Se não sabe o que são Palavras Parónimas, aqui fica a explicação de Lúcia Vaz Pedro, que foi publicada no "Jornal de Notícias" a 27/04/2014.
Lúcia Vaz Pedro (1968) é uma escritora e professora portuguesa, licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Português/Francês) pela Universidade do Porto. Para além da docência é formadora de professores na área da Língua Portuguesa. É autora de vários livros didácticos da Língua Portuguesa, tendo publicado também romances de ficção e literatura infanto-juvenil.
Mas, vamo lá à tal explicação sobre as "Palavras Parónimas":
"As palavras parónimas têm significantes e significados diferentes, mas aproximam-se fónica e graficamente, dando lugar a algumas confusões.
São várias as palavras parónimas. Assim, por exemplo, as palavras "ilegível" e "elegível" são distintas, sendo que a primeira significa "indecifrável, que não se consegue ler", e a segunda que "pode ser eleito, eletivo": "a tua caligrafia é ilegível"; "aquele candidato é elegível com a maioria absoluta".
O adjetivo "emergente" significa "que surge, que se manifesta", enquanto "imergente" significa "que mergulha, que afunda": "o Brasil é um país com uma economia emergente"; "aquele barco imergente estava abandonado".
As palavras "emigrante" e "imigrante" também se confundem.
O "emigrante" é aquele que saí da sua terra natal e o "imigrante" é aquele que é recebido no país para o qual emigrou. Por isso dizemos: "os emigrantes portugueses procuram melhores condições de vida fora de Portugal", "o nosso país recebeu muitos imigrantes dos países do Leste".
"Eminência" provém do latim "eminentia" e significa "qualidade do que é eminente, elevação, superioridade moral, título que se dá aos cardeais". Serve de exemplo a seguinte frase: "sua eminência, o cardeal de Lisboa, esteve presente na cerimónia". No entanto, "iminência" provém do latim "imminentia" e significa "qualidade do que iminente, do que está prestes a acontecer": "na iminência de uma derrocada, os moradores do prédio foram evacuados".
As palavras "perfeito" e "prefeito" são, igualmente, parónimas. Assim, "perfeito", com o prefixo "per-", significa "completo, acabado, bem feito" - "o retrato está perfeito". A palavra com o prefixo "pre-" ("prefeito") é um nome que designa um cargo administrativo ou educacional - "o prefeito nomeou um secretário".
Lúcia Vaz Pedro
sábado, maio 03, 2014
sexta-feira, maio 02, 2014
Namoro
Veja, no cartão ao lado, como se pedia namoro antigamente!!!
Isto já faz parte da História, porque os jovens de hoje namoram online e sabe-se lá como irão namorar os nossos netos e bisnetos!!!
Para complementar esta informação, veja o cantor português Sérgio Godinho, interpretando a canção "Namoro" (a música é de Fausto e a letra de Viriato Cruz)
A dada altura refere: "Mandei-lhe um cartão/que o amigo maninho tipografou/'por ti sofre o meu coração'/num canto 'sim'/noutro canto 'não'/e ela o canto do 'não'/dobrou".
Confira agora a letra completa desta canção, escrita pelo poeta e político angolano, Viriato da Cruz.
Mandei-lhe uma carta
em papel perfumado
e com letra bonita
dizia ela tinha
um sorriso luminoso
tão triste e gaiato
como o sol de Novembro
brincando de artista
nas acácias floridas
na fímbria do mar
Sua pele macia
era suma-uma
sua pele macias
cheirando a rosas
seus seios laranja
laranja do Loge
eu mandei-lhe essa carta
e ela disse que não
Mandei-lhe um cartão
que o amigo maninho tipografou
'por ti sofre o meu coração'
num canto 'sim'
noutro canto 'não'
e ela o canto do 'não'
dobrou
Mandei-lhe um recado
pela Zefa do sete
pedindo e rogando
de joelhos no chão
pela Sra do Cabo,
pela Sta Efigénia
me desse a ventura
do seu namoro
e ela disse que não
Mandei à Vó Xica,
quimbanda de fama
a areia da marca
que o seu pé deixou
para que fizesse um feitiço
bem forte e seguro
e dele nascesse
um amor como o meu
e o feitiço falhou
Andei barbado,
sujo e descalço
como um monangamba
procuraram por mim
não viu ai não viu ai
não viu Benjamim
e perdido me deram
no morro da Samba
Para me distrair
levaram-me ao baile
do Sr. Januário,
mas ela lá estava
num canto a rir,
contando o meu caso
às moças mais lindas
do bairro operário
Tocaram a rumba
e dancei com ela
e num passo maluco
voamos na sala
qual uma estrela
riscando o céu
e a malta gritou
'Aí Benjamim'
Olhei-a nos olhos
sorriu para mim
pedi-lhe um beijo
lá lá lá lá lá
lá lá lá lá lá
E ela disse que sim
Isto já faz parte da História, porque os jovens de hoje namoram online e sabe-se lá como irão namorar os nossos netos e bisnetos!!!
Para complementar esta informação, veja o cantor português Sérgio Godinho, interpretando a canção "Namoro" (a música é de Fausto e a letra de Viriato Cruz)
A dada altura refere: "Mandei-lhe um cartão/que o amigo maninho tipografou/'por ti sofre o meu coração'/num canto 'sim'/noutro canto 'não'/e ela o canto do 'não'/dobrou".
Confira agora a letra completa desta canção, escrita pelo poeta e político angolano, Viriato da Cruz.
Mandei-lhe uma carta
em papel perfumado
e com letra bonita
dizia ela tinha
um sorriso luminoso
tão triste e gaiato
como o sol de Novembro
brincando de artista
nas acácias floridas
na fímbria do mar
Sua pele macia
era suma-uma
sua pele macias
cheirando a rosas
seus seios laranja
laranja do Loge
eu mandei-lhe essa carta
e ela disse que não
Mandei-lhe um cartão
que o amigo maninho tipografou
'por ti sofre o meu coração'
num canto 'sim'
noutro canto 'não'
e ela o canto do 'não'
dobrou
Mandei-lhe um recado
pela Zefa do sete
pedindo e rogando
de joelhos no chão
pela Sra do Cabo,
pela Sta Efigénia
me desse a ventura
do seu namoro
e ela disse que não
Mandei à Vó Xica,
quimbanda de fama
a areia da marca
que o seu pé deixou
para que fizesse um feitiço
bem forte e seguro
e dele nascesse
um amor como o meu
e o feitiço falhou
Andei barbado,
sujo e descalço
como um monangamba
procuraram por mim
não viu ai não viu ai
não viu Benjamim
e perdido me deram
no morro da Samba
Para me distrair
levaram-me ao baile
do Sr. Januário,
mas ela lá estava
num canto a rir,
contando o meu caso
às moças mais lindas
do bairro operário
Tocaram a rumba
e dancei com ela
e num passo maluco
voamos na sala
qual uma estrela
riscando o céu
e a malta gritou
'Aí Benjamim'
Olhei-a nos olhos
sorriu para mim
pedi-lhe um beijo
lá lá lá lá lá
lá lá lá lá lá
E ela disse que sim
quinta-feira, maio 01, 2014
Pára-me de repente o pensamento
Como que de repente refreado
Na doida correria em que levado
Ia em busca da paz do esquecimento.
Pára surpreso, escrutador, atento,
Como pára um cavalo alucinado
Ante um abismo súbito rasgado.
Pára e fica, e demora-se um momento.
Pára e fica, na doida correria.
Pára à beira do abismo, se demora.
E mergulha na noite escura e fria.
Um olhar de aço, que essa noite explora.
Mas a espora da dor seu flanco estria,
E ele galga e prossegue sob a espora...
Ângelo de Lima
quarta-feira, abril 30, 2014
Mais um passeio por Praga
Proponho-lhe mais um passeio virtual por uma das mais belas capitais europeias: Praga.
Praga é a maior cidade da República Checa.
Esta cidade é um dos mais belos e antigos centros urbanos da Europa e é famosa pelo extenso património arquitetónico e a rica vida cultural, ligada a nomes como os compositores Antonín Dvořák e Bedřich Smetana e os escritores Franz Kafka, Rainer Maria Rilke e Jaroslav Hašek.
Praga está situada na Boémia central e estende-se sobre colinas, em ambas as margens do rio Vltava. O curso sinuoso do rio através da cidade, cheia de belas e antigas pontes, contrasta com a presença imponente do grande Castelo de Praga em Hradcany, que domina a capital na margem esquerda do Vltava.
Praga tem uma área de 496 km² e uma população de 1 237 893 habitantes (censo 2009), perfazendo uma densidade populacional de 2357,07 hab./km².
Praga é famosa pelas lindas ruelas de traçado irregular que contrastam com os novos bairros residenciais, de arquitetura moderna. No bairro Malá Strana está uma das duas igrejas barrocas de São Nicolau, a igreja do Menino Jesus de Praga, a igreja do Loreto (do século XVIII) e numerosos palácios da aristocracia tcheca, do século XVII, em estilo barroco.
Na Staré Město (a Cidade Velha), há inúmeros monumentos e relíquias da história checa. Destacam-se a igreja Týnský, em estilo gótico, construída no século XIV, na qual se acha o túmulo do astrónomo Tycho Brahe. No bairro Josefstadt, há para visitar, o gueto e o cemitério judaicos, do século XII, e a sinagoga. Ainda na Cidade Velha encontra o relógio Astronómico e a parede Lennon.
Na Nové město ( Cidade Nova) figuram a estátua de São Venceslau, de 1915, e o Museu Nacional. Outras edificações de destaque são o Prikopy, local da antiga fortaleza; o Teatro dos Estados (onde estreou a ópera Don Giovanni, de Wolfgang Amadeus Mozart); o Teatro Nacional, de 1883; e igrejas e palácios barrocos.
Entre as numerosas pontes que atravessam o rio Vlatva está a famosa Ponte Carlos que liga a Cidade Velha ao Castelo de Praga.
Confira em baixo, através da excelente apresentação que lhe proponho, alguns dos aspectos mais significativos desta bela cidade europeia.
Praga é a maior cidade da República Checa.
Esta cidade é um dos mais belos e antigos centros urbanos da Europa e é famosa pelo extenso património arquitetónico e a rica vida cultural, ligada a nomes como os compositores Antonín Dvořák e Bedřich Smetana e os escritores Franz Kafka, Rainer Maria Rilke e Jaroslav Hašek.
Praga está situada na Boémia central e estende-se sobre colinas, em ambas as margens do rio Vltava. O curso sinuoso do rio através da cidade, cheia de belas e antigas pontes, contrasta com a presença imponente do grande Castelo de Praga em Hradcany, que domina a capital na margem esquerda do Vltava.
Praga tem uma área de 496 km² e uma população de 1 237 893 habitantes (censo 2009), perfazendo uma densidade populacional de 2357,07 hab./km².
Praga é famosa pelas lindas ruelas de traçado irregular que contrastam com os novos bairros residenciais, de arquitetura moderna. No bairro Malá Strana está uma das duas igrejas barrocas de São Nicolau, a igreja do Menino Jesus de Praga, a igreja do Loreto (do século XVIII) e numerosos palácios da aristocracia tcheca, do século XVII, em estilo barroco.
Na Staré Město (a Cidade Velha), há inúmeros monumentos e relíquias da história checa. Destacam-se a igreja Týnský, em estilo gótico, construída no século XIV, na qual se acha o túmulo do astrónomo Tycho Brahe. No bairro Josefstadt, há para visitar, o gueto e o cemitério judaicos, do século XII, e a sinagoga. Ainda na Cidade Velha encontra o relógio Astronómico e a parede Lennon.
Na Nové město ( Cidade Nova) figuram a estátua de São Venceslau, de 1915, e o Museu Nacional. Outras edificações de destaque são o Prikopy, local da antiga fortaleza; o Teatro dos Estados (onde estreou a ópera Don Giovanni, de Wolfgang Amadeus Mozart); o Teatro Nacional, de 1883; e igrejas e palácios barrocos.
Entre as numerosas pontes que atravessam o rio Vlatva está a famosa Ponte Carlos que liga a Cidade Velha ao Castelo de Praga.
Confira em baixo, através da excelente apresentação que lhe proponho, alguns dos aspectos mais significativos desta bela cidade europeia.
terça-feira, abril 29, 2014
"a sombria beleza do tema da estação e da morte"
"a sombria beleza do tema
da estação e da morte", diz o Kundera algures.
nesta imagem desenha-se um olival perdido
de surdas tonalidades, atrás do cais de onde
se despenhou alguém, alguma forma
aflita e trágica, vinda do fundo súbito de uma
paisagem tão modesta, sob as vozes
de quem chega e quem parte, ou simplesmete foi ali para olhar
outros seres de passagem, outros rasos destinos sem anjo para o remorso.
há flores, dirás, algumas flores diurnas, confiantes,
que outras mãos hão-de dispor na jarra, relembrada
junto à parede branca, mas essas são um ténue
sopro de acaso, ou um fulgor antecipando outra nudez.
quando a luz já se tornou mais húmida e quase musical,
e através da folhagem a harpa do desgaste estremeceu,
e passaram as horas e passaram,
pesadas, contadas, divididas, já não dói
a beleza de alguém que vai partir, a sombria beleza
da sua ocultação intransmissível, uma brisa leve misturar-se-á
ao cheiro de óleo, aos acenos afectuosos, aos
ruídos do tema da estação. é tudo. à noite o olival
será uma massa negra de clareiras adiadas,
atrás do cais sem ninguém e sem tempo, como sempre acontece
nas pequenas estações de uma província da alma.
Vasco Graça Moura
da estação e da morte", diz o Kundera algures.
nesta imagem desenha-se um olival perdido
de surdas tonalidades, atrás do cais de onde
se despenhou alguém, alguma forma
aflita e trágica, vinda do fundo súbito de uma
paisagem tão modesta, sob as vozes
de quem chega e quem parte, ou simplesmete foi ali para olhar
outros seres de passagem, outros rasos destinos sem anjo para o remorso.
há flores, dirás, algumas flores diurnas, confiantes,
que outras mãos hão-de dispor na jarra, relembrada
junto à parede branca, mas essas são um ténue
sopro de acaso, ou um fulgor antecipando outra nudez.
quando a luz já se tornou mais húmida e quase musical,
e através da folhagem a harpa do desgaste estremeceu,
e passaram as horas e passaram,
pesadas, contadas, divididas, já não dói
a beleza de alguém que vai partir, a sombria beleza
da sua ocultação intransmissível, uma brisa leve misturar-se-á
ao cheiro de óleo, aos acenos afectuosos, aos
ruídos do tema da estação. é tudo. à noite o olival
será uma massa negra de clareiras adiadas,
atrás do cais sem ninguém e sem tempo, como sempre acontece
nas pequenas estações de uma província da alma.
Vasco Graça Moura
segunda-feira, abril 28, 2014
Pedra Filosofal
Oiça Manuel Freire em "Pedra Filosofal".
Manuel Freire ( 25 de Abril de 1942) é um cantor português. Entrou no Teatro Experimental do Porto, em 1967, onde fez a sua primeira actuação a sério no domínio da canção. Entretanto estreou-se na música, com um EP que continha os temas "Dedicatória", "Eles", "Livre" e "Pedro Soldado", editado em 1968. O cantor não escapou à censura, vindo a ser probido o EP com os temas "Lutaremos meu amor", "Trova", "O sangue não dá flor" e "Trova do emigrante" devido a "O sangue não dá flor".
Em 1969 participou no programa Zip-Zip onde lançou "Pedra Filosofal", com poema de António Gedeão, que popularizou e cuja interpretação lhe valeu o Prémio da Imprensa desse ano, em conjunto com Fernando Tordo.
No ano de 1971 foi editado o EP "Dulcineia" e o álbum "Manuel Freire" onde aparecem os temas dos primeiros EP's e onde musicou poemas de António Gedeão, José Gomes Ferreira, Fernando Assis Pacheco, Eduardo Olímpio, Sidónio Muralha e José Saramago.
"Lágrima de Preta" foi incluído na compilação "Sons de Todas as Cores", de 1997.
O disco "As Canções Possíveis" onde canta a poesia de José Saramago, de "Os Poemas Possíveis", foi editado em 1999.
De 2003 a 2007 tornou-se presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Autores.
Colaborou com José Jorge Letria e Vitorino num CD para crianças acerca da Revolução dos Cravos, intitulado "Abril, Abrilzinho", que foi editado em 2006.
Manuel Freire ( 25 de Abril de 1942) é um cantor português. Entrou no Teatro Experimental do Porto, em 1967, onde fez a sua primeira actuação a sério no domínio da canção. Entretanto estreou-se na música, com um EP que continha os temas "Dedicatória", "Eles", "Livre" e "Pedro Soldado", editado em 1968. O cantor não escapou à censura, vindo a ser probido o EP com os temas "Lutaremos meu amor", "Trova", "O sangue não dá flor" e "Trova do emigrante" devido a "O sangue não dá flor".
Em 1969 participou no programa Zip-Zip onde lançou "Pedra Filosofal", com poema de António Gedeão, que popularizou e cuja interpretação lhe valeu o Prémio da Imprensa desse ano, em conjunto com Fernando Tordo.
No ano de 1971 foi editado o EP "Dulcineia" e o álbum "Manuel Freire" onde aparecem os temas dos primeiros EP's e onde musicou poemas de António Gedeão, José Gomes Ferreira, Fernando Assis Pacheco, Eduardo Olímpio, Sidónio Muralha e José Saramago.
"Lágrima de Preta" foi incluído na compilação "Sons de Todas as Cores", de 1997.
O disco "As Canções Possíveis" onde canta a poesia de José Saramago, de "Os Poemas Possíveis", foi editado em 1999.
De 2003 a 2007 tornou-se presidente da Direcção da Sociedade Portuguesa de Autores.
Colaborou com José Jorge Letria e Vitorino num CD para crianças acerca da Revolução dos Cravos, intitulado "Abril, Abrilzinho", que foi editado em 2006.
domingo, abril 27, 2014
Lembra-me um sonho lindo...
Veja o cantor português Fausto, ao vivo no CCB, em "Lembra - me um Sonho Lindo".
Fausto (1948), é um compositor e cantor português. Foi em Angola que formou a sua primeira banda, "Os Rebeldes". Veio para Lisboa com vinte anos, onde se licenciou em Ciências Políticas e Sociais.
Estudava ainda quando lançou o primeiro álbum, Fausto e venceu o Prémio Revelação em 1969. No âmbito do movimento associativo em Lisboa, aproximou-se de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, juntamente com José Mário Branco ou Luís Cília, que viviam no exílio.
Autor de doze discos, gravados entre 1970 e 2011 (dez de originais, uma coletânea regravada e um disco ao vivo), é presentemente um importante nome da música portuguesa e da música popular em particular.
A sua obra tem sido reinterpretada por nomes como, entre outros, Mafalda Arnauth, Né Ladeiras, Teresa Salgueiro, Cristina Branco ou Ana Moura.
Lembra-me um sonho lindo, quase acabado
Lembra-me um céu aberto, outro fechado
Estala-me a veia em sangue, estrangulada
Estoira no peito um grito, à desfilada
Canta, rouxinol, canta, não me dês penas
Cresce, girassol, cresce entre açucenas
Afaga-me o corpo todo, se te pertenço
Rasga-me o ventre ardendo em fumo de incenso
Lembra-me um sonho lindo, quase acabado
Lembra-me um céu aberto, outro fechado
Estala-me a veia em sangue, estrangulada
Estoira no peito um grito, à desfilada
Ai! Como eu te quero! Ai! De madrugada!
Ai! Alma da terra! Ai! Linda, assim deitada!
Ai! Como eu te amo! Ai! Tão sossegada!
Ai! Beijo-te o corpo! Ai! Seara tão desejada!
Fausto (1948), é um compositor e cantor português. Foi em Angola que formou a sua primeira banda, "Os Rebeldes". Veio para Lisboa com vinte anos, onde se licenciou em Ciências Políticas e Sociais.
Estudava ainda quando lançou o primeiro álbum, Fausto e venceu o Prémio Revelação em 1969. No âmbito do movimento associativo em Lisboa, aproximou-se de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, juntamente com José Mário Branco ou Luís Cília, que viviam no exílio.
Autor de doze discos, gravados entre 1970 e 2011 (dez de originais, uma coletânea regravada e um disco ao vivo), é presentemente um importante nome da música portuguesa e da música popular em particular.
A sua obra tem sido reinterpretada por nomes como, entre outros, Mafalda Arnauth, Né Ladeiras, Teresa Salgueiro, Cristina Branco ou Ana Moura.
Lembra-me um sonho lindo, quase acabado
Lembra-me um céu aberto, outro fechado
Estala-me a veia em sangue, estrangulada
Estoira no peito um grito, à desfilada
Canta, rouxinol, canta, não me dês penas
Cresce, girassol, cresce entre açucenas
Afaga-me o corpo todo, se te pertenço
Rasga-me o ventre ardendo em fumo de incenso
Lembra-me um sonho lindo, quase acabado
Lembra-me um céu aberto, outro fechado
Estala-me a veia em sangue, estrangulada
Estoira no peito um grito, à desfilada
Ai! Como eu te quero! Ai! De madrugada!
Ai! Alma da terra! Ai! Linda, assim deitada!
Ai! Como eu te amo! Ai! Tão sossegada!
Ai! Beijo-te o corpo! Ai! Seara tão desejada!
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