sábado, fevereiro 10, 2024

A Feijoada de Orelheira

A Feijoada de Orelheira é muito apreciada na Beira Litoral por altura do Carnaval. 

Esta feijoada é um "petisco" que vale a pena experimentar. Deixo-lhe aqui uma receita "pescada" na net.

Ingredientes:
1 orelheira fumada
1 chouriço de carne
1 salpicão
700 g de feijão branco cozido
1 lata pequena de tomate pelado
2 cenouras
2 cebolas
3 dentes de alho
1 dl de azeite
1 colher (sobremesa) de colorau
1 colher (chá) de cominhos
1 folha de louro
Salsa picada q.b.
Sal e pimenta q.b.

Preparação:
 Ponha a orelheira a demolhar em água fria de um dia para o outro. No dia, limpe-a, lave-a e coza-a em água, juntamente com o chouriço e o salpicão. Descasque as cenouras, junte-as também ao tacho e deixe cozer mais 15 minutos. Vá retirando os ingredientes consoante forem ficando cozidos, deixe arrefecer as carnes, rejeite os ossos da orelheira e corte-a em pedaços pequenos. Reserve a água da cozedura. 
Descasque e pique as cebolas e os alhos, deite para um tacho, junte o azeite e a folha de louro, leve ao lume e deixe cozinhar até a cebola ficar douradinha. Adicione o tomate pelado picado com o molho e o colorau, mexa e deixe cozinhar, em lume brando, durante 10 minutos. Junte a orelheira, mexa, acrescente 5 dl da água de cozer as carne e as cenouras cortadas em rodela, mexa e deixe ferver. 
Adicione depois o feijão branco cozido, misture e deixe cozinhar até ficar bem apurado. Retifique o sal, tempere com um pouco de pimenta, polvilhe com os cominhos e sirva com o chouriço e o salpicão cortados em rodelas. Decore com salsa picada e acompanhe com arroz branco.  

sexta-feira, fevereiro 09, 2024

A Ilha de Skye

A Ilha de Skye é um dos destinos mais visitados da Escócia.

A Escócia tem centenas de ilhas majestosas, mas é a Ilha de Skye - a maior das Hébridas Interiores – que reúne as melhores características deste país. 

A ilha de Skye, ligada à costa noroeste da Escócia por uma ponte, é conhecida pelas paisagens acidentadas, as aldeias piscatórias pitorescas e os castelos medievais. Esta ilha tem uma costa recortada com penínsulas e lagos estreitos, que irradiam do interior montanhoso. São quilómetros de costa levemente onduladas, pântanos, lagos e, claro, muita área verde. 

O local é perfeito para relaxar, caminhar e esquecer os problemas, além de ser perfeito para se isolar totalmente.

Há locais como Quiraing, Old Man of Storr, Neist Point (entre outros) que serviram de palco para rodagem de filmes e séries (Ondas de Paixão, Guerra dos Tronos, etc.)

A cidade de Portree, uma base para explorar a ilha, tem pubs e boutiques junto ao porto.

A Escócia também conta com outra bela área, as Ilhas Hébridas Exteriores estão na lista dos lugares incríveis a serem descobertos pelos viajantes na Europa.

quinta-feira, fevereiro 08, 2024

Mário

"Mário" é um filme (do género documentário) de Billy Woodberry produzido por Divina Comédia.

A estreia mundial deste filme ocorreu no dia 26 de janeiro no International Film Festival Rotterdam - IFFR.

Sinopse:

Mário conta a história de Mário Pinto de Andrade (1928 - 1990) intelectual, ativista, diplomata e poeta pan-africano que lutou toda a sua vida pela construção das nações africanas com a forte convicção de que a independência face ao colonialismo era o início e não o fim da luta. De Paris, onde estabelece a sua casa intelectual, à Angola independente, Mário passa uma vida no exílio, trabalhando e lutando pela soberania africana. 

terça-feira, fevereiro 06, 2024

O Josei

No Japão, as revistas de histórias em quadradinhos (mangás) possuem vários estilos e géneros e classificadas de acordo com o público-alvo.

Os animes e mangás estão divididos em diversas categorias, entre elas está o Josei que é o equivalente ao Gekigá e ao Seinen.

O Josei é a definição dada aos mangás normalmente voltados para o público feminino adulto, entre 18 a 45 anos de idade.

São geralmente histórias da vida adulta com foco no quotidiano feminino, com temas relacionados com o dia a dia e mostrados de forma mais realista, enquanto os mangás shōjo apresentam romances idealizados. 

Outra característica dos Josei é a liberdade para se criar as histórias com romance e cenas sensuais no enredo, pois não existem restrições. Podem-se colocar cenas explícitas de sexo em histórias Josei sem que sejam consideradas pornográficas. Naturalmente, também existem revistas especializadas em determinados géneros, como ficção cientifica, desportos, humor e até alguns fetiches sexuais, com histórias voltadas para a o sadomasoquismo, por exemplo.

 Ainda não existe uma entrada significativa de Joseis e Seinens no ocidente, sendo que muito poucos foram lançados e a maioria dos títulos disponíveis são traduções feitas por fãs na internet como: Pet Shop of Horrors, Papa to Kiss in the Dark, Honey and Clover, Gokusen, Nodame Cantabile, Paradise Kiss e Michiko e Hatchin.

segunda-feira, fevereiro 05, 2024

Visto da margem sul do rio o porto não explode...

Visto da margem sul do rio o porto não explode
sob a tarde de verão, a água reflecte
renques de casario humilde a encastelar-se
irregular em ocres e granito, manchas, vãos, recatos.

é quando os jacarandás se fazem desse azul mais surdo
do anoitecer e concentram uma ameaça do tempo
contida nas cores tensas das fachadas, a entrecortar
os jardins do crepúsculo aprendidos de cor.

além umas arcadas, um cais, o traço grosso a carvão
dos encaixes da ponte armada em ferro, a muralha,
o deslizar da luz para poente, tudo
uma dramática placidez escurecendo a ribeira, um vidrado

de presenças esquecidas, palhetas de ouro fosco, sobre as barcaças
abandonadas, quase ao alcance da mão, da voz, da alma, é quando
a música há-de vir, lentamente elaborada na memória,
como um sopro da infância e do indizível do mundo.

são estes sons de nada, estes voos que perpassam,
estas estrias da sombra de ninguém
sobre o curso do rio, como nuvens para esta hora, a
encrespar-lhe de leve a superfície.

enquanto parte algum comboio atrasado,
um avião se esvai ao longe, os escritórios fecham,
quero um barco pequeno para a minha travessia,
para a minha chegada e para a minha partida,


para andar entre as margens ou seguir a corrente
até s. joão da foz ver as últimas gaivotas
ainda antes da noite, respirar um não sei quê que se desprende
da travessia, a atravessar-me,

halo vindo das camélias, perfume de penumbras
de mulher, ou para sempre e para nunca mais
um pó da lua na cantareira e na afurada
devagar a acender-se mais rente ao coração.
Vasco da Graça Moura - Poesias 1997/2000. Lisboa, Círculo de Leitores

domingo, fevereiro 04, 2024

Ala-Arriba!

Ala-Arriba! (1942) é um filme português (longa-metragem) de José Leitão de Barros. Este é a sua segunda obra no campo da antropologia visual e a terceira da sua trilogia sobre o mar. É a sua primeira docuficção, a segunda na história do cinema, sendo Moana (1926), de Robert Flaherty, a primeira (e também a primeira etnoficção, a segunda sendo Maria do Mar, também de Leitão de Barros).

Sinopse:

Entre a ficção e o documentário - acentuadamente ficcionado -, desenrola-se  uma singela história de amor - o romance de um pescador da Póvoa de Varzim, um sardinheiro, com uma jovem que ele ama. A história é marcada pelas diferenças sociais e pelo drama da falta de pescado. O filme ilustra os costumes locais e nele o mar é protagonista.