A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mário Quintana - Esconderijo do tempo
sábado, janeiro 28, 2012
sexta-feira, janeiro 27, 2012
O FB
É preciso estarmos atentos às novas tecnologias. Veja o que aconteceu ao estudante austríaco (Viena), Max Schrems. Este jovem, iniciou um processo contra o Facebook, a maior rede social do mundo criada por Mark Zuckerberg. Após muitas dificuldades, o estudante de direito conseguiu um CD com toda a informação recolhida durante os três anos em que fez parte desta rede. Quando impresso, o conteúdo do CD formava uma pilha de 1.200 páginas. Todo o material - histórico de chats, pedidos de amizade, posição religiosa, etc. - era classificado em 57 categorias que possibilitam facilmente o cruzamento de dados. Assim, é possível descobrir-se qualquer informação que se deseja acerca da pessoa, quer seja da vida pessoal, profissional, religiosa ou política. Além desse material, mesmo as mensagens, fotos e outros arquivos que ele havia apagado continuavam armazenados nos servidores do Facebook. Quando questionado sobre isto, o Facebook afirmou que apenas os "removia da página" e não os "apagava". Pode-se, então, concluir que, quando uma informação é publicada no Facebook, ela jamais é excluída. Schrems descobriu que o Facebook possui servidores na Irlanda, e entre agosto e setembro de 2011, abriu 22 queixas contra a rede social no Irish Data Protection Commissioner, um órgão deste país. Para acompanhar o caso, o estudante de direito criou o site "Europe versus Facebook".
Veja o vídeo que se segue, em que Schrems explica toda esta situação e, em que nos alerta para um dos perigos ou ameaças resultantes destas novas tecnologias.
Veja o vídeo que se segue, em que Schrems explica toda esta situação e, em que nos alerta para um dos perigos ou ameaças resultantes destas novas tecnologias.
quinta-feira, janeiro 26, 2012
A RUA DOS CATAVENTOS
Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
Mário Quintana
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
Mário Quintana
quarta-feira, janeiro 25, 2012
A Dália Negra
A Dália Negra foi o romance que, em 1987, consagrou James Ellroy como um novo grande nome da literatura «negra».
O livro ficciona um crime realmente ocorrido em Los Angeles, durante o pós-guerra, nos finais dos anos 40. A imprensa referiu-se-lhe como o caso da «Dália Negra», pelo facto de a vítima, Elizabeth Short, uma jovem aspirante a actriz, enfeitar os cabelos com uma dália dessa cor. O seu corpo apareceu num terreno vago, horrivelmente mutilado e com sinais de ter sido torturado. Contudo, o caso nunca viria a ser deslindado e tornar-se-ia uma verdadeira lenda urbana. James Ellroy ressuscita-o, no contexto de uma Hollywood minada pela violência e pela corrupção, sobre um fundo nostálgico de música jazz.
James Ellroy, em entrevistas dadas na altura do lançamento do livro, referiu-se ao assassínio da mãe, quando tinha apenas dez anos, esclarecendo que este facto o teria empurrado para a marginalidade. Superou o trauma ao contar não só a história da mãe, mas também a da Dália Negra, assassinada 11 anos antes em circunstâncias idênticas.
Há pouco tempo, o livro ganhou um filme de fôlego, com Josh Hartnet fazendo o papel do detetive que investigava o caso, e que traz Scarlet Johansson para um dos papéis chave.
James Ellroy, em entrevistas dadas na altura do lançamento do livro, referiu-se ao assassínio da mãe, quando tinha apenas dez anos, esclarecendo que este facto o teria empurrado para a marginalidade. Superou o trauma ao contar não só a história da mãe, mas também a da Dália Negra, assassinada 11 anos antes em circunstâncias idênticas.
Há pouco tempo, o livro ganhou um filme de fôlego, com Josh Hartnet fazendo o papel do detetive que investigava o caso, e que traz Scarlet Johansson para um dos papéis chave.
terça-feira, janeiro 24, 2012
Dança ma mi Crioula
Tito Paris é um músico, compositor e cantor caboverdiano (1963, Mindelo, Ilha de São Vicente). Está radicado em Lisboa e é um dos responsáveis pela divulgação da música das ilhas da Morabeza pelo mundo, além de ser uma figura de relevo da comunidade africana na capital de Portugal.
Começou cedo a tocar, em Cabo Verde, com os irmãos e com o primo Bau. Aí recebeu a influência de músicos como o clarinetista Luís Morais e do pianista Chico Serra.
Aos dezanove anos de idade, veio viver para Lisboa, a pedido de Bana, outro nome sonante da música de Cabo Verde, que queria tê-lo a tocar no seu agrupamento musical Voz de Cabo Verde. Tocou neste grupo durante quatro anos, após os quais começou a seguir uma carreira individual, tornando-se um dos músicos caboverdianos mais conhecidos de Lisboa, com solicitações constantes de conterrâneos seus e também de músicos portugueses, como Rui Veloso.
Lançou e produziu o seu primeiro álbum em 1987. Mais tarde, formou um grupo próprio, com o qual gravou o álbum "Dança Ma Mi criola". Em 1996, lançou o álbum "Graça de Tchega". Posteriormente lançou dois trabalhos ao vivo e, em 2002, um novo trabalho de estúdio denominado "Guilhermina". Os seus trabalhos encontram-se pelo mundo fora, desde Nova Iorque até Paris, divulgando a música de Cabo Verde e o seu talento como instrumentista e como cantor.
Ouça, agora, Tito Paris em "Dança ma mi Crioula".
Começou cedo a tocar, em Cabo Verde, com os irmãos e com o primo Bau. Aí recebeu a influência de músicos como o clarinetista Luís Morais e do pianista Chico Serra.
Aos dezanove anos de idade, veio viver para Lisboa, a pedido de Bana, outro nome sonante da música de Cabo Verde, que queria tê-lo a tocar no seu agrupamento musical Voz de Cabo Verde. Tocou neste grupo durante quatro anos, após os quais começou a seguir uma carreira individual, tornando-se um dos músicos caboverdianos mais conhecidos de Lisboa, com solicitações constantes de conterrâneos seus e também de músicos portugueses, como Rui Veloso.
Lançou e produziu o seu primeiro álbum em 1987. Mais tarde, formou um grupo próprio, com o qual gravou o álbum "Dança Ma Mi criola". Em 1996, lançou o álbum "Graça de Tchega". Posteriormente lançou dois trabalhos ao vivo e, em 2002, um novo trabalho de estúdio denominado "Guilhermina". Os seus trabalhos encontram-se pelo mundo fora, desde Nova Iorque até Paris, divulgando a música de Cabo Verde e o seu talento como instrumentista e como cantor.
Ouça, agora, Tito Paris em "Dança ma mi Crioula".
segunda-feira, janeiro 23, 2012
Meus olhos que por alguém
Meus olhos que por alguém
Meus olhos que por alguém
deram lágrimas sem fim
já não choram por ninguém
- basta que chorem por mim.
Arrependidos e olhando
a vida como ela é,
meus olhos vão conquistando
mais fadiga e menos fé.
Sempre cheios de amargura!
Mas se as coisas são assim,
chorar alguém - que loucura!
- Basta que eu chore por mim.
António Botto
Meus olhos que por alguém
deram lágrimas sem fim
já não choram por ninguém
- basta que chorem por mim.
Arrependidos e olhando
a vida como ela é,
meus olhos vão conquistando
mais fadiga e menos fé.
Sempre cheios de amargura!
Mas se as coisas são assim,
chorar alguém - que loucura!
- Basta que eu chore por mim.
António Botto
domingo, janeiro 22, 2012
A Dália Azul
Raymond Chandler (1888 -1959) foi um escritor e um dos autores de contos e romances policiais mais lidos de sempre. Teve uma influência decisiva sobre a literatura policial contemporânea, especialmente devido ao seu estilo de escrita e à sua atitude, aspectos que ainda hoje caracterizam o género. Foi um prosador inigualável, que privilegiou um certo tipo de reflexão sobre os comportamentos humanos a que o detective privado Philip Marlowe, a sua criação por excelência, viria a dar voz.
Chandler começou a sua carreira de escritor nos anos 30, como autor de "short stories". "The Big Sleep" (1939) foi o seu primeiro romance, onde aparece pela primeira vez Philip Marlowe, que figura na totalidade dos seus seis romances. Todos eles foram adaptados ao cinema e Humphrey Bogart foi o actor que, em 1946, deu rosto a esta singular personagem da ficção.
A DÁLIA AZUL
Uma bela mulher é encontrada morta em circunstâncias misteriosas. O marido, que tinha acabado de chegar da guerra no Pacífico, descobre que a mulher o traía. Torna-se, então, o principal suspeito do assassinato. Mas quem é realmente o assassino?
Raymond Chandler escreveu, originalmente, A Dália Azul como roteiro para o cinema. A Dália Azul transformou-se num clássico romance policial que mantém o suspense até ao último momento.
Chandler começou a sua carreira de escritor nos anos 30, como autor de "short stories". "The Big Sleep" (1939) foi o seu primeiro romance, onde aparece pela primeira vez Philip Marlowe, que figura na totalidade dos seus seis romances. Todos eles foram adaptados ao cinema e Humphrey Bogart foi o actor que, em 1946, deu rosto a esta singular personagem da ficção.
A DÁLIA AZUL
Uma bela mulher é encontrada morta em circunstâncias misteriosas. O marido, que tinha acabado de chegar da guerra no Pacífico, descobre que a mulher o traía. Torna-se, então, o principal suspeito do assassinato. Mas quem é realmente o assassino?
Raymond Chandler escreveu, originalmente, A Dália Azul como roteiro para o cinema. A Dália Azul transformou-se num clássico romance policial que mantém o suspense até ao último momento.
Subscrever:
Mensagens (Atom)