sábado, abril 14, 2012

Cem anos depois...

Cem anos depois, realizam-se exposições no Reino Unido e nos Estados Unidos que assinalam o centenário do naufrágio do Titanic, recordado como uma das maiores tragédias marítimas do século XX.
O Titanic partiu de Southampton (no sul de Inglaterra), a 10 de abril de 1912, e afundou-se, na viagem inaugural, nas águas do Atlântico Norte, na noite de 14 para 15 de Abril de 1912. Este naufrágio causou a morte de mais de 1500 pessoas. Southampton, um dos principais portos de passageiros de Inglaterra, perdeu cerca de 500 habitantes no naufrágio. Inicialmente, muitas pessoas não acreditaram na dimensão do acidente, mas pouco tempo depois a cidade estava em estado de choque, exibindo bandeiras a meia haste e a preparar serviços religiosos que atraíram dezenas de milhares de pessoas. A exposição do Seacity Museum de Southampton retrata, numa viagem virtual, a vida dos habitantes de Southampton que trabalhavam no Titanic, bem como explora o impacto da tragédia na vida das suas famílias.
Em New Tredegar (País de Gales, Reino Unido) uma outra exposição assinala o centenário do naufrágio, recorrendo às memórias escritas de um habitante local, Arthur Moore, que ouviu, na altura, os pedidos de socorro do navio através do seu transmissor de rádio. " Estamos a afundar” era o conteúdo da mensagem, que Arthur Moore, que morreu em 1949, transmitiu na altura à polícia local, que não acreditou na informação. Ainda no Reino Unido, em Belfast, cidade onde o Titanic foi construído, foi recentemente inaugurado um projecto que inclui uma recriação multimédia do naufrágio e até uma réplica do salão do navio.
Nos E.U.A, o National Geographic Museum, em Washington, preparou a exposição “Titanic: 100 Year Obsession”. A exposição incide no trabalho desenvolvido por Robert Ballard, um dos líderes da expedição que descobriu os destroços do navio em 1985, e por James Cameron, o realizador que transpôs para o grande ecrã a história do naufrágio com o filme “Titanic”. É preciso recordar que Cameron organizou 33 expedições até ao local dos destroços. Esta exposição, mostra, entre outros elementos, uma réplica detalhada do navio e modelos da casa das máquinas e da sala de transmissões. Também estão expostos adereços e figurinos do filme de Cameron.

Já em Atlanta, Geórgia, a história do Titanic é contada através de William Murdoch, um oficial do navio. A exposição mostra alguns objetos pessoais do oficial, como uma escova de sapatos, uma navalha e um cachimbo. William Murdoch ganhou alguma notoriedade quando foi retratado de forma controversa no filme de Cameron. No filme “Titanic”, a personagem de Murdoch recebe subornos, mata duas pessoas para tentar entrar nos botes de salva-vidas e suicida-se. Relatos históricos referem, no entanto, que o oficial reuniu todos os esforços possíveis para tentar salvar passageiros.

sexta-feira, abril 13, 2012

Morri pela Beleza

Morri pela Beleza - mas mal me tinha
Acomodado à Campa
Quando Alguém que morreu pela Verdade,
Da Casa do lado -

Perguntou baixinho "Por que morreste?"
"Pela Beleza", respondi -
"E eu - pela Verdade - Ambas são iguais -
E nós também, somos Irmãos", disse Ele -

E assim, como parentes próximos, uma Noite -
Falámos de uma Casa para outra -
Até que o Musgo nos chegou aos lábios -
E cobriu - os nossos nomes -
Emily Dickinson, in "Poemas e Cartas" - Tradução de Nuno Júdice (citador.pt)

quinta-feira, abril 12, 2012

"Millorianas"

Millôr Fernandes, (1923 — 2012), foi um escritor, desenhador, humorista, dramaturgo, tradutor e jornalista brasileiro.
Para a sua reflexão, aqui ficam três frases (e não só) deste escritor e humorista, recentemente falecido no Brasil.
"
Com muita sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e todos, um homem consegue, depois de mais ou menos quarenta anos de vida, aprender a ficar calado".

"
Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito".

"
Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo".
Millôr Fernandes

quarta-feira, abril 11, 2012

Índia Versus Paquistão

A fronteira entre a Índia e o Paquistão é a linha que limita os territórios destes países, e foi estabelecida aquando da independência destes dois estados. As relações entre os dois estados são muito tensas e a passagem na fronteira de pessoas e bens é estritamente limitada. A principal fonte desta discórdia relaciona-se com a questão de Caxemira. Nesta região, não há consenso sobre o traçado da linha de fronteira, e portanto, o mesmo está por definir. A Índia reclama soberania sobre as províncias de Caxemira Livre e Áreas do Norte, atualmente sob controle paquistanês. O Paquistão considera-se soberano na zona do glaciar de Siachen, controlado pela Índia desde o conflito de Siachen em 1984. A região não tem nenhuma fronteira no sentido internacional, mas apenas uma linha de cessar-fogo, a "Line of Control", limite das posições militares aquando do fim da Primeira Guerra Indo-paquistanesa em 1949. Esta linha de controle está materializada na quase totalidade do seu traçado por uma fileira dupla de arame farpado rodeado por campos minados. As escaramuças entre os dois exércitos são regulares.
O resto da fronteira, denominada "International Border", está fortemente demarcado. Só existe um ponto de passagem terrestre entre os dois países, em Wagah, no caminho entre Amritsar, na Índia, e Lahore, no Paquistão. Neste ponto exibem-se todos os dias os guardas fronteiriços dos dois países num ritual que atrai multidões e no qual procedem a movimentações coordenadas antes do fecho dos portões.
Se quiser aprofundar o assunto, aqui fica uma perspectiva do conflito indo-paquistanês, através do "power point" elaborado pela aluna do 12º B, Ana Filipa, e do vídeo que escolheu também, para a apresentação oral deste trabalho.

E agora, veja o vídeo escolhido pela Ana.
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terça-feira, abril 10, 2012

Contrastes Demográficos




Os contrastes entre a evolução da população no distrito de Santarém e no distrito de Viseu, foi o trabalho apresentado pela Daniela e pelo Henrique do 10ª B.
Ora veja!

segunda-feira, abril 09, 2012

Só a arte é útil



"Só a arte é útil. Crenças, exércitos, impérios, atitudes - tudo isso passa. Só a arte fica, por isso só a arte se vê, porque dura".

Fernando Pessoa, em "Ideias Estéticas - Da Arte"

domingo, abril 08, 2012

Ilumina-se a Igreja por Dentro da Chuva

Ilumina-se a igreja por dentro da chuva deste dia,
E cada vela que se acende é mais chuva a bater na vidraça...

Alegra-me ouvir a chuva porque ela é o templo estar aceso,
E as vidraças da igreja vistas de fora são o som da chuva ouvido por dentro ...

O esplendor do altar-mor é o eu não poder quase ver os montes
Através da chuva que é ouro tão solene na toalha do altar...

Soa o canto do coro, latino e vento a sacudir-me a vidraça
E sente-se chiar a água no facto de haver coro...

A missa é um automóvel que passa
Através dos fiéis que se ajoelham em hoje ser um dia triste...
Súbito vento sacode em esplendor maior
A festa da catedral e o ruído da chuva absorve tudo
Até só se ouvir a voz do padre água perder-se ao longe
Com o som de rodas de automóvel...

E apagam-se as luzes da igreja
Na chuva que cessa ...
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"