ABBA foi um grupo sueco de música pop. O nome da banda é um acrónimo formado pelas primeiras letras do nome de cada um dos seus integrantes (apesar de ser também uma marca de arenque enlatado que existia, na altura, na Suécia). De 1976 em diante, o primeiro B no logotipo do grupo passou a ser escrito invertido em todos os materiais promocionais com ele relacionados.
O grupo foi formado em 1972 pelos músicos e compositores Björn Ulvaeus e Benny Andersson, e as vocalistas Agnetha Fältskog e Anni-Frid Lyngstad (também chamada Frida). Tornou-se no grupo musical sueco de maior sucesso mundial, dominando os principais tops (superados apenas pelos Beatles) em todo o mundo, entre a segunda metade da década de 1970 e o início dos anos 1980. A banda ficou conhecida não só pelas músicas mas também, pelo visual moderno e divertido dos diferentes componentes.
A banda manteve alguns singles no top do Reino Unido, até o fim de 1979, durante 160 semanas. Em Janeiro de 2010, na abertura do ABBAWorld em Londres, o grupo ABBA foi referido como tendo vendido, aproximadamente, 375 milhões de álbuns no mundo inteiro, pela Polar Music e pela Universal Records. De referir, também o filme, "Mamma Mia", que é um musical de enorme sucesso, realizado com músicas deste grupo!
Os ABBA tornaram-se a banda pop que mais discos vendeu na indústria fonográfica. Mesmo estando inativos desde 1983, vendem mais de 3 milhões de discos por ano!
"Happy New Year" é uma popular canção (do álbum Super Trouper) dos ABBA, datada de 1980.
Com votos de um Feliz Ano Novo, fique com um vídeo dos ABBA, mostrado na Suécia à meia noite de muitos Finais de Ano. Happy New Year!
sexta-feira, dezembro 31, 2010
quinta-feira, dezembro 30, 2010
Zoom
Zoom é um livro (1995) de Istvan Banyai, que foi considerado um dos melhores livros do ano destinado a crianças. O autor utiliza aqui a técnica do zoom e com ela, mostra-nos como somos pequenos face ao universo.
Istvan Banyai é um húngaro de Budapeste (1949), que se tornou conhecido como ilustrador e animador, a partir de meados dos anos 80, quando emigrou para os E.U.A.
Zoom é um livro provocante, sem palavras, que pode ser 'lido' tanto de frente para trás como de trás para frente. As ilustrações do mesmo são inovadoras e podem mudar as idéias sobre tudo o que é visto. Nesta aventura surpreendente, até filosófica, nada é o que parece ser.
Espero que goste. Não perca!
Istvan Banyai é um húngaro de Budapeste (1949), que se tornou conhecido como ilustrador e animador, a partir de meados dos anos 80, quando emigrou para os E.U.A.
Zoom é um livro provocante, sem palavras, que pode ser 'lido' tanto de frente para trás como de trás para frente. As ilustrações do mesmo são inovadoras e podem mudar as idéias sobre tudo o que é visto. Nesta aventura surpreendente, até filosófica, nada é o que parece ser.
Espero que goste. Não perca!
quarta-feira, dezembro 29, 2010
Festival da Lusofonia
Cantos na Maré, Festival Internacional da Lusofonia é un projecto cultural pioneiro da Comunidade Autonómica Galega. Através da língua e da música, traça um mapa comum entre os territórios da lusofonía que partilham as mesmas raízes. O CNM pretende que a partir da língua galega se criem pontes que, por um lado aproximem a Galiza a outras culturas emergentes e por outro dar a conhecer ao mundo a cultura galega.
Este festival, ocorreu mais uma vez, desta feita no passado dia 18 de Dezembro, no Pazo da Cultura de Pontevedra. De novo sob a direccão artística de Uxía e a direccão musical de Paulo Borges. O Festival alia jovens cantores a vozes já consolidadas no meio musical lusófono. No dia 18 misturaram-se quatro talentos num espectáculo exclusivo, íntimo e multicultural. Foram eles: Lenine (Brasil), António Zambujo(Portugal), Guadi Galego (Galiza) e Aline Frazão (Angola).
Um projecto louvável e interessante!
Este festival, ocorreu mais uma vez, desta feita no passado dia 18 de Dezembro, no Pazo da Cultura de Pontevedra. De novo sob a direccão artística de Uxía e a direccão musical de Paulo Borges. O Festival alia jovens cantores a vozes já consolidadas no meio musical lusófono. No dia 18 misturaram-se quatro talentos num espectáculo exclusivo, íntimo e multicultural. Foram eles: Lenine (Brasil), António Zambujo(Portugal), Guadi Galego (Galiza) e Aline Frazão (Angola).
Um projecto louvável e interessante!
CNM10 from xavier belho on Vimeo.
terça-feira, dezembro 28, 2010
Morre lentamente quem não viaja...
Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere o "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no
trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!
Pablo Neruda
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere o "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no
trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!
Pablo Neruda
segunda-feira, dezembro 27, 2010
Happy Xmas (War is Over)
"Happy Xmas (War Is Over)" é uma canção escrita por John Lennon. Foi lançada, num single de 1971 pelo cantor, Yoko Ono e a Plastic Ono Band. Esta banda foi constituída
por John e Yoko Ono antes da dissolução dos Beatles.
Em 1971, Happy Xmas chegou a atingir o 3º lugar (em 100) no Billboard Hot e o 2º no top Britânico de singles. A canção teve o acompanhamento de um coro de crianças que faziam parte do Coro Comunitário de Harlem.
Esta música apareceu pela primeira vez num álbum, em 1975, com o título: Shaved Fish.
Embora seja, ostensivamente, uma canção de protesto contra a Guerra do Vietname, acabou por se transformar num standard e tem sido editada em vários álbuns de Natal.
Diferentes artistas têm feito versões de Happy Xmas: Maroon 5, Street Drum Corps, Celine Dion, Neil Diamond e Shinedown.
Absolutamente inesquecível!
Happy Christmas
Feliz Natal (A guerra acabou) John Lennon
Feliz Natal, Yoko
Feliz Natal, John
Então é Natal
E o que você fez?
Outro ano se vai,
E um novo começa
E então é Natal
Eu espero que você se divirta.
As pessoas próximas e queridas,
Os idosos e os jovens
Um Natal muito feliz,
E um feliz Ano Novo
Vamos esperar que seja um bom ano
Sem medo
E então é Natal
Para fracos e fortes
Para ricos e pobres
O mundo está tão errado
E então Feliz Natal
Para negros e brancos
Para amarelos e vermelhos
Vamos parar todos os conflitos
Um Natal muito feliz
E um feliz Ano Novo
Vamos esperar que seja um bom ano
Sem medo
E então é Natal
E o que nós fizemos?
Outro ano se vai
E um novo começa
E então Feliz Natal
Nós esperamos que você se divirta
As pessoas próximas e queridas
Os idosos e os jovens
Um Natal muito feliz
E um feliz Ano Novo
Vamos esperar que seja um bom ano
Sem medo
A guerra acaba, se você quiser
A guerra acaba, agora
Feliz Natal
por John e Yoko Ono antes da dissolução dos Beatles.
Em 1971, Happy Xmas chegou a atingir o 3º lugar (em 100) no Billboard Hot e o 2º no top Britânico de singles. A canção teve o acompanhamento de um coro de crianças que faziam parte do Coro Comunitário de Harlem.
Esta música apareceu pela primeira vez num álbum, em 1975, com o título: Shaved Fish.
Embora seja, ostensivamente, uma canção de protesto contra a Guerra do Vietname, acabou por se transformar num standard e tem sido editada em vários álbuns de Natal.
Diferentes artistas têm feito versões de Happy Xmas: Maroon 5, Street Drum Corps, Celine Dion, Neil Diamond e Shinedown.
Absolutamente inesquecível!
Happy Christmas
Feliz Natal (A guerra acabou) John Lennon
Feliz Natal, Yoko
Feliz Natal, John
Então é Natal
E o que você fez?
Outro ano se vai,
E um novo começa
E então é Natal
Eu espero que você se divirta.
As pessoas próximas e queridas,
Os idosos e os jovens
Um Natal muito feliz,
E um feliz Ano Novo
Vamos esperar que seja um bom ano
Sem medo
E então é Natal
Para fracos e fortes
Para ricos e pobres
O mundo está tão errado
E então Feliz Natal
Para negros e brancos
Para amarelos e vermelhos
Vamos parar todos os conflitos
Um Natal muito feliz
E um feliz Ano Novo
Vamos esperar que seja um bom ano
Sem medo
E então é Natal
E o que nós fizemos?
Outro ano se vai
E um novo começa
E então Feliz Natal
Nós esperamos que você se divirta
As pessoas próximas e queridas
Os idosos e os jovens
Um Natal muito feliz
E um feliz Ano Novo
Vamos esperar que seja um bom ano
Sem medo
A guerra acaba, se você quiser
A guerra acaba, agora
Feliz Natal
domingo, dezembro 26, 2010
As Boas Festas com Bethânia
Boas Festas, é uma música do brasileiro Assis Valente que tem sido cantada e recantada em todos os natais do país irmão, desde 1933. Desta vez, a interpretação que lhe proponho é a de Maria Bethânia, cuja faixa está presente no CD "Natal Bem Brasileiro", lançado em Novembro de 2008. Neste disco também participam Elba Ramalho, Flavio Venturini, Jane Duboc, Zezé Motta, Marcos Sacramento, Maria Alcina, Dominguinhos, Célia, Miúcha, Leila Pinheiro, Francis Hime, Olívia Hime e o poeta Vinicius de Moraes, com acompanhamento de Toquinho. O CD traz também outra composição de Assis Valente, Recadinho de Papai Noel, originalmente gravada em 1934, por Carmen Miranda.
Assis Valente é um dos mais notáveis compositores brasileiros. Em 2008, foram relembrados os 50 anos da sua morte (por suícidio). Assis, nasceu na Baía e teve uma infância conturbada. Foi separado dos pais muito cedo. Trabalhou como farmacêutico, fez cursos de desenho no Liceu de Artes e Ofícios e profissionalizou-se como especialista em prótese dentária. Foi para o Rio de Janeiro em 1927, e empregou-se como protético. No início dos anos 30 começou a compor sambas. O primeiro, "Tem Francesa no Morro", tornou-se sucesso na voz de Araci Cortes em 1932.
Mais tarde conheceu Carmen Miranda e passou a compor sambas especialmente para ela. É o caso de "Good Bye, Boy" e "Etc". Carmen foi a maior intérprete e divulgadora dos sambas de Assis Valente. "Minha Embaixada Chegou", "Uva de Caminhão", "Camisa Listrada", "E o Mundo Não Se Acabou" e "Recenseamento" foram algumas das composições de Assis Valente eternizadas pela Pequena Notável. A música mais famosa do compositor foi, no entanto, rejeitada por ela . "Brasil Pandeiro" acabou por ser gravada pelos Anjos do Inferno em 1940, com grande êxito.
A vida pessoal de Assis Valente foi muito tumultuosa. Em 1941 tentou o suicídio pela primeira vez, atirando-se do alto do Corcovado. Mas, mesmo uma carreira bem-sucedida como compositor, não foi suficiente para o manter vivo.
Muitos artistas regravaram a obra de Assis Valente, como Nara Leão, Maria Bethânia, Caetano, Chico Buarque, Wanderléa, Célia, Gal Costa e Adriana Calcanhoto, entre outros.
Nada melhor do que nesta quadra recordar, as Boas Festas de Assis Valente, na voz de uma das grandes divas da música brasileira: Maria Bethânia.
Anoiteceu, o Sino Gemeu
A Gente Ficou Feliz a Rezar
Papai Noel Vê Se Você Tem
A Felicidade Pra Você Me Dar
Eu Pensei Que Todo Mundo
Fosse Filho De Papai Noel
Bem Assim Felicidade
Eu Pensei Que Fosse Uma
Brincadeira De Papel
Já Faz Tempo Que Pedi
Mas o Meu Papai Noel Não Vem
Com Certeza Já Morreu
Ou Então Felicidade
É Brinquedo Que Não Tem
Assis Valente é um dos mais notáveis compositores brasileiros. Em 2008, foram relembrados os 50 anos da sua morte (por suícidio). Assis, nasceu na Baía e teve uma infância conturbada. Foi separado dos pais muito cedo. Trabalhou como farmacêutico, fez cursos de desenho no Liceu de Artes e Ofícios e profissionalizou-se como especialista em prótese dentária. Foi para o Rio de Janeiro em 1927, e empregou-se como protético. No início dos anos 30 começou a compor sambas. O primeiro, "Tem Francesa no Morro", tornou-se sucesso na voz de Araci Cortes em 1932.
Mais tarde conheceu Carmen Miranda e passou a compor sambas especialmente para ela. É o caso de "Good Bye, Boy" e "Etc". Carmen foi a maior intérprete e divulgadora dos sambas de Assis Valente. "Minha Embaixada Chegou", "Uva de Caminhão", "Camisa Listrada", "E o Mundo Não Se Acabou" e "Recenseamento" foram algumas das composições de Assis Valente eternizadas pela Pequena Notável. A música mais famosa do compositor foi, no entanto, rejeitada por ela . "Brasil Pandeiro" acabou por ser gravada pelos Anjos do Inferno em 1940, com grande êxito.
A vida pessoal de Assis Valente foi muito tumultuosa. Em 1941 tentou o suicídio pela primeira vez, atirando-se do alto do Corcovado. Mas, mesmo uma carreira bem-sucedida como compositor, não foi suficiente para o manter vivo.
Muitos artistas regravaram a obra de Assis Valente, como Nara Leão, Maria Bethânia, Caetano, Chico Buarque, Wanderléa, Célia, Gal Costa e Adriana Calcanhoto, entre outros.
Nada melhor do que nesta quadra recordar, as Boas Festas de Assis Valente, na voz de uma das grandes divas da música brasileira: Maria Bethânia.
Anoiteceu, o Sino Gemeu
A Gente Ficou Feliz a Rezar
Papai Noel Vê Se Você Tem
A Felicidade Pra Você Me Dar
Eu Pensei Que Todo Mundo
Fosse Filho De Papai Noel
Bem Assim Felicidade
Eu Pensei Que Fosse Uma
Brincadeira De Papel
Já Faz Tempo Que Pedi
Mas o Meu Papai Noel Não Vem
Com Certeza Já Morreu
Ou Então Felicidade
É Brinquedo Que Não Tem
sábado, dezembro 25, 2010
Natal de Quem?
Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas.
- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
Está bem, eu sei!
- E as garrafas de vinho?
- Já vão a caminho!
- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
- Não sei, não sei...
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
- Foi este o Natal de Jesus?!!!
João Coelho dos Santos - in Lágrima do Mar - 1996 - O meu mais belo poema de Natal
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas.
- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
Está bem, eu sei!
- E as garrafas de vinho?
- Já vão a caminho!
- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
- Não sei, não sei...
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
- Foi este o Natal de Jesus?!!!
João Coelho dos Santos - in Lágrima do Mar - 1996 - O meu mais belo poema de Natal
sexta-feira, dezembro 24, 2010
Adeste Fideles
Adeste Fideles é um dos mais belos e universalmente conhecidos hinos de Natal.
Embora, não faça parte da liturgia oficial, é um popular hino de Natal, que se pensa que terá surgido no século XVIII. Sempre existiu uma grande controvérsia quer em relação à autoria da letra e da música de "Adeste Fideles", quer em relação à data do seu surgimento.
A autoria é, por vezes, atribuída erradamente a um santo do século XIII, S. Boaventura (1221 - 1274), outras vezes a portugueses, ingleses, franceses, alemães, entre outros.
Todos tentam demonstrar através dos poucos factos que existem, que o autor da música pertencia ao seu país. Os ingleses, por exemplo, consideram que a autoria, tanto da letra como da música "Adeste Fideles" pertence a John Francis Wade (1711-1786).
Com certeza absoluta, sabe-se que esta música foi cantada na embaixada portuguesa em Londres em 1797. Daí que muitas pessoas considerem que "Adeste Fideles" é da autoria do rei português, D. João IV.
O sucesso da música, fez com que surgissem várias versões desta, em diversas línguas. Entre essas contam-se "O come all ye faithfull", de origem inglesa.
Ouça, Adeste Fideles, na voz de Andrea Bocelli (siga-o com a letra em latim), com Votos de um Santo e Feliz Natal.
Adeste Fideles
Laeti triumphantes
Venite, venite in Bethlehem
Natum videte
Regem angelorum
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
Cantet nunc io
Chorus angelorum
Cantet nunc aula caelestium
Gloria, gloria
In excelsis Deo
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
Ergo qui natus
Die hodierna
Jesu, tibi sit gloria
Patris aeterni
Verbum caro factus
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
Embora, não faça parte da liturgia oficial, é um popular hino de Natal, que se pensa que terá surgido no século XVIII. Sempre existiu uma grande controvérsia quer em relação à autoria da letra e da música de "Adeste Fideles", quer em relação à data do seu surgimento.
A autoria é, por vezes, atribuída erradamente a um santo do século XIII, S. Boaventura (1221 - 1274), outras vezes a portugueses, ingleses, franceses, alemães, entre outros.
Todos tentam demonstrar através dos poucos factos que existem, que o autor da música pertencia ao seu país. Os ingleses, por exemplo, consideram que a autoria, tanto da letra como da música "Adeste Fideles" pertence a John Francis Wade (1711-1786).
Com certeza absoluta, sabe-se que esta música foi cantada na embaixada portuguesa em Londres em 1797. Daí que muitas pessoas considerem que "Adeste Fideles" é da autoria do rei português, D. João IV.
O sucesso da música, fez com que surgissem várias versões desta, em diversas línguas. Entre essas contam-se "O come all ye faithfull", de origem inglesa.
Ouça, Adeste Fideles, na voz de Andrea Bocelli (siga-o com a letra em latim), com Votos de um Santo e Feliz Natal.
Adeste Fideles
Laeti triumphantes
Venite, venite in Bethlehem
Natum videte
Regem angelorum
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
Cantet nunc io
Chorus angelorum
Cantet nunc aula caelestium
Gloria, gloria
In excelsis Deo
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
Ergo qui natus
Die hodierna
Jesu, tibi sit gloria
Patris aeterni
Verbum caro factus
Venite adoremus, Venite adoremus,
Venite adoremus, Dominum
Silent Night
Silent Night (em alemão: Stille Nacht, Heilige Nacht) é uma popular canção de Natal.
A letra original da canção (Stille Nacht), foi escrita na Áustria, pelo padre Joseph Mohr (1816) e a música composta por um director de escola, também austríaco, Franz Xaver Gruber, em 1818.
Em 1859, John Freeman Young (bispo, da Diocese Episcopal da Florida) elaborou a tradução inglesa da letra que é a versão mais frequentemente cantada nos dias de hoje. Actualmente a melodia difere também ligeiramente do original.
Esta canção foi apresentada ao público, pela primeira vez, em 24 de Dezembro de 1818 na Nikolaus-Kirche (Igreja de S. Nicolau) em Oberndorf, Áustria.
Veja e ouça, aqui, outra das mundialmente famosas canções de Natal, Silent Night, interpretada pelos três tenores: Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras.
Silent night, holy night,
All is calm, all is bright
Round yon virgin mother and Child.
Holy Infant, so tender and mild,
Sleep in heavenly peace,
Sleep in heavenly peace.
Silent night, holy night,
Shepherds quake at the sight;
Glories stream from heaven afar,
Heavenly hosts sing Alleluia!
Christ the Savior is born,
Christ the Savior is born!
Silent night, holy night,
Son of God, love’s pure light;
Radiant beams from Thy holy face
With the dawn of redeeming grace,
Jesus, Lord, at Thy birth,
Jesus, Lord, at Thy birth.
Silent night, holy night
Wondrous star, lend thy light;
With the angels let us sing,
Alleluia to our King;
Christ the Savior is born,
Christ the Savior is born!
A letra original da canção (Stille Nacht), foi escrita na Áustria, pelo padre Joseph Mohr (1816) e a música composta por um director de escola, também austríaco, Franz Xaver Gruber, em 1818.
Em 1859, John Freeman Young (bispo, da Diocese Episcopal da Florida) elaborou a tradução inglesa da letra que é a versão mais frequentemente cantada nos dias de hoje. Actualmente a melodia difere também ligeiramente do original.
Esta canção foi apresentada ao público, pela primeira vez, em 24 de Dezembro de 1818 na Nikolaus-Kirche (Igreja de S. Nicolau) em Oberndorf, Áustria.
Veja e ouça, aqui, outra das mundialmente famosas canções de Natal, Silent Night, interpretada pelos três tenores: Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras.
Silent night, holy night,
All is calm, all is bright
Round yon virgin mother and Child.
Holy Infant, so tender and mild,
Sleep in heavenly peace,
Sleep in heavenly peace.
Silent night, holy night,
Shepherds quake at the sight;
Glories stream from heaven afar,
Heavenly hosts sing Alleluia!
Christ the Savior is born,
Christ the Savior is born!
Silent night, holy night,
Son of God, love’s pure light;
Radiant beams from Thy holy face
With the dawn of redeeming grace,
Jesus, Lord, at Thy birth,
Jesus, Lord, at Thy birth.
Silent night, holy night
Wondrous star, lend thy light;
With the angels let us sing,
Alleluia to our King;
Christ the Savior is born,
Christ the Savior is born!
quinta-feira, dezembro 23, 2010
Santa Baby
Eartha Kitt (1927 — 2008) foi uma atriz, cantora e estrela de cabaré norte-americana. Foi, contudo, mais famosa pelo seu estilo distintivo de cantora e pela sua canção de Natal, Santa Baby (1953). Eartha era fundamentalmente, uma cantora de jazz .
Filha de mãe parte afro-americana, parte Cherokee e de pai branco, a cantora participou em três episódios do famoso seriado de televisão, Catwoman, nos anos 60. Foi a segunda intérprete da Catwoman, e a primeira negra. As audiências não aceitaram esta ousadia.
Graças ao seu talento e personalidade Orson Welles considerou-a como " a mais excitante mulher do mundo".
Ouça-a, agora no hit que a tornou famosa.
Santa Baby,
Just slip a sable under the tree
For me
Been an awful good girl
Santa Baby,
So hurry down the chimney tonight
Santa baby,
A 54 convertible too
Light blue
I'll wait up for you, dear
Santa baby,
So hurry down the chimney tonight
Think of all the fun I've missed
Think of all the Fella's that I haven't kissed
Next year I could be just as good
If you'll check out my Christmas list
Santa Baby,
I want a yact and really that's not
A lot
Been an angel all year
Santa Baby,
So hurry down the chimney tonight
Santa Honey,
one little thing i really need
The deed
To a platinum mine
Santa Baby,
So hurry down the chimney tonight
Santa cutie,
Fill my stocking with a duplex
And checks
Sign your 'x' on the line
Santa cutie,
and hurry down the chimney tonight
Come and trim my Christmas tree
With some decorations bought at Tiffany's
I really do believe in you
Let´s see if you believe in me
Santa Baby,
Forgot to mention one little thing
A ring
I don't mean on the phone
Santa Baby,
So hurry down the chimney tonight
Hurry down the chimney tonight
Hurry...tonight
Filha de mãe parte afro-americana, parte Cherokee e de pai branco, a cantora participou em três episódios do famoso seriado de televisão, Catwoman, nos anos 60. Foi a segunda intérprete da Catwoman, e a primeira negra. As audiências não aceitaram esta ousadia.
Graças ao seu talento e personalidade Orson Welles considerou-a como " a mais excitante mulher do mundo".
Ouça-a, agora no hit que a tornou famosa.
Santa Baby,
Just slip a sable under the tree
For me
Been an awful good girl
Santa Baby,
So hurry down the chimney tonight
Santa baby,
A 54 convertible too
Light blue
I'll wait up for you, dear
Santa baby,
So hurry down the chimney tonight
Think of all the fun I've missed
Think of all the Fella's that I haven't kissed
Next year I could be just as good
If you'll check out my Christmas list
Santa Baby,
I want a yact and really that's not
A lot
Been an angel all year
Santa Baby,
So hurry down the chimney tonight
Santa Honey,
one little thing i really need
The deed
To a platinum mine
Santa Baby,
So hurry down the chimney tonight
Santa cutie,
Fill my stocking with a duplex
And checks
Sign your 'x' on the line
Santa cutie,
and hurry down the chimney tonight
Come and trim my Christmas tree
With some decorations bought at Tiffany's
I really do believe in you
Let´s see if you believe in me
Santa Baby,
Forgot to mention one little thing
A ring
I don't mean on the phone
Santa Baby,
So hurry down the chimney tonight
Hurry down the chimney tonight
Hurry...tonight
quarta-feira, dezembro 22, 2010
As Boas Festas de Luís Morais
Luís Morais foi um músico cabo-verdiano (1935 - 2002), da Ilha de S. Vicente, e oriundo de uma família de músicos. Dedicou-se a esta arte desde os 14 anos, interpretando mornas, coladeras, salsas, batucadas e valsas.
Durante a sua longa e prestigiada carreira, notabilizou-se como compositor e um virtuoso executante de instrumentos de sopro (flauta, saxofone e clarinete). Foi, também, um importante difusor da música do seu país, chegando a merecer a distinção de embaixador da música de Cabo Verde.
Foi mentor e líder do famoso conjunto Voz de Cabo Verde (que foi integrado por músicos como Frank Cavaquinho, Djosinha, Chico, Jean da Lomba, Tói Bibia, Morgadinho, Bana e Jorge Sousa), com o qual percorreu o mundo como solista e director musical. Foi também um dos precursores da música instrumental em Cabo Verde.
Morais integrou também, o grupo de acompanhamento de Cesária Évora. Algumas das suas composições ganharam uma dimensão universal na voz dessa artista que os franceses baptizaram de "diva dos pés descalços".
A obra de Morais passa pelos estilos tipicamente cabo-verdianos. Mas, também, pelo choro, pelo samba, pela bossa nova do Brasil, e ainda pela cumbia (que se evidenciou nos anos 60 e 70 no mundo hispânico), chegando também aos grandes clássicos europeus dos anos 60.
É de sua autoria a orquestação do primeiro Hino Nacional de Cabo Verde e a direcção da banda que o executou, aquando da cerimónia da Independência, a 5 de Julho de 1975.
Da sua obra destacam-se "Mona Lisa", "Lágrimas", "Nostalgia" e sobretudo "Boas Festas". O tema que escolhi para hoje, Boas Festas, foi gravado na década de sessenta. É não só um dos temas emblemáticos do repertório deste grande senhor da música de Cabo Verde, mas também, um dos temas mais difundidos de todos os tempos.
Luís Morais merece ser lembrado não só como executante mas também porque graças à sua trajectória musical conseguiu conquistar públicos em todo o mundo.
Durante a sua longa e prestigiada carreira, notabilizou-se como compositor e um virtuoso executante de instrumentos de sopro (flauta, saxofone e clarinete). Foi, também, um importante difusor da música do seu país, chegando a merecer a distinção de embaixador da música de Cabo Verde.
Foi mentor e líder do famoso conjunto Voz de Cabo Verde (que foi integrado por músicos como Frank Cavaquinho, Djosinha, Chico, Jean da Lomba, Tói Bibia, Morgadinho, Bana e Jorge Sousa), com o qual percorreu o mundo como solista e director musical. Foi também um dos precursores da música instrumental em Cabo Verde.
Morais integrou também, o grupo de acompanhamento de Cesária Évora. Algumas das suas composições ganharam uma dimensão universal na voz dessa artista que os franceses baptizaram de "diva dos pés descalços".
A obra de Morais passa pelos estilos tipicamente cabo-verdianos. Mas, também, pelo choro, pelo samba, pela bossa nova do Brasil, e ainda pela cumbia (que se evidenciou nos anos 60 e 70 no mundo hispânico), chegando também aos grandes clássicos europeus dos anos 60.
É de sua autoria a orquestação do primeiro Hino Nacional de Cabo Verde e a direcção da banda que o executou, aquando da cerimónia da Independência, a 5 de Julho de 1975.
Da sua obra destacam-se "Mona Lisa", "Lágrimas", "Nostalgia" e sobretudo "Boas Festas". O tema que escolhi para hoje, Boas Festas, foi gravado na década de sessenta. É não só um dos temas emblemáticos do repertório deste grande senhor da música de Cabo Verde, mas também, um dos temas mais difundidos de todos os tempos.
Luís Morais merece ser lembrado não só como executante mas também porque graças à sua trajectória musical conseguiu conquistar públicos em todo o mundo.
terça-feira, dezembro 21, 2010
O Inverno
Velho, velho, velho
Chegou o Inverno.
Vem de sobretudo,
Vem de cachecol,
O chão onde passa
Parece um lençol.
Esqueceu as luvas
Perto do fogão:
Quando as procurou,
Roubara-as um cão.
Com medo do frio
Encosta-se a nós:
Dai-lhe café quente
Senão perde a voz.
Velho, velho, velho.
Chegou o Inverno.
Eugénio de Andrade - (1923 –2005) in "Aquela Nuvem e outras"
Chegou o Inverno.
Vem de sobretudo,
Vem de cachecol,
O chão onde passa
Parece um lençol.
Esqueceu as luvas
Perto do fogão:
Quando as procurou,
Roubara-as um cão.
Com medo do frio
Encosta-se a nós:
Dai-lhe café quente
Senão perde a voz.
Velho, velho, velho.
Chegou o Inverno.
Eugénio de Andrade - (1923 –2005) in "Aquela Nuvem e outras"
segunda-feira, dezembro 20, 2010
S. Paulo da Assunção de Luanda
Luanda é a maior cidade e a capital da República Popular de Angola, sendo também a capital da província homónima.
Está localizada na costa do Oceano Atlântico e é o principal porto e centro administrativo de Angola. Tem uma população de aproximadamente 4,5 milhões de habitantes (Fonte: ONU - 2004), o que a torna na terceira maior cidade lusófona do mundo, atrás de São Paulo e do Rio de Janeiro.
A cidade está dividida em duas partes: a "baixa" (parte antiga) e a "cidade alta"(parte nova). A "baixa" fica perto do porto, tendo ruas estreitas e edifícios da época colonial.
As indústrias presentes na cidade incluem a transformação de produtos agrícolas, a produção de bebidas, os têxteis, o cimento e outros materiais de construção, os plásticos, a metalurgia, etc.
O petróleo, extraído nas imediações, é refinado na cidade, embora esta refinaria tenha sido várias vezes danificada durante a guerra civil que assolou o país entre 1975 e 2002. Luanda possui um excelente porto natural, sendo as principais exportações do país, o café, o algodão, o açúcar, os diamantes, o ferro e o sal.
Os habitantes de Luanda são na sua grande maioria provenientes de vários grupos étnicos africanos, incluindo mbundos, ovimbundos e bacongos. Existe uma pequena minoria de origem europeia, constituída principalmente por portugueses. A língua oficial e mais falada é o português, sendo também faladas várias línguas do grupo bantu, principalmente o kimbundo.
O topónimo Luanda provém do étimo lu-ndandu que evoluiu para Luanda. O prefixo lu, é comum nos nomes de zonas do litoral, de bacias de rios ou de regiões alagadas (exemplos: Luena, Lucala, Lobito) e, neste caso, refere-se à existência de uma restinga rodeada pelo mar. Ndandu significa valor ou objecto de comércio e alude à exploração dos pequenos búzios colhidos na ilha de Luanda e que constituíam a moeda corrente no antigo Reino do Kongo e em grande parte da costa ocidental africana.
A primitiva povoação foi fundada a 25 de Janeiro de 1575 pelo capitão Paulo Dias de Novais que, ao desembarcar na Ilha do Cabo, encontrou uma população nativa bastante numerosa, tendo aí estabelecido o primeiro núcleo de colonos portugueses: cerca de 700 pessoas, onde se encontravam, religiosos, mercadores e funcionários, bem como 350homens de armas.
Um ano depois, reconhecendo não ser aquele lugar adequado, avançou para terra firme e fundou a vila de São Paulo da Assunção de Loanda, tendo lançado a primeira pedra para a edificação da igreja dedicada a São Sebastião, no lugar onde é hoje o Museu das Forças Armadas. Trinta anos mais tarde com o aumento da população europeia e do número de edificações, a vila de São Paulo da Assunção de Luanda tomou foros de cidade, estendendo-se de São Miguel ao largo fronteiro ao antigo Hospital Maria Pia (actual Josina Machel).
Em 1618, no período da União Ibérica, foi construída a Fortaleza de São Pedro da Barra. A cidade tornou-se no centro administrativo de Angola a partir de 1627. Em 1634 foi construída a Fortaleza de São Miguel de Luanda. A cidade foi conquistada e esteve sob o domínio da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais de 1641 a 1648 quando foi recuperada para a Coroa Portuguesa por uma expedição proveniente da Capitania do Rio de Janeiro, no Brasil, por Salvador Correia de Sá e Benevides.
É ainda de referir que de 1550 a 1850, Luanda foi um importante centro do tráfego de escravos para o Brasil.
Em 1889, o governador Brito Capelo inaugurou um aqueduto que forneceu a cidade de água potável, anteriormente escassa, abrindo caminho para o grande crescimento de Luanda. Em 1872 Luanda recebeu a designação de "Paris da África".
A partir de 1928, Luanda passa a ser mais utilizada como colónia penal. Nos primeiros anos do salazarismo, a população europeia da cidade era composta por condenados de delito comum e outros, utilizando uniformes de sarja azul escura com a inscrição D.D.A. em branco no peito e nas costas (Depósitos de Degredados de Angola era como se chamava às prisões e fortalezas de São Miguel e da Barra, onde permaneciam depositados os deportados e presos políticos, em Luanda).
Actualmente, Luanda é a maior e a mais densamente povoada cidade de Angola. Inicialmente projectada para uma população a rondar os 500 mil habitantes, é hoje uma cidade sobre-habitada. Aproveite e conheça Luanda através da apresentação que hoje lhe proponho.
Está localizada na costa do Oceano Atlântico e é o principal porto e centro administrativo de Angola. Tem uma população de aproximadamente 4,5 milhões de habitantes (Fonte: ONU - 2004), o que a torna na terceira maior cidade lusófona do mundo, atrás de São Paulo e do Rio de Janeiro.
A cidade está dividida em duas partes: a "baixa" (parte antiga) e a "cidade alta"(parte nova). A "baixa" fica perto do porto, tendo ruas estreitas e edifícios da época colonial.
As indústrias presentes na cidade incluem a transformação de produtos agrícolas, a produção de bebidas, os têxteis, o cimento e outros materiais de construção, os plásticos, a metalurgia, etc.
O petróleo, extraído nas imediações, é refinado na cidade, embora esta refinaria tenha sido várias vezes danificada durante a guerra civil que assolou o país entre 1975 e 2002. Luanda possui um excelente porto natural, sendo as principais exportações do país, o café, o algodão, o açúcar, os diamantes, o ferro e o sal.
Os habitantes de Luanda são na sua grande maioria provenientes de vários grupos étnicos africanos, incluindo mbundos, ovimbundos e bacongos. Existe uma pequena minoria de origem europeia, constituída principalmente por portugueses. A língua oficial e mais falada é o português, sendo também faladas várias línguas do grupo bantu, principalmente o kimbundo.
O topónimo Luanda provém do étimo lu-ndandu que evoluiu para Luanda. O prefixo lu, é comum nos nomes de zonas do litoral, de bacias de rios ou de regiões alagadas (exemplos: Luena, Lucala, Lobito) e, neste caso, refere-se à existência de uma restinga rodeada pelo mar. Ndandu significa valor ou objecto de comércio e alude à exploração dos pequenos búzios colhidos na ilha de Luanda e que constituíam a moeda corrente no antigo Reino do Kongo e em grande parte da costa ocidental africana.
A primitiva povoação foi fundada a 25 de Janeiro de 1575 pelo capitão Paulo Dias de Novais que, ao desembarcar na Ilha do Cabo, encontrou uma população nativa bastante numerosa, tendo aí estabelecido o primeiro núcleo de colonos portugueses: cerca de 700 pessoas, onde se encontravam, religiosos, mercadores e funcionários, bem como 350homens de armas.
Um ano depois, reconhecendo não ser aquele lugar adequado, avançou para terra firme e fundou a vila de São Paulo da Assunção de Loanda, tendo lançado a primeira pedra para a edificação da igreja dedicada a São Sebastião, no lugar onde é hoje o Museu das Forças Armadas. Trinta anos mais tarde com o aumento da população europeia e do número de edificações, a vila de São Paulo da Assunção de Luanda tomou foros de cidade, estendendo-se de São Miguel ao largo fronteiro ao antigo Hospital Maria Pia (actual Josina Machel).
Em 1618, no período da União Ibérica, foi construída a Fortaleza de São Pedro da Barra. A cidade tornou-se no centro administrativo de Angola a partir de 1627. Em 1634 foi construída a Fortaleza de São Miguel de Luanda. A cidade foi conquistada e esteve sob o domínio da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais de 1641 a 1648 quando foi recuperada para a Coroa Portuguesa por uma expedição proveniente da Capitania do Rio de Janeiro, no Brasil, por Salvador Correia de Sá e Benevides.
É ainda de referir que de 1550 a 1850, Luanda foi um importante centro do tráfego de escravos para o Brasil.
Em 1889, o governador Brito Capelo inaugurou um aqueduto que forneceu a cidade de água potável, anteriormente escassa, abrindo caminho para o grande crescimento de Luanda. Em 1872 Luanda recebeu a designação de "Paris da África".
A partir de 1928, Luanda passa a ser mais utilizada como colónia penal. Nos primeiros anos do salazarismo, a população europeia da cidade era composta por condenados de delito comum e outros, utilizando uniformes de sarja azul escura com a inscrição D.D.A. em branco no peito e nas costas (Depósitos de Degredados de Angola era como se chamava às prisões e fortalezas de São Miguel e da Barra, onde permaneciam depositados os deportados e presos políticos, em Luanda).
Actualmente, Luanda é a maior e a mais densamente povoada cidade de Angola. Inicialmente projectada para uma população a rondar os 500 mil habitantes, é hoje uma cidade sobre-habitada. Aproveite e conheça Luanda através da apresentação que hoje lhe proponho.
domingo, dezembro 19, 2010
Os Irmãos Marx
Os Marx foram um grupo de irmãos comediantes, que fizeram, teatro, cinema e televisão.
Nascidos em Nova Iorque, os irmãos Marx eram filhos de imigrantes judeus. Estes cinco rapazes mostraram talento musical desde a infância. Chico (Leonard Marx, 1887 - 1961), Harpo (Adolph Arthur Marx, 1888 - 1964), Groucho (Julius Henry Marx, 1890 - 1977), Gummo (Milton Marx, 1892 - 1977), e Zeppo, (Herbert Marx, 1901 - 1979). Tiveram outro irmão, Manfred, que morreu no ano do seu nascimento, 1886.
Harpo, podia tocar vários instrumentos, inclusive a harpa, que tocou com frequência em filmes. Aliás o apelido Harpo vem do virtuosismo com que tocava aquele instrumento. Chico foi um excelente e histriónico pianista enquanto Groucho tocava violão. Começaram no vaudeville e a estreia de Groucho como cantor, aconteceu em 1905. Em 1907 ele e Gummo já cantavam juntos com Mabel O'Donnell no trio The Three Nightingales. No ano seguinte Harpo tornou-se o quarto Nightingale (rouxinol em português).
Mais tarde, devido a um incidente durante um espectáculo, consideraram a possibilidade de investir no potencial cómico da trupe. Progressivamente, as actuações passaram do canto com comédia incidental aos sketches cuja acção decorria numa sala de aula, onde Groucho era o professor enquanto os outros irmãos eram os alunos. Gummo lutaria na Primeira Guerra Mundial sendo substituído por Zeppo, desde os últimos anos do vaudeville até à Broadway e depois nos filmes na Paramount.
Nesta época, os irmãos, The Four Marx Brothers, começaram a cimentar o seu peculiar tipo de comédia e a desenvolver os seus personagens. Groucho começou a usar o bigode pintado; Harpo, a usar buzinas de bicicleta e a nunca falar (Harpo não era mudo) e Chico, a falar com um falso sotaque italiano.
Nos anos 20 os Irmãos Marx tornaram-se um dos grupos teatrais de sucesso nos Estados Unidos. Com o seu aguçado e bizarro senso de humor, satirizaram instituições como a alta sociedade e a hipocrisia humana. Sob a gerência de Chico e a direção criativa de Groucho, o vaudeville dos irmãos tornou-os famosos também na Broadway.
Os espetáculos dos Irmãos Marx tornaram-se populares quando Hollywood fez a mudança do cinema mudo para o cinema falado. Os irmãos começaram uma nova fase na sua carreira: a dos filmes, na Paramount. Em Horse Feathers (1932), satirizaram o sistema universitário americano. O último filme na Paramount, Duck Soup (1933), dirigido por Leo McCarey, é considerado por muitos o melhor. É o único que consta na lista do American Film Institute como um dos filmes do século. Na época o público não foi receptivo à sátira aos ditadores e às guerras. Depois desse filme, Zeppo declarou que não faria mais filmes.
Os restantes três irmãos mudaram-se então para a Metro Goldwyn Mayer (MGM). Seguindo a sugestão do produtor Irving Thalberg, decidiram alterar a fórmula dos filmes subsequentes. Assim, a comédia misturar-se-ia com o romantismo e com números musicais não-cómicos. Apenas os cinco primeiros filmes são considerados geniais. O primeiro filme que os Irmãos fizeram com Thalberg, foi A Night at the Opera (1935), que fez muito sucesso, seguido por A Day at the Races (1937). Entretanto, durante um tiroteio em 1936, Thalberg morreria, e sem ele, não haveria ninguém que os protegesse e ajudasse na MGM.
Para enfrentar o problema das dívidas de jogo de Chico, os Irmãos Marx ainda fizeram mais alguns filmes, até 1959.
Chico e Harpo fizeram, às vezes juntos, algumas aparições teatrais e Groucho começou uma carreira de apresentador, (entre 1947 e os anos 60), no programa You Bet your Life. Também escreveu livros autobiográficos: Groucho and Me (1959) e Memoirs of a Mangy Lover (1964).
Como poucos de nós tivemos oportunidade de assistir aos filmes dos talentosos Irmãos Marx (Groucho, Harpo, Zeppo e Chico), veja aqui o dueto ao piano dos músicos e comediantes Chico e Harpo, extraido do filme "The big store", de 1941, há quase 70anos! Não perca.
Nascidos em Nova Iorque, os irmãos Marx eram filhos de imigrantes judeus. Estes cinco rapazes mostraram talento musical desde a infância. Chico (Leonard Marx, 1887 - 1961), Harpo (Adolph Arthur Marx, 1888 - 1964), Groucho (Julius Henry Marx, 1890 - 1977), Gummo (Milton Marx, 1892 - 1977), e Zeppo, (Herbert Marx, 1901 - 1979). Tiveram outro irmão, Manfred, que morreu no ano do seu nascimento, 1886.
Harpo, podia tocar vários instrumentos, inclusive a harpa, que tocou com frequência em filmes. Aliás o apelido Harpo vem do virtuosismo com que tocava aquele instrumento. Chico foi um excelente e histriónico pianista enquanto Groucho tocava violão. Começaram no vaudeville e a estreia de Groucho como cantor, aconteceu em 1905. Em 1907 ele e Gummo já cantavam juntos com Mabel O'Donnell no trio The Three Nightingales. No ano seguinte Harpo tornou-se o quarto Nightingale (rouxinol em português).
Mais tarde, devido a um incidente durante um espectáculo, consideraram a possibilidade de investir no potencial cómico da trupe. Progressivamente, as actuações passaram do canto com comédia incidental aos sketches cuja acção decorria numa sala de aula, onde Groucho era o professor enquanto os outros irmãos eram os alunos. Gummo lutaria na Primeira Guerra Mundial sendo substituído por Zeppo, desde os últimos anos do vaudeville até à Broadway e depois nos filmes na Paramount.
Nesta época, os irmãos, The Four Marx Brothers, começaram a cimentar o seu peculiar tipo de comédia e a desenvolver os seus personagens. Groucho começou a usar o bigode pintado; Harpo, a usar buzinas de bicicleta e a nunca falar (Harpo não era mudo) e Chico, a falar com um falso sotaque italiano.
Nos anos 20 os Irmãos Marx tornaram-se um dos grupos teatrais de sucesso nos Estados Unidos. Com o seu aguçado e bizarro senso de humor, satirizaram instituições como a alta sociedade e a hipocrisia humana. Sob a gerência de Chico e a direção criativa de Groucho, o vaudeville dos irmãos tornou-os famosos também na Broadway.
Os espetáculos dos Irmãos Marx tornaram-se populares quando Hollywood fez a mudança do cinema mudo para o cinema falado. Os irmãos começaram uma nova fase na sua carreira: a dos filmes, na Paramount. Em Horse Feathers (1932), satirizaram o sistema universitário americano. O último filme na Paramount, Duck Soup (1933), dirigido por Leo McCarey, é considerado por muitos o melhor. É o único que consta na lista do American Film Institute como um dos filmes do século. Na época o público não foi receptivo à sátira aos ditadores e às guerras. Depois desse filme, Zeppo declarou que não faria mais filmes.
Os restantes três irmãos mudaram-se então para a Metro Goldwyn Mayer (MGM). Seguindo a sugestão do produtor Irving Thalberg, decidiram alterar a fórmula dos filmes subsequentes. Assim, a comédia misturar-se-ia com o romantismo e com números musicais não-cómicos. Apenas os cinco primeiros filmes são considerados geniais. O primeiro filme que os Irmãos fizeram com Thalberg, foi A Night at the Opera (1935), que fez muito sucesso, seguido por A Day at the Races (1937). Entretanto, durante um tiroteio em 1936, Thalberg morreria, e sem ele, não haveria ninguém que os protegesse e ajudasse na MGM.
Para enfrentar o problema das dívidas de jogo de Chico, os Irmãos Marx ainda fizeram mais alguns filmes, até 1959.
Chico e Harpo fizeram, às vezes juntos, algumas aparições teatrais e Groucho começou uma carreira de apresentador, (entre 1947 e os anos 60), no programa You Bet your Life. Também escreveu livros autobiográficos: Groucho and Me (1959) e Memoirs of a Mangy Lover (1964).
Como poucos de nós tivemos oportunidade de assistir aos filmes dos talentosos Irmãos Marx (Groucho, Harpo, Zeppo e Chico), veja aqui o dueto ao piano dos músicos e comediantes Chico e Harpo, extraido do filme "The big store", de 1941, há quase 70anos! Não perca.
sábado, dezembro 18, 2010
O Beijo da Palavrinha
Aqui fica mais outra sugestão para o Natal: O Beijo da Palavrinha.
Este é um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 4º ano de escolaridade. Destina-se a uma leitura autónoma e/ou a uma leitura com o apoio do professor ou dos pais.
Quando Maria Poeirinha adoeceu, o Tio Jaime Litorânio disse que só o mar, que ela nunca vira, a poderia curar. A menina estava demasiado fraca para a viagem, mas o irmão Zeca Zonzo encontrou o modo de a levar a conhecer o mar.
O poder mágico das palavras é o tema deste segundo livro para crianças de Mia Couto, com magníficas ilustrações de Danuta Wojciechowska, em Portugal (Editorial Caminho).
O Beijo da Palavrinha, escrito por Mia Couto foi ilustrado em Moçambique por Malangatana Valente. Dois artistas moçambicanos comprometidos com a sua terra, com a pluralidade cultural do seu país e com o bem-estar entre os homens das diversas “raças” e crenças e a formação de uma sociedade plural e pacífica.
Este é um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 4º ano de escolaridade. Destina-se a uma leitura autónoma e/ou a uma leitura com o apoio do professor ou dos pais.
Quando Maria Poeirinha adoeceu, o Tio Jaime Litorânio disse que só o mar, que ela nunca vira, a poderia curar. A menina estava demasiado fraca para a viagem, mas o irmão Zeca Zonzo encontrou o modo de a levar a conhecer o mar.
O poder mágico das palavras é o tema deste segundo livro para crianças de Mia Couto, com magníficas ilustrações de Danuta Wojciechowska, em Portugal (Editorial Caminho).
O Beijo da Palavrinha, escrito por Mia Couto foi ilustrado em Moçambique por Malangatana Valente. Dois artistas moçambicanos comprometidos com a sua terra, com a pluralidade cultural do seu país e com o bem-estar entre os homens das diversas “raças” e crenças e a formação de uma sociedade plural e pacífica.
sexta-feira, dezembro 17, 2010
Um Deserto Misterioso
O deserto Badain Jaran, localiza-se no norte da China, na Região Autónoma da Mongólia Interior. Está limitado a Norte pelo deserto de Gobi; a leste pelo Monte Lang; a sudoeste pelo Corredor de He Xi e a oeste pelo rio Ruo Shui, ou Ejina. É o quarto maior deserto do mundo e o tereceiro maior da China, cobrindo uma área de, aproximadamente, 49 000 km2. É uma paisagem assombrosa e inesperada porque tem características únicas e fantásticas. Possui algumas das dunas fixas, mais altas do mundo. Algumas atingem os 450/500 m de altura e os 5 km de comprimento e, entre elas, existem lagos relativamente grandes.
O próprio nome deste Deserto, Badain Jaran, significa no dialecto local daquela região da Mongólia, Lago Misterioso.
Outra característica estranha é que estas dunas, são húmidas no interior, embora naquela região as chuvas só atinjam os 40 mm anuais, pelo que é impossível que sirvam para sustentar o nível da água destes lagos. Este mistério foi, contudo, desvendado há bem poucos anos. Como noticiou a revista Nature, cientistas chineses, australianos e britânicos descobriram, no deserto de Badain Jaran, sinais de humidade a cerca de 20 centímetros debaixo da areia.
Esta descoberta explica por que razão as dunas de Badain Jaran, resistem à erosão eólica. «Esta água age como um agente de coesão, dando -lhes uma enorme resistência contra a erosão e os deslizamentos de areia», indica o estudo.
Na perspectiva daqueles investigadores, a água retida debaixo das dunas não provém dos 72 lagos disseminados pela paisagem do Badain Jaran, mas da fusão das neves dos montes Qilian, situados 500 quilómetros a Sudoeste. Assim, a água escorre pelas falhas das montanhas e segue depois, através de camadas profundas das rochas, para finalmente chegar às dunas e aos lagos de Badain Jaran. Qualquer coisa como um gigantesco rio subterrâneo que não tem outra opção senão atravessar o deserto. Segundo os cálculos dos cientistas, 500 milhões de metros cúbicos de água poderão estar contidos debaixo do deserto.
Portanto, estas dunas, contêm gigantescas reservas de água subterrâneas, que poderão suprir a crónica falta de água existente no Norte da China.
Apesar de alguns destes lagos serem de formação recente, outros são muito antigos e possuem uma elevada salinidade.
As vistas são imponentes se considerarmos que algumas das dunas que rodeiam os lagos, podem alcançar os 500 metros de altura. Além disso, as dunas "cantam". Ao entardecer, os ventos fortes que se fazem sentir arrastam as areias dunas abaixo, produzindo um som semelhante ao que é emitido por um enorme sino ou ao produzido por um gigantesco tambor.
O Badain Jaran não é um "mar de morte", como se poderia imaginar. É, antes pelo contrário, um deserto com muita vida. Ali existe um mosteiro budista com os seus monges desde 1755 e pastores com camelos, que vivem no meio das suas gigantescas dunas.
Agora veja esta maravilha da natureza através da apresentação que escolhi para hoje.
O próprio nome deste Deserto, Badain Jaran, significa no dialecto local daquela região da Mongólia, Lago Misterioso.
Outra característica estranha é que estas dunas, são húmidas no interior, embora naquela região as chuvas só atinjam os 40 mm anuais, pelo que é impossível que sirvam para sustentar o nível da água destes lagos. Este mistério foi, contudo, desvendado há bem poucos anos. Como noticiou a revista Nature, cientistas chineses, australianos e britânicos descobriram, no deserto de Badain Jaran, sinais de humidade a cerca de 20 centímetros debaixo da areia.
Esta descoberta explica por que razão as dunas de Badain Jaran, resistem à erosão eólica. «Esta água age como um agente de coesão, dando -lhes uma enorme resistência contra a erosão e os deslizamentos de areia», indica o estudo.
Na perspectiva daqueles investigadores, a água retida debaixo das dunas não provém dos 72 lagos disseminados pela paisagem do Badain Jaran, mas da fusão das neves dos montes Qilian, situados 500 quilómetros a Sudoeste. Assim, a água escorre pelas falhas das montanhas e segue depois, através de camadas profundas das rochas, para finalmente chegar às dunas e aos lagos de Badain Jaran. Qualquer coisa como um gigantesco rio subterrâneo que não tem outra opção senão atravessar o deserto. Segundo os cálculos dos cientistas, 500 milhões de metros cúbicos de água poderão estar contidos debaixo do deserto.
Portanto, estas dunas, contêm gigantescas reservas de água subterrâneas, que poderão suprir a crónica falta de água existente no Norte da China.
Apesar de alguns destes lagos serem de formação recente, outros são muito antigos e possuem uma elevada salinidade.
As vistas são imponentes se considerarmos que algumas das dunas que rodeiam os lagos, podem alcançar os 500 metros de altura. Além disso, as dunas "cantam". Ao entardecer, os ventos fortes que se fazem sentir arrastam as areias dunas abaixo, produzindo um som semelhante ao que é emitido por um enorme sino ou ao produzido por um gigantesco tambor.
O Badain Jaran não é um "mar de morte", como se poderia imaginar. É, antes pelo contrário, um deserto com muita vida. Ali existe um mosteiro budista com os seus monges desde 1755 e pastores com camelos, que vivem no meio das suas gigantescas dunas.
Agora veja esta maravilha da natureza através da apresentação que escolhi para hoje.
quinta-feira, dezembro 16, 2010
História Trágica Com Final Feliz
Regina Pessoa (1969) é uma realizadora portuguesa de cinema de animação.
Viveu numa aldeia perto de Coimbra e a ausência de televisão em casa, fez com que dedicasse o seu tempo livre a ler, a ouvir os mais velhos contar histórias e a desenhar, nas paredes e portas de casa da avó, com carvão.
Foi para o Porto estudar artes e licenciou-se em Pintura na Faculdade de Belas Artes daquela cidade, em 1998. Ainda durante a licenciatura frequentou vários ateliers de animação e participou no Espace Projets (Annecy), em 1995, com A Noite (filme que seria concluído em 1999).
Em 1992, começa a trabalhar no Filmógrafo (Estúdio de Cinema de Animação do Porto), onde colaborou como animadora em vários filmes, a partir de Os Salteadores (1993), de Abi Feijó.
A sua mais recente curta metragem de animação é a História Trágica com Final Feliz (2005), que é o filme português mais premiado de sempre. Vale a pena ver este belo trabalho em que o jogo de claro-escuro está fantástico. Além disso, a história mostra-nos que temos de aprender a viver com os nossos defeitos para que verdadeiramente possamos ser livres.
Não perca!
Viveu numa aldeia perto de Coimbra e a ausência de televisão em casa, fez com que dedicasse o seu tempo livre a ler, a ouvir os mais velhos contar histórias e a desenhar, nas paredes e portas de casa da avó, com carvão.
Foi para o Porto estudar artes e licenciou-se em Pintura na Faculdade de Belas Artes daquela cidade, em 1998. Ainda durante a licenciatura frequentou vários ateliers de animação e participou no Espace Projets (Annecy), em 1995, com A Noite (filme que seria concluído em 1999).
Em 1992, começa a trabalhar no Filmógrafo (Estúdio de Cinema de Animação do Porto), onde colaborou como animadora em vários filmes, a partir de Os Salteadores (1993), de Abi Feijó.
A sua mais recente curta metragem de animação é a História Trágica com Final Feliz (2005), que é o filme português mais premiado de sempre. Vale a pena ver este belo trabalho em que o jogo de claro-escuro está fantástico. Além disso, a história mostra-nos que temos de aprender a viver com os nossos defeitos para que verdadeiramente possamos ser livres.
Não perca!
quarta-feira, dezembro 15, 2010
Um Guia Prático
O governo decidiu que, em Portugal, a aplicação do acordo ortográfico nas escolas, começará no próximo ano letivo e que a administração pública o terá a partir de janeiro de 2012.
Quer queiramos quer não, quer estejamos de acordo ou não, ele entrará em vigor. Assim, deixo-lhe, sob a forma de apresentação, um Guia Prático sobre o Acordo Ortográfico. Se mesmo assim continuar com dúvidas pode consultar, aqui, o Portal da Língua Portuguesa que tem disponível no seu site o download gratuito de um conversor do novo Acordo Ortográfico, o Lince.
Para que melhor possa reflectir sobre o assunto, aproveito, para lhe dar a conhecer a opinião do escritor Francisco José Viegas. Aproveite, também, para ver aqui e aqui outras opiniões.
"É uma corrida contra o tempo e o Brasil está à frente. Portugal esperou que Angola e Moçambique assinassem o protocolo, mas não percebeu que, mal o acordo entrasse em vigor no Brasil, nada havia a fazer e que daqui a uns anos haverá apenas uma versão de ‘português’ na internet.
Cada um escreverá literatura como quiser, e não haverá coimas, perseguições e castigos públicos; mas a existência de uma norma ortográfica não faz mal a ninguém. A língua é uma máquina flutuante e o Português não nos pertence por inteiro. Na verdade, não são as musas que choram; são as consoantes mudas, sobretudo".
Francisco José Viegas
Quer queiramos quer não, quer estejamos de acordo ou não, ele entrará em vigor. Assim, deixo-lhe, sob a forma de apresentação, um Guia Prático sobre o Acordo Ortográfico. Se mesmo assim continuar com dúvidas pode consultar, aqui, o Portal da Língua Portuguesa que tem disponível no seu site o download gratuito de um conversor do novo Acordo Ortográfico, o Lince.
Para que melhor possa reflectir sobre o assunto, aproveito, para lhe dar a conhecer a opinião do escritor Francisco José Viegas. Aproveite, também, para ver aqui e aqui outras opiniões.
"É uma corrida contra o tempo e o Brasil está à frente. Portugal esperou que Angola e Moçambique assinassem o protocolo, mas não percebeu que, mal o acordo entrasse em vigor no Brasil, nada havia a fazer e que daqui a uns anos haverá apenas uma versão de ‘português’ na internet.
Cada um escreverá literatura como quiser, e não haverá coimas, perseguições e castigos públicos; mas a existência de uma norma ortográfica não faz mal a ninguém. A língua é uma máquina flutuante e o Português não nos pertence por inteiro. Na verdade, não são as musas que choram; são as consoantes mudas, sobretudo".
Francisco José Viegas
terça-feira, dezembro 14, 2010
O Corsário Negro versus O Tigre da Malásia
Emilio Salgari (1862 - 1911) foi um escritor italiano, nascido em Verona. Desde muito cedo se interessou pelas viagens marítimas e decidiu ser capitão. Ingressou na Academia Naval de Veneza, alistou-se num barco mercantil e percorreu a costa Adriática. Regressou a Itália onde começou a ganhar o seu sustento com as obras que começaram por ser publicadas em jornais. Mais tarde, casou-se com Ida Peruzzi, de quem teve quatro filhos. Mesmo com o êxito dos livros, os problemas económicos não deixaram de o perseguir. Depois da morte da esposa, Emilio Salgari decidiu acabar com a vida, cometendo harakiri.
É pacífico, porém, que Salgari jamais sulcou outros mares que não os do seu país e os da sua imaginação e que nunca conheceu outros piratas senão os dos seus livros.
Os jornais estrangeiros, a literatura de viagens e as enciclopédias inspiraram os enredos aventurosos dos quatro principais ciclos da sua produção literária (Piratas da Malásia; Corsários das Antilhas; Corsários das Bermudas e Far-West). Os seus heróis são proscritos, fora-da-lei ou «bárbaros» perseguidos pela avidez de colonizadores «civilizados».
De entre as suas obras gostaria de destacar: O Corsário Negro; O Tigre da Malásia; Os Piratas da Malásia e As Maravilhas do Ano 2000.
As maravilhosas e fantásticas aventuras de Sandokan, o "Tigre da Malásia"; retratam o pirata mais carismático dos mares, fruto da imaginação prodigiosa deste escritor italiano (livro recomendado para o 6º ano de escolaridade, pelo Plano Nacional de Leitura, destinado a leitura autónoma e/ou a leitura orientada por pais e professores).
"O Corsário Negro” é, sem dúvida, uma das suas mais conhecidas obras. Escrito numa altura (1898) em que o cinema ainda não imaginava onde iria chegar, a acção de “O Corsário Negro” decorre a um ritmo que se poderia chamar de cinematográfico – começa logo na primeira linha: “Uma voz forte de vibração metálica retumbara nas trevas, lançando esta frase ameaçadora: "Homens da canoa! Alto ou meto-os a pique!”
A vingança dá o mote para o arranque desta aventura. O Corsário Negro (o fidalgo italiano Emilio de Roccanera) persegue Wan Guld, um duque flamengo governador Maracaíbo e responsável pela morte dos seus irmãos (Corsário Verde e Corsário Vermelho), que jurou matar, assim como a todos os seus parentes.
É pacífico, porém, que Salgari jamais sulcou outros mares que não os do seu país e os da sua imaginação e que nunca conheceu outros piratas senão os dos seus livros.
Os jornais estrangeiros, a literatura de viagens e as enciclopédias inspiraram os enredos aventurosos dos quatro principais ciclos da sua produção literária (Piratas da Malásia; Corsários das Antilhas; Corsários das Bermudas e Far-West). Os seus heróis são proscritos, fora-da-lei ou «bárbaros» perseguidos pela avidez de colonizadores «civilizados».
De entre as suas obras gostaria de destacar: O Corsário Negro; O Tigre da Malásia; Os Piratas da Malásia e As Maravilhas do Ano 2000.
As maravilhosas e fantásticas aventuras de Sandokan, o "Tigre da Malásia"; retratam o pirata mais carismático dos mares, fruto da imaginação prodigiosa deste escritor italiano (livro recomendado para o 6º ano de escolaridade, pelo Plano Nacional de Leitura, destinado a leitura autónoma e/ou a leitura orientada por pais e professores).
"O Corsário Negro” é, sem dúvida, uma das suas mais conhecidas obras. Escrito numa altura (1898) em que o cinema ainda não imaginava onde iria chegar, a acção de “O Corsário Negro” decorre a um ritmo que se poderia chamar de cinematográfico – começa logo na primeira linha: “Uma voz forte de vibração metálica retumbara nas trevas, lançando esta frase ameaçadora: "Homens da canoa! Alto ou meto-os a pique!”
A vingança dá o mote para o arranque desta aventura. O Corsário Negro (o fidalgo italiano Emilio de Roccanera) persegue Wan Guld, um duque flamengo governador Maracaíbo e responsável pela morte dos seus irmãos (Corsário Verde e Corsário Vermelho), que jurou matar, assim como a todos os seus parentes.
segunda-feira, dezembro 13, 2010
Sleepbox: novidade em Paris
Apesar da crise apetece-nos viajar e sonhar com viagens. Paris será sempre uma escolha auspiciosa.
Mas, como as possibilidades financeiras são cada vez menores, não sobejam muitas opções de alojamento.
Quer dizer… agora já há uma solução para que se possa usufruir de umas merecidas férias familiares, sem desembolsar muito no alojamento.
Vai haver muita gente a DEIXAR DE PAGAR HOTÉIS, quando viajar para PARIS...
Depois dos quartos de banho químicos, os franceses aparecem com esta boa novidade...
Chegou a Sleepbox ao Aeroporto Charles de Gaulle em Paris.
Como o nome indica, trata-se de uma caixa de 2m x 1,40m x 2,30m que lhe permite ter momentos de descanso e de sono tranquilo numa cidade, sem perder tempo à procura de hotel.
Idealizada para estações de caminhos-de-ferro, aeroportos, locais públicos, ou outros sítios onde haja muita gente exausta.
Qualquer pessoa pode passar a noite em segurança e de forma barata. Este espaço possui cama e está equipado com sistema de mudança automática de lençóis, ventilação, alerta sonoro, televisão LCD incorporada, WiFi, plataforma para um computador portátil e fones recarregáveis. Há, também, um espaço para as malas. O pagamento é feito em terminais, que dão ao cliente a chave (electrónica) que lhe permitirá usufruir da sleepbox desde uns escassos 15 minutos até várias horas.
Veja agora as instalações para que se possa decidir!
Mas, como as possibilidades financeiras são cada vez menores, não sobejam muitas opções de alojamento.
Quer dizer… agora já há uma solução para que se possa usufruir de umas merecidas férias familiares, sem desembolsar muito no alojamento.
Vai haver muita gente a DEIXAR DE PAGAR HOTÉIS, quando viajar para PARIS...
Depois dos quartos de banho químicos, os franceses aparecem com esta boa novidade...
Chegou a Sleepbox ao Aeroporto Charles de Gaulle em Paris.
Como o nome indica, trata-se de uma caixa de 2m x 1,40m x 2,30m que lhe permite ter momentos de descanso e de sono tranquilo numa cidade, sem perder tempo à procura de hotel.
Idealizada para estações de caminhos-de-ferro, aeroportos, locais públicos, ou outros sítios onde haja muita gente exausta.
Qualquer pessoa pode passar a noite em segurança e de forma barata. Este espaço possui cama e está equipado com sistema de mudança automática de lençóis, ventilação, alerta sonoro, televisão LCD incorporada, WiFi, plataforma para um computador portátil e fones recarregáveis. Há, também, um espaço para as malas. O pagamento é feito em terminais, que dão ao cliente a chave (electrónica) que lhe permitirá usufruir da sleepbox desde uns escassos 15 minutos até várias horas.
Veja agora as instalações para que se possa decidir!
Subscrever:
Mensagens (Atom)