sábado, setembro 20, 2025

Nó De Remate ou Ligadura: Macramé

O nó de remate ou ligadura, é um nó básico do Macramé, geralmente utilizado nos suportes para plantas ou para peças que tenham um determinado peso, devido à resistência e segurança do próprio nó.

Este tipo de nó tem muitos nomes: de fechamento, de ligadura, fogaça, embrulho, de remate, de montagem, inicial, escondido ou nó invisível.

É considerado como o primeiro nó básico do Macramé e será com este nó que se inicia qualquer projeto neste tipo de arte decorativa. 

Para realizar o nó de ligadura tem de se ter sempre uma base, que poderá ser uma argola de madeira, um tronco de madeira tratado, um varão, um cabide de roupa ou mesmo um pau de canela. 

Em primeiro lugar, as pontas do fio têm que estar de igual tamanho, formando na outra extremidade do fio, o laço. 

Se quiser aprender mais este nó do Macramé não deixe de assistir ao vídeo abaixo.

sexta-feira, setembro 19, 2025

Ilha da Madeira, Levadas

Paula de Moura Pinheiro (1964) é uma jornalista, apresentadora de televisão, radialista e realizadora portuguesa.

O Visita Guiada é um programa de televisão e de rádio sobre peças da história da arte e da cultura portuguesas, cuja autoria e apresentação é desta jornalista.

Proponho-lhe que assista hoje ao programa sobre as Levadas da Ilha da Madeira, Visita Guiada - 11ª temporada - 9º episódio, RTP2, 10 de Maio de 2021

quinta-feira, setembro 18, 2025

Yma Sumac: O Rouxinol dos Andes

Yma Sumac (1922 - 2008), nome artístico de uma cantora lírica peruana com voz de soprano com a tripla coloratura. A cantora conseguiu desenvolver a "dupla voz" ou "tripla coloratura", que se assemelha ao autêntico canto dos pássaros. Teve sucesso internacional devido ao seu enorme alcance vocal que abrangia notas de baixo-barítono a soprano ultra leggero, chegando no seu auge, a 5 oitavas de acordo com o Guiness, numa época onde o alcance de um cantor de ópera variava entre 2,5 e 3 oitavas. 

Nos anos 1950 era uma das artistas mais famosas da música exótica. O nome de Yma Sumac vem de uma conhecida frase do quéchua, idioma de um grande grupo indígena do Peru, que significava algo entre "linda flor" e "linda garota". 

Ela afirmava ser nada mais nada menos que uma ñusta (princesa da realeza inca) descendente de Atahualpa o último imperador Inca. É a única peruana a ter o seu nome inscrito na Calçada da Fama de Hollywood e a primeira cantora latino-americana a aparecer num musical da Broadway, em 1950. Yma Sumac vendeu mais de 40 milhões de discos, tornando-se a cantora peruana mais vendida da história.

Morreu em 2008 com as cordas vocais intactas, trabalhando com a voz durante 55 anos. Os seus cabelos negros e roupas extravagantes fizeram dela uma figura popular entre as plateias dos Estados Unidos, onde viveu boa parte de sua vida.

Aprecie a voz fantástica desta cantora peruana clicando aqui ou visualizando o vídeo abaixo onde ela interpreta a canção Chuncho.

Embora "Chuncho" tenha sido gravado em 1953, fez parte, em 1958, do filme mexicano "Música de siempre" ou Música Inolvidável, que contou no elenco com estrelas internacionais como: Edith Piaf, Amália Rodrigues, Libertad Lamarque, Yma Súmac, entre outros. 

"Chuncho", que em quéchua significa "pena" ou "plumagem", transmite de forma sonora, através das cordas vocais da princesa inca, a experiência e a vivência, até mesmo paranormal, da natureza amazónica e andina do Peru, desde os rugidos de uma onça, passando pelos trinados dos pássaros, o som do vento contra as plantas, até à presença de espíritos.

"Chuncho", foi lançada no seu terceiro álbum de estúdio, "Inca Taqui" (Canção Inca), em 1953. A cantora peruana considerava esta canção a mais "completa" da sua discografia. 

Yma Sumac ficou conhecida como a "Mãe do Género Experimental".  A sua primeira versão, intitulada "Pássaros", foi lançada em 1951 e fez parte da banda sonora da peça "Flahooley", composta por Sammy Fain e arranjada por Moisés Vivanco. Este trabalho transformou-a na primeira cantora latino-americana a  apresentar-se na Broadway. A sua estreia em disco como Yma Sumac fez-se em 1950 com um LP. 

Ouça então Yma Súmac em Chuncho (1958) . 
Não perca. Vale mesmo a pena.

quarta-feira, setembro 17, 2025

O Cassoulet

 O Cassoulet é uma especialidade gastronómica de origem francesa. 

É um guisado tradicional da região do Languedoc-Roussillon (sul de França), em especial das cidades de Carcassonne, Castelnaudary e Toulouse

Cassoulet é uma espécie de "feijoada à francesa", porque é feito com feijão branco, diversas carnes (como linguiça, carne de porco, e confit de pato ou ganso). Esta espécie de feijoada é cozida lentamente numa caçarola de barro (cassole). É um prato rústico e reconfortante, com diferentes versões dependendo da cidade onde é confeccionado. Três cidades, Castelnaudary, Carcassonne e Toulouse, disputam a origem e o título de melhor variedade do prato. Porém, o cozinheiro languedociano Prosper Montagné diz que "o cassoulet é o Deus da cozinha occitana: em Castelnaudary é o "Deus-pai", o "Deus-filho" é o de Carcassonne, e o "Espírito Santo" é o de Toulouse.

A origem do Cassoulet está relacionada com a lenda mais aceite que refere que o prato terá surgido durante a Guerra dos Cem Anos, no final do século XIV, quando a cidade de Castelnaudary, sitiada pelos ingleses, precisava de uma refeição nutritiva com os poucos mantimentos que restavam, e que eram basicamente feijão branco e carnes diversas. Reza a lenda que a comida foi tão revitalizante que deu força aos soldados para repelir os invasores, garantindo a segurança da cidade.

Assim, os ingredientes principais são:

O Feijão Branco que é a base do prato;
As Carnes - geralmente inclui linguiças (como a de Toulouse), carne de porco (costela, lombo) e, em versões mais ricas, confit de pato (confit de canard), confit de ganso (confit d'oie), ou carne de cordeiro e perdiz; 
Os Temperos - como a cebola, o alho, o louro, e outros temperos que são usados, de preferência no cozimento lento deste prato. 
Este prato de conforto, ideal para os meses frios, é uma festa para os sentidos, com todos os ingredientes cozidos lentamente juntamente com o feijão branco.

terça-feira, setembro 16, 2025

Quiva: Uma Cidade Museu

Quiva ou Carizim (ou Khiva e Khrarizim), é uma cidade do Uzbequistão. Quiva situa-se algumas dezenas de quilómetros a sul e sudoeste do rio Amu Dária, a sudoeste do deserto de Kyzyl Kum e a norte do deserto de Karakum, cujo limite é na parte sul da cidade. Fica situada num oásis junto à fronteira com o Turquemenistão e faz parte da província da Corásmia (ou Xorazm). No passado chamou-se Khwarezm, Khorezm ou Corásmia, como a região histórica de que foi a capital em várias ocasiões, tal como é mencionada pelo geógrafo grego do século V a.C. Heródoto.  Entre o século XVI e o início do século XX foi a capital do Canato de Quiva.

Esta "Cidade-Museu" do Uzbequistão é uma cidade muito antiga com muralhas na parte da cidade-velha. Diz-se que os alicerces destas fortificações de tijolo de barro remontam ao século X, tendo as muralhas com ameias, que se elevam a cerca de 10 metros, sido construídas em finais de 1600. 

Dentro das muralhas desta parte de Quiva, conhecida como Itchan Kala, existem mais de 50 monumentos históricos e centenas de casas antigas bem preservadas. Em 1990, Itchan Kala tornou-se Património Mundial da UNESCO e, em 1997, toda a cidade de Quiva celebrou os 2500 anos da sua fundação.

Graças aos seus monumentos, a cidade é um dos destinos turísticos mais visitados do país.

segunda-feira, setembro 15, 2025

Nuvens correndo num rio

Natália Correia, Autorretrato 
 Nuvens correndo num rio
Quem sabe onde vão parar?
Fantasma do meu navio
Não corras, vai devagar!

Vais por caminhos de bruma
Que são caminhos de olvido.
Não queiras, ó meu navio,
Ser um navio perdido.

Sonhos içados ao vento
Querem estrelas varejar!
Velas do meu pensamento
Aonde me quereis levar?

Não corras, ó meu navio
Navega mais devagar,
Que nuvens correndo em rio,
Quem sabe onde vão parar?

Que este destino em que venho
É uma troça tão triste;
Um navio que não tenho
Num rio que não existe.
Natália Correia (13 de Setembro de 1923 - 16 de Março de 1993), "Antologia Poética"

domingo, setembro 14, 2025

Amor, Meu Grande Amor

Ouça a cantora brasileira, recentemente falecida, Angela Ro Ro com Frejat em "Amor Meu Grande Amor (Vídeo Oficial). 
Amor, meu grande amor
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções
Como as paixões
E as palavras

Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me venha sem saber
Se sou fogo
Ou se sou água

Amor, meu grande amor
Me chegue assim
Bem de repente
Sem nome ou sobrenome
Sem sentir
O que não sente

Que tudo o que ofereço
É meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo

Amor, meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira

Enquanto me tiver
Que eu seja
O último e o primeiro
E quando eu te encontrar
Meu grande amor
Me reconheça

Que tudo que ofereço
É meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo

Amor, meu grande amor
Que eu seja
O último e o primeiro
E quando eu te encontrar
Meu grande amor
Por favor, me reconheça

Pois tudo que ofereço
É meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo

Que tudo que ofereço
É meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo
Composição: Ana Terra/Angela Ro Ro.