sábado, janeiro 20, 2024

O Cozinheiro Moderno, Ou Nova Arte de Cozinha

O "Cozinheiro Moderno, Ou Nova Arte de Cozinha" (1780), de Lucas Rigaud, é o segundo livro de cozinha a ser impresso em Portugal - o primeiro foi a "Arte de Cozinha", de Domingos Rodrigues, publicado exatamente um século antes. 

"Onde se ensina pelo methodo mais facil" documenta a introdução, elaborada pelo autor, um cozinheiro régio, de amplo repertório culinário estrangeiro, com marcada influência francesa, durante os reinados de D. José I (1750 - 77) e D. Maria I (1777 - 1815). 

Além disso, tornou-se fonte para os primeiros receituários brasileiros, particularmente o "Cozinheiro Imperial", de 1839 - 40, servindo assim como elo entre as tradições portuguesas, a internacionalização gastronómica europeia e a cozinha brasileira.

sexta-feira, janeiro 19, 2024

Ainda A Balada de Outono



O músico brasileiro, Johnny do Carmo, encanta-se com a cantora portuguesa Sara Correia e o intérprete da guitarra portuguesa Ângelo Freire, na Balada de Outono de Zeca Afonso.

Ora veja. Vale a pena!

quinta-feira, janeiro 18, 2024

Balada do Outono

Balada do Outono é uma canção (1960) de José Afonso. Ouça-a no vídeo abaixo, na voz do próprio.
José Afonso (1929 - 1987), foi um cantor e compositor português. É também conhecido pelo diminutivo familiar de Zeca Afonso, apesar de nunca ter utilizado este nome artístico. É o autor de Grândola, Vila Morena que foi utilizada pelo Movimento das Forças Armadas para confirmar que a Revolução do 25 de Abril estava em marcha.
 
Águas passadas do rio
Meu sono vazio não vão acordar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai que eu não volto a cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar

Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai que eu não volto a cantar

Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai que eu não volto a cantar

Águas do rio correndo
Poentes morrendo p'ras bandas do mar

Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai que eu não volto a cantar

Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar

Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai que eu não volto a cantar

Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai que eu não volto a cantar

Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai que eu não volto a cantar

quarta-feira, janeiro 17, 2024

Como se Veste a Mulher Casual?

Saiba como se veste a Mulher Casual, através das sugestões de mais um vídeo da influencer brasileira Luciane Cachinski.

Luciane Cachinski é uma influencer e youtuber brasileira que se dedica a transmitir ao público feminino, com um humor peculiar, o que aprendeu sobre moda durante 27 anos. 

Luciane é também proprietária da empresa Corte in Brazil, que fabrica, num pequeno atelier familiar, uma coleção feminina básica em malha.

No vídeo de hoje Luciane explica-lhe o que é o estilo casual, e como se deve vestir de acordo com o mesmo, com roupas simples e práticas.

terça-feira, janeiro 16, 2024

A Gramática Portuguesa está a ficar mais Brasileira!

 Aprenda Português Europeu através de conteúdos interessantes e autênticos!

Assista hoje a mais um vídeo do Portuguese With Leo, onde Leonardo Coelho lhe explica o como e o porquê da Gramática Portuguesa estar a ficar mais Brasileira

Não perca esta oportunidade. 

Ora veja. 

segunda-feira, janeiro 15, 2024

O Geógrafo

 O Geógrafo é uma obra de Jan Vermeer (van Delft).

Johannes Vermeer (1632 - 1675) foi um pintor holandês, que também é conhecido como Vermeer de Delft ou Johannes van der Meer.

Vermeer viveu toda a sua vida na sua terra natal, onde está sepultado na Igreja Velha de Delft.

É o pintor holandês mais famoso e importante do século XVII (um período que é conhecido por Idade de Ouro Holandesa, devido às espantosas conquistas culturais e artísticas do país nessa época). Os seus quadros são admirados pelas suas cores transparentes, composições inteligentes e brilhante com o uso da luz.

O Geógrafo é uma pintura a óleo sobre tela do pintor holandês Johannes Vermeer datada de 1669 e que pertence atualmente ao Städelsches Kunstinstitut de Frankfurt, na Alemanha.

É uma das poucas pinturas que Vermeer assinou e datou. Na parede frontal está a assinatura e a dataː "I Ver Meer MDCLXVIIII". Outras duas são O Astrónomo e A Alcoviteira

O geógrafo, envergando um robe de estilo japonês que era então popular entre os estudiosos, é apresentado como sendo "alguém animado pela pesquisa intelectual", com uma postura ativa e a presença de mapas, gráficos, um globo e livros, bem como um compasso que ele segura na mão direita. De acordo com Arthur Wheelock, "A energia nesta pintura [...] é transmitida de forma notável através da pose da figura, da aglomeração de objectos no lado esquerdo da composição e da sequência de sombras em diagonal para a direita na parede."

Serena Carr afirma que a pintura retrata um "lampejo de inspiração" ou mesmo "revelação". A cortina à esquerda e a posição do tapete oriental engelhado sobre a mesa são ambos símbolos da revelação. "Ele agarra um livro como se estivesse prestes a abri-lo para corroborar as suas ideias."

domingo, janeiro 14, 2024

O Porto Aqui Tão Perto

Ouça o cantor português Sérgio Godinho em O Porto Aqui Tão Perto.
Vá comboio, meu comboio
Carrega na velocidade
Para só quando chegarmos
À cidade

Olá cidade do Porto
A lágrima ao canto do olho
Estava fechada há que tempos
Com um ferrolho

Custou tanto cá chegar
Mil e uma peripécias
Quando menos se espera
O diabo tece-as

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o porto
Aqui tão perto

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o porto
Aqui tão perto

Mal chegado, vislumbrei
Dois amigos do alheio
Vasculhando a minha caixa
Do correio

Ah, tratantes, apanhei-vos
Com a boca na botija
Com certeza não esperam
Que eu transija

Não é nada do que pensas
Viemos trazer-te um recado
Que nos foi entregue
Por um embuçado

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o Porto
Aqui tão perto

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o porto
Aqui tão perto

Dizia assim o recado
No Palácio há variedades
Se lá fores, verás que vais
Matar saudades

Eu, matar, não gosto muito
Mas saudades, é diferente
É como matar pulgas
Alivia a gente

Cheguei lá e deparei
Com uma mulher embuçada
Intimei-a: Para lá
Com essa tourada

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o Porto
Aqui tão perto

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o porto
Aqui tão perto

Desembuça-mos, vá lá
E já agora, desembucha
Com esse capuz, mais pareces
Uma bruxa

Diz-me o que fazes aqui
Canto ali com as atracções
No conjunto do "Godinho
E os seus Gordões"

Já te topo, há quanto tempo
Te não punha a vista em cima
Diz-me lá
Se és ou não és
A Etelvina

Ai, eu estive quase morto
O deserto
E o Porto
Aqui tão perto

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o porto
Aqui tão perto

Sou a Etelvina, sim senhor
Não me digas, Etelvina
Que andas assim por andares
Clandestina

Clandestina? Não estás bom
Eu fugida? Nem se pense
Este fato é só p'ra aumentar
O suspense

Sou cantora no conjunto
E aparecemos embuçados
E ficam os espectadores
Arrepiados

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o Porto
Aqui tão perto

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o porto
Aqui tão perto

Mas na vida é bem diferente
Ando de cara descoberta
Com a cabeça e os sentidos
Bem alerta

Já vi tantas injustiças
Falo de dentro de mim
E o que me sai cá de dentro
Sai-me assim:

Faço música p'ró povo
E tu, povo, retribuis
E tu me inspiras sustenidos
E bemóis

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o Porto
Aqui tão perto

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o porto
Aqui tão perto

E eu também faço o mesmo
Com o que o povo me dá
Gratuito o dó-ré-mi
E mais o lá

Lá fiquei a noite toda
Numa de improvisação
A regenerar o corpo
E o coração

Lá fiquei a noite toda
Numa de improvisação
A regenerar o corpo
E o coração

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o Porto
Aqui tão perto

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o Porto
Aqui tão perto

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o Porto
Aqui tão perto

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o Porto
Aqui tão perto

Ai, eu estive quase morto
No deserto
E o Porto
Aqui tão perto
Sérgio Godinho