
Agora veja o vídeo que reuniu, muitos anos depois, estas duas personalidades. Mais uma vez o motivo foi a música de Zorba, O grego.
A cena que lhe proponho que veja hoje, junta dois talentos espantosos. O do actor Anthony Quinn e o do músico Mikis Theodorakis.
Anthony Quinn (1915 — 2001), foi um premiado actor estadunidense nascido no México. Naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos nos anos 40 do século XX. Antes de iniciar a sua carreira como actor trabalhou num talho e foi lutador de boxe. Chegou também a estudar arquitectura.
Ganhou o seu segundo Óscar por uma participação de apenas 8 minutos. Foi o tempo de todas as suas cenas em Sede de Viver. É o vencedor do Óscar, que mais filmes fez ao lado de outros ganhadores desta estatueta, na categoria de melhor actuação. Anthony Quinn talvez seja o actor que mais papéis diversificados fez. Caracterizou-se por representar personalidades famosas como Barrabás ou o magnata grego, Aristóteles Onassis. Dentre outros gregos que interpretou, está talvez o seu papel mais carismático: Zorba. Outras personagens de gregos que interpretou foram o pai de família problemático em "Um Sonho de Reis" e o combatente de "Canhões de Navarone". Foi o esquimó de Sangue sobre a Neve (1960) e o toureiro de Sangue e Areia (1941). No filme A Vigésima Quinta Hora, que demonstra o absurdo das idéias nazis, fez o papel de um romeno católico que foi preso como judeu, cigano, revoltoso e até como um dos modelos perfeitos da genética ariana. Ainda interpretou os papéis de índio norte-americano, mexicano condenado ao linchamento (Consciências Mortas) e mafioso italiano. A sua versatilidade em cena e a extensa carreira tornaram-no um dos maiores actores do cinema.
Mikis Theodorákis (1925), é um compositor e político grego mundialmente conhecido pela banda sonora dos filmes de Hollywood, Zorba, o Grego (1964) e Serpico(1973). Em 1980-1982 foi-lhe atribuído o Prémio Lenin da Paz. Theodorákis é também conhecido pelas suas posições políticas de esquerda. Expressa-as, abertamente, mesmo durante o governo da junta militar que liderou a ditadura grega. Militou em diversas campanhas de direitos humanos, como o conflito do Chipre, as tensões entre a Turquia e a Grécia, os ataques da OTAN contra a Sérvia, o sequestro de Abdullah Öcalan ou o conflito israelo-palestiniano. Recentemente as suas declarações contra George W. Bush e Ariel Sharon, suscitaram diversas críticas.
Agora veja o vídeo que reuniu, muitos anos depois, estas duas personalidades. Mais uma vez o motivo foi a música de Zorba, O grego.
quarta-feira, abril 14, 2010
O Arquipélago da Insónia
António Lobo Antunes é um autor que dispensa apresentações. Lobo Antunes é um médico especializado em psiquiatria que se dedicou à escrita e se transformou numa figura incontornável da literatura portuguesa.
O Arquipélago da Insónia de António Lobo Antunes é um livro de 2008. Neste livro o autor regressa geograficamente a dois panoramas naturais que lhe dão prazer: o bucólico interior de um Ribatejo cujo rio que o atravessa desagua na Trafaria. É aqui, nestas duas localizações, que prende as personagens ao correr de uma divisão em três partes e fá-lo em 263 concisas páginas.
"Começamos por uma casa, pelo sentimento uma força em exercício, um poder que vem de há muito tempo, quando essa casa era igual mas era uma herdade, um latifúndio, quando nada faltava – a família, as empregadas na cozinha, o feitor, os campos, a vila ao fundo, e a voz do avô a comandar o mundo. Agora há fotografias no Alentejo em vez de pessoas, e há objectos, cientes que também acabarão sem ninguém, há memórias de quem dorme, ou morreu, mortos que não sabem se a vida foi vida, há os irmãos, um é autista, e a imagem da mãe muito nítida, sempre de costas “(alguma vez a vi sem ser de costas para mim?)".
Mas, se ainda não lhe abri o apetite para mais uma leitura, ouça o que o autor tem a dizer sobre a sua obra, assistindo ao vídeo que seleccionei para hoje.
O Arquipélago da Insónia de António Lobo Antunes é um livro de 2008. Neste livro o autor regressa geograficamente a dois panoramas naturais que lhe dão prazer: o bucólico interior de um Ribatejo cujo rio que o atravessa desagua na Trafaria. É aqui, nestas duas localizações, que prende as personagens ao correr de uma divisão em três partes e fá-lo em 263 concisas páginas.
"Começamos por uma casa, pelo sentimento uma força em exercício, um poder que vem de há muito tempo, quando essa casa era igual mas era uma herdade, um latifúndio, quando nada faltava – a família, as empregadas na cozinha, o feitor, os campos, a vila ao fundo, e a voz do avô a comandar o mundo. Agora há fotografias no Alentejo em vez de pessoas, e há objectos, cientes que também acabarão sem ninguém, há memórias de quem dorme, ou morreu, mortos que não sabem se a vida foi vida, há os irmãos, um é autista, e a imagem da mãe muito nítida, sempre de costas “(alguma vez a vi sem ser de costas para mim?)".
Mas, se ainda não lhe abri o apetite para mais uma leitura, ouça o que o autor tem a dizer sobre a sua obra, assistindo ao vídeo que seleccionei para hoje.
terça-feira, abril 13, 2010
A Saudade de Otto
Otto (Maximiliano Pereira de Cordeiro Ferreira ) é um cantor, compositor e percussionista brasileiro. É considerado um dos mais importantes artistas brasileiros da nova geração e da chamada Nova MPB.
Nasceu no Agreste Pernambucano e é descendente de índios e holandeses. Se o quiser conhecer melhor clique aqui, aqui e aqui.
Passou dois anos em França onde tocou (percussão) nas ruas e no metro de Paris. Regressou ao Brasil, primeiro ao Rio de Janeiro e depois de novo a Pernambuco (Recife). Aí conheceu Chico Science e Fred Zero Quatro.
Nestas deambulações começou a interessar-se por música electrónica e a adquirir um estilo próprio
Ex-percussionista da primeira formação da Nação Zumbi e do Mundo Livre S/A (com quem gravou os dois primeiros discos), Otto saiu do fundo dos palcos para trazer o ousado disco "Samba pra Burro" à tona (1998).
Resgatou os ritmos brasileiros e fundiu-os com o som eletrónico. As raízes e a modernidade somaram-se em "Samba pra Burro". Foi saudado pela imprensa como autor de um trabalho inventivo e estimulante, numa colagem do maracatu com drum'n'bass e do forró com rap.
Algumas melodias remetem às cantigas de roda. Dois anos depois, Otto lança o seu esperadíssimo segundo álbum, intitulado Condom Black. Mais recentemente editou dois outros discos: Sem Gravidade (2003); MTV Apresenta Otto (2005). Em 2009
Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos. É deste último a música que lhe proponho: Saudade.Aqui fica ela, num trecho do filme (2006) Solo Diós Sabe, de Carlos Bolado, com a música e voz de Otto e Julieta Venegas. É uma óptima música e uma excelente letra.
Como achei interessante este clipe fui procurar a sinopse do filme. Aqui está:
Dolores (Alice Braga) é uma brasileira, estudante de arte, que vive em San Diego. Quando viaja a Tihuna com as suas amigas encontra Damián (Diego Luna), um jovem e místico jornalista mexicano. É um passaporte perdido que os aproxima. Na Cidade do México, uma intensa paixão surge entre os dois, mas Damián guarda um segredo que pode separá-los para sempre. O destino conduz o casal ao Brasil, onde Dolores precisa compreender os eventos que a cercam e Damián tem que tomar uma difícil decisão.
Nasceu no Agreste Pernambucano e é descendente de índios e holandeses. Se o quiser conhecer melhor clique aqui, aqui e aqui.
Passou dois anos em França onde tocou (percussão) nas ruas e no metro de Paris. Regressou ao Brasil, primeiro ao Rio de Janeiro e depois de novo a Pernambuco (Recife). Aí conheceu Chico Science e Fred Zero Quatro.
Nestas deambulações começou a interessar-se por música electrónica e a adquirir um estilo próprio
Ex-percussionista da primeira formação da Nação Zumbi e do Mundo Livre S/A (com quem gravou os dois primeiros discos), Otto saiu do fundo dos palcos para trazer o ousado disco "Samba pra Burro" à tona (1998).
Resgatou os ritmos brasileiros e fundiu-os com o som eletrónico. As raízes e a modernidade somaram-se em "Samba pra Burro". Foi saudado pela imprensa como autor de um trabalho inventivo e estimulante, numa colagem do maracatu com drum'n'bass e do forró com rap.
Algumas melodias remetem às cantigas de roda. Dois anos depois, Otto lança o seu esperadíssimo segundo álbum, intitulado Condom Black. Mais recentemente editou dois outros discos: Sem Gravidade (2003); MTV Apresenta Otto (2005). Em 2009
Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos. É deste último a música que lhe proponho: Saudade.Aqui fica ela, num trecho do filme (2006) Solo Diós Sabe, de Carlos Bolado, com a música e voz de Otto e Julieta Venegas. É uma óptima música e uma excelente letra.
Como achei interessante este clipe fui procurar a sinopse do filme. Aqui está:
Dolores (Alice Braga) é uma brasileira, estudante de arte, que vive em San Diego. Quando viaja a Tihuna com as suas amigas encontra Damián (Diego Luna), um jovem e místico jornalista mexicano. É um passaporte perdido que os aproxima. Na Cidade do México, uma intensa paixão surge entre os dois, mas Damián guarda um segredo que pode separá-los para sempre. O destino conduz o casal ao Brasil, onde Dolores precisa compreender os eventos que a cercam e Damián tem que tomar uma difícil decisão.
segunda-feira, abril 12, 2010
A Muralha
Nos finais do séc. XIV a antiga Cerca Velha (ou Cerca Moura) já não defendia Lisboa. Extensos bairros formavam-se à volta da antiga muralha sem a protecção de qualquer estrutura defensiva. Estes bairros terão sofrido uma grande destruição (em 1373) quando D. Henrique II de Castela, cerca Lisboa.
Esta fraqueza defensiva de Lisboa terá levado D. Fernando a mandar construir (1373-1377) uma nova cintura de muralhas que envolvia uma área muito mais extensa que a antiga muralha. Esta muralha ficou conhecida por Cerca Nova ou Fernandina.
Foi, então, Dom Fernando I, o Formoso, que construiu a famosa Muralha Fernandina porque a cidade crescia rapidamente para fora do perímetro inicial. A construção começou pelo lado dos bairros mais pobres e acabou nos bairros da burguesia. É preciso notar que a maior parte do dinheiro utilizado, veio desta última classe social. A estratégia foi a conveniente, já que de outra forma a burguesia deixaria de financiar a obra.
É de referir também que a cidade do Porto também teve a sua Cerca Fernandina. Contudo, o passeio que proponho hoje é pela Muralha Fernandina de Lisboa. Ora veja, mais este episódio de Lisboa Debaixo de Terra.
Esta fraqueza defensiva de Lisboa terá levado D. Fernando a mandar construir (1373-1377) uma nova cintura de muralhas que envolvia uma área muito mais extensa que a antiga muralha. Esta muralha ficou conhecida por Cerca Nova ou Fernandina.
Foi, então, Dom Fernando I, o Formoso, que construiu a famosa Muralha Fernandina porque a cidade crescia rapidamente para fora do perímetro inicial. A construção começou pelo lado dos bairros mais pobres e acabou nos bairros da burguesia. É preciso notar que a maior parte do dinheiro utilizado, veio desta última classe social. A estratégia foi a conveniente, já que de outra forma a burguesia deixaria de financiar a obra.
É de referir também que a cidade do Porto também teve a sua Cerca Fernandina. Contudo, o passeio que proponho hoje é pela Muralha Fernandina de Lisboa. Ora veja, mais este episódio de Lisboa Debaixo de Terra.
domingo, abril 11, 2010
Penínsulas & Continentes
Maria de Medeiros é uma das figuras mais respeitadas da cultura portuguesa. Maria é reconhecida, internacionalmente, como actriz, realizadora e cantora. É neste capítulo que nos volta a surpreender com a edição do segundo álbum de originais.
O novo álbum de Maria de Medeiros, é uma viagem musical entre as Penínsulas Ibérica e Itálica e os Continentes Americanos e Africano. O título do álbum não poderia ser outro: Penínsulas e Continentes.
Das penínsulas latinas da Europa partiram poemas, melodias, talentos, sentimentos. E dos imensos continentes africano e americanos chegaram ritmos, dinâmicas, nostalgias e influências. Penínsulas & Continentes explora, assim, esses ecos mútuos.
Assim, ao poema de um trovador medieval de língua valenciana responde um lamento angolano em kimbundo, que encontra um eco numa balada do compositor português José Afonso, que por sua vez parece dialogar directamente com o poeta chileno Victor Jara.
Visitam-se os clássicos de Nino Rota - "La Dolce Vita" ou "Speak Softly Love" (Il Padrino). Canções de resistência de Victor Jara e José Afonso cruzam-se com temas africanos de Waldemar Bastos e Duo Ouro Negro e canções do rock brasileiro e espanhol, de Lenine e El Último de La Fila.
Para além da música, as próprias línguas criam uma trama melódica: português, espanhol, italiano, catalão, inglês... Línguas das penínsulas e dos continentes. Mensagens, murmúrios, gritos, suspiros, risos formam um tecido de sentimentos numa viagem intercontinental.
Maria de Medeiros faz-se acompanhar ao piano por Pascal Salmon e ainda por Edmundo Carneiro e Rubem Dantas (percussão), Bruno Rousselet (contrabaixo), Manuel Martínez del Fresno (violoncelo), Ricardo Feijão (baixo eléctrico) e Itacyr Bocato (trombone).
Aqui fica o convite a esta travessia intercontinental, explorando esses intercâmbios e ecos mútuos, conduzido por uma das mais carismáticas vozes da música actual.
O novo álbum de Maria de Medeiros, é uma viagem musical entre as Penínsulas Ibérica e Itálica e os Continentes Americanos e Africano. O título do álbum não poderia ser outro: Penínsulas e Continentes.
Das penínsulas latinas da Europa partiram poemas, melodias, talentos, sentimentos. E dos imensos continentes africano e americanos chegaram ritmos, dinâmicas, nostalgias e influências. Penínsulas & Continentes explora, assim, esses ecos mútuos.
Assim, ao poema de um trovador medieval de língua valenciana responde um lamento angolano em kimbundo, que encontra um eco numa balada do compositor português José Afonso, que por sua vez parece dialogar directamente com o poeta chileno Victor Jara.
Visitam-se os clássicos de Nino Rota - "La Dolce Vita" ou "Speak Softly Love" (Il Padrino). Canções de resistência de Victor Jara e José Afonso cruzam-se com temas africanos de Waldemar Bastos e Duo Ouro Negro e canções do rock brasileiro e espanhol, de Lenine e El Último de La Fila.
Para além da música, as próprias línguas criam uma trama melódica: português, espanhol, italiano, catalão, inglês... Línguas das penínsulas e dos continentes. Mensagens, murmúrios, gritos, suspiros, risos formam um tecido de sentimentos numa viagem intercontinental.
Maria de Medeiros faz-se acompanhar ao piano por Pascal Salmon e ainda por Edmundo Carneiro e Rubem Dantas (percussão), Bruno Rousselet (contrabaixo), Manuel Martínez del Fresno (violoncelo), Ricardo Feijão (baixo eléctrico) e Itacyr Bocato (trombone).
Aqui fica o convite a esta travessia intercontinental, explorando esses intercâmbios e ecos mútuos, conduzido por uma das mais carismáticas vozes da música actual.
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