Os Madeiros de Natal ou Fogueiras do Galo são grandes fogueiras, acesas voluntariamente na véspera de Natal. Normalmente são acesas por volta da meia-noite, depois da Missa do Galo, e devem arder toda a noite.
Esta tradição muito antiga pode ser vista nas cidades do norte e centro de Portugal, especialmente nas cidades do interior.
Um dos mais importantes Madeiros de Natal (ou Fogueira do Menino Jesus) é o de Penamacor (distrito de Castelo Branco). Desta forma, esta localidade Beirã, tem ganho contornos turísticos, reeditando o cartaz "Penamacor Vila Madeiro".
Os fogos gigantes são uma forma de celebrar e acolher o sol, em linha com as velhas celebrações pagãs em honra do Solstício de Inverno.
Oiça Rod Stewart em Let It Snow! Let It Snow! Let It Snow!
Oh, the weather outside is frightful
But the fire is so delightful
And since we've no place to go
Let it snow, let it snow, let it snow
Man, it doesn't show signs of stopping
And I've brought me some corn for popping
The lights are turned way down low
Let it snow, let it snow
When we finally kiss goodnight
How I'll hate going out in the storm
But if you really hold me tight
All the way home I'll be warm
And the fire is slowly dying
And, my dear, we're still goodbying
But as long as you love me so
Let it snow, let it snow, and snow
When we finally kiss goodnight
How I'll hate going out in the storm
But if you really grab me tight
All the way home I'll be warm
Oiça The Christmas Song (Nat King Cole) numa versão das Blackpinke na voz de Rosé.
Chestnuts roasting on an open fire
Jack Frost nipping at your nose
Yuletide carols being sung by a choir
And folks dressed up like Eskimos
Everybody knows a turkey and some mistletoe
Help to make the season bright
Tiny tots, with their eyes all aglow
Will find it hard to sleep tonight
They know that Santa's on his way
He's loaded lots of toys and goodies on his sleigh
And every mother's child is gonna spy
To see if reindeer really know how to fly
And so I'm offering this simple phrase
To kids from one to ninety-two
Although it's been said many times, many ways
Merry Christmas to you
And so I'm offering this simple phrase
To kids from one to ninety-two
Although it's been said many times, many ways
Merry Christmas to you
Por que andas tu mal comigo
Ó minha doce trigueira?
Quem me dera ser o trigo
Que, andando, pisas na eira!
Quando entre as mais raparigas
Vais cantando entre as searas,
Eu choro ao ouvir-te as cantigas
Que cantas nas noites claras!
Os que andam na descamisa
Gabam a viola tua,
Que, às vezes, ouço na brisa
Pelos serenos da lua.
E falam com tristes vozes
Do teu amor singular
Àquela casa onde cozes,
Com varanda para o mar.
Por isso nada me medra,
Ando curvado e sombrio!
Quem me dera ser a pedra
Em que tu lavas no rio!
E andar contigo, ó meu pomo
Exposto às chuvas e aos sois!
E uma noite morrer como
Se morrem os rouxinóis!
Morrer chorando, num choro Que mais as magoas consola,
Levando só o tesouro
Da nossa triste viola!
Por que andas tu mal comigo?
Ó minha doce trigueira?
Quem me dera ser o trigo
Que, andando, pisas na eira! Gomes Leal - Claridades do Sul, Lisboa, 1875.
Oiça agora o grupo português Madredeus (voz de Teresa Salgueiro) em a Cantiga do Campo, a música é de Pedro Ayres Magalhães e Rodrigo Leão para este poema de Gomes Leal.
O Bumba meu boi ou boi-bumbá é uma dança do folclore popular brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno de uma lenda sobre a morte e ressurreição de um boi.
Em diversas cidades do Brasil, especialmente no Norte e no Nordeste mas também em algumas do Sudeste, existem agremiações chamadas de "bois" que realizam cortejos ou outros tipos de apresentações utilizando a figura do animal.
A festa tem ligações a diversas tradições, africanas, indígenas e europeias, inclusive com festas religiosas católicas, sendo associada fortemente ao período das festas de S. João.
Embora registado pela primeira vez em Pernambuco, é mais popular no Maranhão. O bumba meu boi maranhense recebeu o título de Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Ao espalhar-se pelo Brasil, a manifestação adquiriu nomes, ritmos, formas de apresentação, indumentárias, personagens, instrumentos, adereços e temas diferentes. Em Pernambuco é chamado boi-calemba ou bumbá; no Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí é chamado bumba meu boi; no Ceará, é boi de reis, boi-surubim e boi-zumbi; na Bahia é boi-janeiro, boi-estrela-do-mar e mulinha-de-ouro; em Minas Gerais e no Rio de Janeiro é bumba ou folguedo-do-boi; no Espírito Santo é boi de reis; em São Paulo é boi de jacá e dança-do-boi; no Pará, Rondónia e Amazonas é boi-bumbá; no Paraná e em Santa Catarina é boi-de-mourão ou boi-de-mamão; e no Rio Grande do Sul é bumba, boizinho ou boi-mamão.
Proponho-lhe agora que assista aos vídeos abaixo, para que conheça melhor a história do Bumba Meu Boi.
AMorna é um género musical e de dança de Cabo Verde que foi proclamado Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO em dezembro de 2019. Seguindo os entendidos terá nascino na Ilha da Boavista no século XIX.
Tradicionalmente tocada com instrumentos acústicos, a morna reflecte a realidade insular do povo de Cabo Verde, o romantismo intoxicante dos seus trovadores e o amor à terra (ter de partir e querer ficar).
É verdadeiramente o símbolo nacional do país, do mesmo modo que o tango é para a Argentina, a rumba para Cuba, o samba para o Brasil, etc. A morna é o único género musical que consegue ser largamente transversal a todos os grupos etários, cronologicamente, geograficamente, etc., daquele país.
Nesta canção apela-se ao sentimento, versando temas vinculados ao amor, à saudade, ao sofrimento, ao desprezo. Geralmente pode-se escutar a morna em ambientes informais onde decorrem as famosas tocatinas, contudo, é nas famosas "noites caboverdianas" que se pode escutar este género musical. A morna sempre teve os seus embaixadores (Bana, Dany Silva, Tito Paris, Paulinho Vieira, etc) , mas, nos últimos anos, a morna foi conhecida internacionalmente por vários artistas, nomeadamente em França e nos Estados Unidos, sendo a mais famosa a cantoraCesária Évora. O timbre da voz desta diva conquistou e alargou o público da morna, de Cabo Verde até ao Olympia, passando pelo Carnegie Hall, pelo Hollywood Bowl e pelo Canecão.
Oiça agora Cesaria Évora em Lua nha testemunha e Partida.
Nesta época de consumismo proponho-lhe que assista ao trailer do filme Made In Bangladesh, que estreou recentemente em Portugal. Made In Bangladesh (2019) é uma coprodução de França, Bangladesh, Dinamarca & Portugal). Este um filme do género drama, é realizado por Rubaiyat Hossain e conta no elenco com os seguintes actores: Rikita Nandini Shimu, Novera Rahman, Deepanwita Martin.
Espero ter-lhe despertado o interesse e desejo que vá ao cinema ver o filme.
Sinopse:
Shimu, 23 anos, trabalha numa fábrica de têxteis em Daca, Bangladesh.
Face a condições de trabalho cada vez mais duras, decide criar um sindicato com as suas colegas. Apesar das ameaças dos patrões e a desaprovação do marido, nada demove Shimu. Ela e as suas companheiras terão de lutar juntas até ao fim.