Marte é o quarto planeta a partir do Sol. Foi baptizado com este nome em homenagem ao deus romano da guerra. É o segundo menor planeta do Sistema Solar e é muitas vezes descrito como o "Planeta Vermelho", porque o óxido de ferro predominante na sua superfície lhe dá uma aparência avermelhada.
Marte é um planeta rochoso com uma atmosfera fina, com características de superfície que lembram tanto as crateras da Lua quanto os vulcões, os vales, os desertos e as calotas polares da Terra. O período de rotação e os ciclos sazonais de Marte são também semelhantes aos da Terra. Marte tem duas luas conhecidas, Fobos e Deimos, que são pequenas e de forma irregular.
O primeiro voo bem-sucedido sobre Marte foi feito em 1965 pela Mariner 4. As posteriores missões não tripuladas sugeriram que Marte já teve, na sua superfície, uma cobertura de água em grande escala. Em 2005, dados de radar revelaram a presença de grandes quantidades de gelo de água nos polos e nas latitudes médias deste planeta. A sonda robótica Spirit recolheu amostras de compostos químicos que continham moléculas de água em março de 2007. A sonda Phoenix encontrou também amostras de gelo de água no solo marciano em julho de 2008.
Marte está a ser explorado, actualmente, por cinco naves espaciais: três em órbita — Mars Odyssey, Mars Express e Mars Reconnaissance Orbiter — e duas na superfície — Mars Exploration Rover Opportunity e Mars Science Laboratory Curiosity.
Assim, para conhecer melhor este planeta, proponho -lhe que veja a primeira foto panorâmica de Marte. Para isso basta clicar aqui. Utilize o zoom para ver a qualidade da imagem!
É uma imagem absolutamente extraordinária, embora os entendidos digam que esta foto custou à humanidade cerca de 2.500 milhões de dólares.
Não deixe, contudo, de a ver. Vale bem a pena!
sábado, maio 10, 2014
sexta-feira, maio 09, 2014
O Palácio do Rei do Lixo
O Palácio do Rei do Lixo é um edifício em ruínas que domina a paisagem junto à EN10, em Coina, próximo de Lisboa.
Também chamado de "Torre do Inferno", foi mandado construir (em 1910) por Manuel Martins Gomes Júnior, conhecido como Rei do lixo, para mostrar a grandiosidade do seu império.
Manuel Martins Gomes Júnior era conhecido como o "Rei do Lixo", porque fez fortuna a comprar e vender lixo da cidade de Lisboa.
Diz-se que Manuel Gomes Júnior era profundamente ateu, por isso terá transformado a ermida da propriedade em armazém e estábulo e, baptizado a herdade com o nome de "Quinta do Inferno".
Mais tarde, António Zanolete Ramada Curto, genro do "Rei do Lixo", transformou a propriedade numa importante casa agrícola. Em 1957, foi vendida aos grandes proprietários e industriais de curtumes Joaquim Baptista Mota e António Baptista, que constituíram a Sociedade Agrícola da Quinta de S. Vicente e transformaram a propriedade numa importante exploração pomícola.
Actualmente pertence a um construtor da Margem Sul do Tejo, que a adquiriu em 1972 com o intuito de transformar o Palácio numa pousada com cerca de 85 quartos. Contudo em 1988, a Torre foi devorada por um incêndio e hoje está em avançado estado de degradação.
Se quiser ficar a conhecer melhor este edifício, veja o vídeo que se segue e que é da autoria de Fernanda Gil.
Também chamado de "Torre do Inferno", foi mandado construir (em 1910) por Manuel Martins Gomes Júnior, conhecido como Rei do lixo, para mostrar a grandiosidade do seu império.
Manuel Martins Gomes Júnior era conhecido como o "Rei do Lixo", porque fez fortuna a comprar e vender lixo da cidade de Lisboa.
Diz-se que Manuel Gomes Júnior era profundamente ateu, por isso terá transformado a ermida da propriedade em armazém e estábulo e, baptizado a herdade com o nome de "Quinta do Inferno".
Mais tarde, António Zanolete Ramada Curto, genro do "Rei do Lixo", transformou a propriedade numa importante casa agrícola. Em 1957, foi vendida aos grandes proprietários e industriais de curtumes Joaquim Baptista Mota e António Baptista, que constituíram a Sociedade Agrícola da Quinta de S. Vicente e transformaram a propriedade numa importante exploração pomícola.
O Rei do Lixo e familiares |
Se quiser ficar a conhecer melhor este edifício, veja o vídeo que se segue e que é da autoria de Fernanda Gil.
quinta-feira, maio 08, 2014
A Bunda
A palavra "Bunda" é muitas vezes considerada popular e pejorativa.
Sabe qual é a origem desta palavra?
Sabe porque é que ela é considerada pejorativa?
Provavelmente o termo "Bunda" vem da palavra, de origem africana, "Mbunda".
A palavra "Mbunda" foi trazida, pelos primeiros negros escravizados no século XV, falantes do Quicongo (língua ainda falada em algumas regiões de Angola).
Acredita-se que a conotação indelicada dada a esta expressão, esteja justamente ligada à sua origem não-europeia e ao preconceito associado à exposição da nudez existente na sociedade portuguesa da época.
Sabe qual é a origem desta palavra?
Sabe porque é que ela é considerada pejorativa?
Provavelmente o termo "Bunda" vem da palavra, de origem africana, "Mbunda".
A palavra "Mbunda" foi trazida, pelos primeiros negros escravizados no século XV, falantes do Quicongo (língua ainda falada em algumas regiões de Angola).
Acredita-se que a conotação indelicada dada a esta expressão, esteja justamente ligada à sua origem não-europeia e ao preconceito associado à exposição da nudez existente na sociedade portuguesa da época.
quarta-feira, maio 07, 2014
A Gronelândia
Hoje proponho-lhe um pequeno passeio virtual até à Gronelândia.
A Gronelândia, é uma região autónoma, que faz parte do Reino da Dinamarca e que tem como capital, a cidade de Nuuk. O termo Gronelândia significa em dinamarquês "nossa terra"; ou "terra verde".
O território da Gronelândia ocupa a ilha homónima, considerada a maior do mundo, além de diversas ilhas vizinhas, situadas ao largo da costa nordeste da América do Norte. As suas costas dão, a norte, para o oceano Glacial Árctico, a leste para o Mar da Gronelândia, a leste e sul para o Oceano Atlântico e a oeste para o mar de Labrador e da ilha de Baffin.
A terra mais próxima é a ilha Ellesmere, a mais setentrional das ilhas do Arquipélago Árctico Canadiano, da qual está separada pelo estreito de Nares. Outros territórios próximos são: no mesmo arquipélago canadiano, a oeste, a ilha de Devon e a ilha de Baffin; a sueste a Islândia; a leste a ilha de Jan Mayen e a nordeste o arquipélago de Esvalbarde, ambos possessões da Noruega.
A Gronelândia é a maior ilha do mundo e tem mais de 44 000 km de linha de costa. A população é escassa, confinada a pequenas localidades na costa. A ilha tem a segunda maior reserva de gelo do mundo, apenas ultrapassada pela Antárctica.
A vegetação é em geral esparsa, com uma pequena zona de floresta em Nanortalik no extremo sul, perto do Cabo Farewell.
O clima é árctico ou nalguns locais sub-árctico, com Verões frescos e Invernos muito frios. A costa é maioritariamente rochosa e com falésias. O ponto de menor altitude é o nível do mar e o mais alto é o Gunnbjørn (3700 m). O extremo norte da ilha é o Cabo Morris Jesup, descoberto pelo Almirante Robert Peary em 1909.
Se quiser ficar a conhecer melhor este território veja, com atenção, a bela apresentação que se segue. Vale bem a pena. Venha então daí!
A Gronelândia, é uma região autónoma, que faz parte do Reino da Dinamarca e que tem como capital, a cidade de Nuuk. O termo Gronelândia significa em dinamarquês "nossa terra"; ou "terra verde".
O território da Gronelândia ocupa a ilha homónima, considerada a maior do mundo, além de diversas ilhas vizinhas, situadas ao largo da costa nordeste da América do Norte. As suas costas dão, a norte, para o oceano Glacial Árctico, a leste para o Mar da Gronelândia, a leste e sul para o Oceano Atlântico e a oeste para o mar de Labrador e da ilha de Baffin.
A terra mais próxima é a ilha Ellesmere, a mais setentrional das ilhas do Arquipélago Árctico Canadiano, da qual está separada pelo estreito de Nares. Outros territórios próximos são: no mesmo arquipélago canadiano, a oeste, a ilha de Devon e a ilha de Baffin; a sueste a Islândia; a leste a ilha de Jan Mayen e a nordeste o arquipélago de Esvalbarde, ambos possessões da Noruega.
A Gronelândia é a maior ilha do mundo e tem mais de 44 000 km de linha de costa. A população é escassa, confinada a pequenas localidades na costa. A ilha tem a segunda maior reserva de gelo do mundo, apenas ultrapassada pela Antárctica.
A vegetação é em geral esparsa, com uma pequena zona de floresta em Nanortalik no extremo sul, perto do Cabo Farewell.
O clima é árctico ou nalguns locais sub-árctico, com Verões frescos e Invernos muito frios. A costa é maioritariamente rochosa e com falésias. O ponto de menor altitude é o nível do mar e o mais alto é o Gunnbjørn (3700 m). O extremo norte da ilha é o Cabo Morris Jesup, descoberto pelo Almirante Robert Peary em 1909.
Se quiser ficar a conhecer melhor este território veja, com atenção, a bela apresentação que se segue. Vale bem a pena. Venha então daí!
terça-feira, maio 06, 2014
O Cante Nas Escolas
Hoje sugiro-lhe que veja o documentário "O Cante Nas Escolas", de José Gonçalo, com imagens de José Ferrolho e José Gonçalo.
O cante é um género musical tradicional do Alentejo, Portugal. Não é a única forma de expressão da música tradicional no Alentejo sendo, contudo, mais característico do Baixo Alentejo do que do Alto Alentejo.
O Cante é um canto coral, em que alternam um ponto a sós e um coro, havendo um alto preenchendo as pausas e rematando as estrofes. O canto começa invariavelmente com um ponto dando a deixa, cedendo o lugar ao alto e logo intervindo o coro em que participam também o ponto e o alto.
Terminadas as estrofes, pode o ponto recomeçar com um nova deixa, seguindo-se o mesmo conjunto de estrofes. Este ciclo repete-se o número de vezes que os participantes desejarem. Esta característica repetitiva, assim como o andamento lento e a abundância de pausas contribuem para a natureza monótona do cante.
A candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade deu formalmente entrada, no comité internacional da UNESCO, no final do ano passado. A preparação para esta candidatura criou, na região, um clima de entusiasmo e de necessidade de preservção deste traço da cultura alentejana. Daí o trabalho de preservação e de salvaguarda que tem sido feito nos últimos anos em torno da mais popular e genuína manifestação cultural do Alentejo. As escolas têm desempenhado, também, um papel significativo neste domínio. Daí o vídeo que lhe sugiro hoje. Vale bem a pena.
O cante é um género musical tradicional do Alentejo, Portugal. Não é a única forma de expressão da música tradicional no Alentejo sendo, contudo, mais característico do Baixo Alentejo do que do Alto Alentejo.
O Cante é um canto coral, em que alternam um ponto a sós e um coro, havendo um alto preenchendo as pausas e rematando as estrofes. O canto começa invariavelmente com um ponto dando a deixa, cedendo o lugar ao alto e logo intervindo o coro em que participam também o ponto e o alto.
Terminadas as estrofes, pode o ponto recomeçar com um nova deixa, seguindo-se o mesmo conjunto de estrofes. Este ciclo repete-se o número de vezes que os participantes desejarem. Esta característica repetitiva, assim como o andamento lento e a abundância de pausas contribuem para a natureza monótona do cante.
A candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade deu formalmente entrada, no comité internacional da UNESCO, no final do ano passado. A preparação para esta candidatura criou, na região, um clima de entusiasmo e de necessidade de preservção deste traço da cultura alentejana. Daí o trabalho de preservação e de salvaguarda que tem sido feito nos últimos anos em torno da mais popular e genuína manifestação cultural do Alentejo. As escolas têm desempenhado, também, um papel significativo neste domínio. Daí o vídeo que lhe sugiro hoje. Vale bem a pena.
segunda-feira, maio 05, 2014
Os Shadows
"The Shadows" foi uma banda pop-rock instrumental do Reino Unido: Foi formada em 1958 pelo guitarrista e compositor Hank Marvin, o baterista Tony Meehan, o guitarrista Bruce Welch e o baixista Jet Harris. Esta banda teve uma enorme longevidade, o que lhe permitiu conhecer vários integrantes, dos quais se destaca, para além dos já citados, o baterista Brian Bennett. Hank Marvin e Bruce Welch, guitarra-ritmo, foram os únicos que integraram a banda desde a sua formação até à separação definitiva em 1999.
A banda britânica começou por ser a banda de apoio do cantor e compositor Cliff Richard, sendo então o conjunto conhecido por "Cliff Richard and The Shadows".
Em 1963, Cliff Richard decidiu iniciar uma carreira a solo e Hank Marvin deu azo à sua criatividade, compondo algumas das mais belas melodias dos anos 60, 70 e 80, praticamente sempre dentro do registo instrumental.
Os Shadows foram autores de músicas como "Apache" e "Ghost Riders in the Sky", "Theme for Deer Hunter", "FBI", etc. Em 1999 a banda desintegrou-se, mas em 2004 voltaram a reunir-se para efectuarem um tour europeu, que durou aproximadamente um ano.
Os Shadows inspiraram vários guitarristas e bandas de rock da sua geração e posteriores, incluindo Frank Zappa, Queen e Muse. Tiveram também algumas das suas composições inseridas em bandas sonoras de filmes, foram considerados pelos ingleses a 2ª melhor banda britânica de sempre (atrás dos Queen) e são unanimemente considerados no meio musical, como a banda britânica mais influente antes da "era Beatles".
Se já conhece esta banda, ponha a tocar o vídeo que se segue e, feche os olhos durante 26 m. Deixe, então, desfilar as imagens que estavam arquivadas no mais longínquo do sua mente!
Se não conhece os Shadows, não deixe de assistir a este grande espectáculo: um show instrumental de 26 minutos, proporcionado por esta excelente banda.
A banda britânica começou por ser a banda de apoio do cantor e compositor Cliff Richard, sendo então o conjunto conhecido por "Cliff Richard and The Shadows".
Em 1963, Cliff Richard decidiu iniciar uma carreira a solo e Hank Marvin deu azo à sua criatividade, compondo algumas das mais belas melodias dos anos 60, 70 e 80, praticamente sempre dentro do registo instrumental.
Os Shadows foram autores de músicas como "Apache" e "Ghost Riders in the Sky", "Theme for Deer Hunter", "FBI", etc. Em 1999 a banda desintegrou-se, mas em 2004 voltaram a reunir-se para efectuarem um tour europeu, que durou aproximadamente um ano.
Os Shadows inspiraram vários guitarristas e bandas de rock da sua geração e posteriores, incluindo Frank Zappa, Queen e Muse. Tiveram também algumas das suas composições inseridas em bandas sonoras de filmes, foram considerados pelos ingleses a 2ª melhor banda britânica de sempre (atrás dos Queen) e são unanimemente considerados no meio musical, como a banda britânica mais influente antes da "era Beatles".
Se já conhece esta banda, ponha a tocar o vídeo que se segue e, feche os olhos durante 26 m. Deixe, então, desfilar as imagens que estavam arquivadas no mais longínquo do sua mente!
Se não conhece os Shadows, não deixe de assistir a este grande espectáculo: um show instrumental de 26 minutos, proporcionado por esta excelente banda.
domingo, maio 04, 2014
Palavras Para a Minha Mãe
mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"
as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste
tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te.
eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não
escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.
José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"
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