sábado, maio 07, 2022

O Frango Frito ou "Fried Chicken"

O frango frito, ou "fried chicken", é uma das mais populares comidas americanas e um protagonista em filmes e séries deste país. 

É constituído por pedaços de frango temperados, panados e fritos. Está muito associado à gastronomia do Sul dos Estados Unidos e pode ser considerado um aperitivo, acompanhado de batata frita, salada de repolho, milho cozido, puré de batata e, até  feijão!

A expressão em inglês dos EUA, "fried chicken", foi registada pela primeira vez na década de 1830 e frequentemente aparece em livros de receitas americanos das décadas de 1860 e 1870. A origem do frango frito nos estados do sul da América está relacionada com as culinárias escocesa e da África Ocidental.  O frango frito escocês era cozido em gordura (embora não temperado) enquanto o frango frito da África Ocidental era temperado e cozido em óleo de palma. As técnicas de fritura escocesas e as técnicas de tempero africanas foram usadas no sul americano por escravos africanos, tendo contribuído para a evolução desta receita. 

O frango frito forneceu alguns meios de subsistência a mulheres afro-americanas escravizadas e segregadas, que se tornaram notáveis ​​​​vendedoras de aves (vivas ou cozidas) já na década de 1730. Por causa disso e da natureza cara dos ingredientes, era, apesar da crença popular, um prato raro na comunidade afro-americana, reservado (como na África) só para ocasiões especiais. 

O frango frito ao estilo americano passou gradualmente para o uso comum como um prato geral do sul, especialmente após a abolição da escravatura e a sua popularidade espalhou-se. 

O frango frito continua a ser uma das principais escolhas desta região para o "jantar de domingo". Feriados como o Dia da Independência e outros encontros costumam apresentar também este prato. Durante o século 20, redes de restaurantes especializaram-se em frango frito dando origem ao auge da indústria de fast food, pelo que marcas como a Kentucky Fried Chicken e a Popeyes eBojangles se tenham expandido nos Estados Unidos e no resto do mundo.

sexta-feira, maio 06, 2022

Begin the Beguine

 Assista ao vídeo abaixo, Begin the Beguine, com Fred Astaire & Eleanor Powell. Na opinião de especialistas, é o melhor número de sapateado do mundo, de todos os tempos. Consta que a dança foi filmada sem cortes num único "take".

A música é de Cole Porter e a dança de Fred Astaire & Eleanor Powell surgiu no filme Melodia da Broadway (1940).

Como diz Frank Sinatra (no áudio sobreposto), nunca se verá algo assim. 

quinta-feira, maio 05, 2022

Odessa

 Odessa é uma cidade costeira ucraniana situada nas margens do Mar Negro e a noroeste da Península da Crimeia. É a quarta maior cidade do país, contando com pouco mais de um milhão de habitantes. 

A cidade tem dois grandes portos, um na cidade propriamente dita e outro nos subúrbios - o Yuzhny (terminal petrolífero importante em termos internacionais).

Nos tempos da União Soviética, Odessa era o porto comercial mais importante do país e igualmente base naval. O seu porto, porém, tem pouco valor militar, pois a Turquia (membro da NATO/OTAN) controla o tráfego entre o Mar Negro e o Mar Mediterrâneo.

Odessa foi até á guerra com a Rússia um destino de férias importante. Embora o ucraniano seja a língua oficial, a língua mais usada é a russa. A cidade apresenta uma mistura de várias nacionalidades e grupos étnicos, entre eles ucranianos (61,6%), russos (29,0%), búlgaros (1,3%), judeus (1,2%), moldávios (0,7%), gregos, caucasianos, alemães e coreanos, entre outros.

Na escadaria Richelieu de Odessa foi filmada a famosa cena do massacre na escadaria, no filme "O Couraçado Potemkin", realizado em 1925, por Serguei Eisenstein. Esta sequência cinematográfica  tornou-se um marco na história do Cinema Mundial.

Fique a conhecer um pouco melhor esta cidade, através da apresentação abaixo.

quarta-feira, maio 04, 2022

Vamos até A-dos-Ruivos?

No concelho do Bombarral, distrito de Leiria, existe uma pequena aldeia que tem um nome peculiar: A-dos-Ruivos. O nome significa "A Terra dos Ruivos", podendo ter sido contraído a partir de "vou à Terra dos Ruivos" ou de "Vou à dos Ruivos", o que poderia indicar que, neste local, existiriam muitas pessoas de cabelo ruivo. 

No nosso país, os ruivos não são muito comuns, contudo, A-dos-Ruivos é uma belíssima aldeia que possui um número anormalmente elevado de ruivos. A explicação está na origem da sua população.

Como é evidente, podemos encontrar algumas pessoas que exibem naturalmente esta cor de cabelo, especialmente no Norte de Portugal, já que esta região acolheu diversas migrações de povos bárbaros ou celtas vindos do norte da Europa. 

Mas será que o nome da povoação surgiu realmente devido ao anormal número de pessoas com cabelo ruivo? A resposta é sim! Então, por que razão existe uma elevada concentração de ruivos nesta pequena localidade?

A resposta encontra-se no contexto histórico do povoamento Franco na região, e na genética. No que diz respeito à parte histórica, existem já nos inícios do século XIV registos da presença de Francos nesta aldeia, registos esses que indicavam que estes não estavam de passagem, e que tinham residência fixa na aldeia. Aliás, existe a hipótese de a aldeia ter sido fundada por uma família de origem franca, que terá vindo de um dos senhorios de Atouguia, Lourinhã ou Vila Verde dos Francos.

Os Francos fixaram-se no nosso país e mais tarde, com a passagem dos anos, expandiram-se para novos locais, maioritariamente no sul e centro do país (embora na região mais próxima do Tejo). Existe, pois, a hipótese de o povoado realmente ter sido fundado por Francos, ou, pelo menos, ser morada de vários, que trouxeram o gene ruivo para a população.

Com o passar do tempo, esse gene tornou-se dominante, até porque as deslocações eram difíceis na época e, por isso, as pessoas casavam-se com gente que vivia em locais próximos. Assim, a percentagem de ruivos na aldeia seria ainda maior. Hoje, o gene encontra-se já dissipado, mas existem ainda ruivos em número elevado na zona.

Para além do seu nome peculiar, A-dos-Ruivos tem muita história documentada. As notícias do século XIV que chegaram aos dias de hoje caracterizam esta aldeia como sendo essencialmente agrícola, contando com hortas, pomares, searas, e com terras especialmente aptas para vinha. Assim, não é de admirar que as terras fossem bastante disputadas por instituições religiosas, como o Mosteiro de Alcobaça, a Abadia de Santa Clara de Coimbra, a Igreja de Santa Maria de Óbidos e até mesmo a Igreja de S. Pedro do Carvalhal.

Graças ao solo rico para vinha, a aldeia contava com lagares e adegas bem guarnecidas de equipamentos. Tinha também o seu porto, conhecido por Porto da Ribeira ou Porto da Ribeira da Várzea. Nele, o ribeiro desaguava no rio Bogota.

Sabe-se que em 1337 a população fundou uma confraria e uma albergaria, o que denuncia a grande passagem de peregrinos e caminhantes pela zona. Esta obra de cariz assistencial foi chamada Albergaria e Confraria do Espírito Santo de A-dos-Ruivos.

Já em 1527, conseguimos encontrar em A-dos-Ruivos uma grande variedade de profissões, o que indica prosperidade no local. Pode-se destacar a presença de sapateiros, alfaiates, oleiros e até vassalos do monarca (ou seja, pessoas contempladas com rendas reais). 

No final do século XIV, a aldeia possuía já uma Igreja dedicada a Santa Catarina. Junto à Igreja, encontrava-se o Rossio, de uso comunal, onde os moradores costumavam largar o gado e onde se realizava, uma vez por ano, uma feira de grande importância económica, sendo ponto de encontro de mercadores e comerciantes da região no dia de Santa Catarina. Existem também relatos de uma fonte, com o nome de "Fonte Boa" ou "Fonte Santa".

Mais recentemente (século XIX), esta povoação foi retratada pelos escritos de Júlio César Machado, no livro "Serões na Aldeia", já que aí tinha uma casa onde passava os seus tempos livres. Em sua homenagem, a população erigiu-lhe um busto junto à capela local.

A-dos-Ruivos está apenas a uma hora de distância de Lisboa (78km) pela A8, pelo que merece bem um passeio de fim de semana.

Fonte: National Geographic

terça-feira, maio 03, 2022

Os Jeans Femininos Estão na Moda

Saiba que os Jeans Femininos são mais uma das Tendências da Moda de 2022, vendo mais um vídeo da influencer brasileira Luciane Cachinski

Luciane Cachinski é uma influencer e youtuber brasileira que se dedica a transmitir ao público feminino, com um humor peculiar, o que aprendeu sobre moda durante 27 anos. 

Luciane é também proprietária da empresa Corte in Brazil, que fabrica, num pequeno atelier familiar, uma coleção feminina básica em malha. 

Esta tendência realça as calças skinny, as calças jeans retas, o look total em jeans e muito, muito mais...

Ora veja!

segunda-feira, maio 02, 2022

Paul Gauguin: Autorretrato

Paul Gauguin (1848 – 1903) foi um pintor francês do pós-impressionismo.

Gauguin nasceu em Paris e viveu em criança em Lima, no Peru. Quando voltou para o seu país natal, em 1855, Gauguin estudou em Orléans e, aos 17 anos, ingressou na marinha mercante e correu o mundo. Trabalhou em seguida numa corretora de valores parisiense e, em 1873, casou-se com a dinamarquesa Mette Sophie Gad, com quem teve cinco filhos.

Aos 35 anos tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. As primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que conseguiu com a aplicação arbitrária das cores. O pintor partiu depois para o Taiti em busca de novos temas e para se libertar dos condicionamentos da Europa. Numa viagem à Martinica, em 1887, Gauguin passou a renegar o impressionismo e a empreender o "retorno ao princípio", ou seja, à arte primitivista.

Em setembro de 1901, transferiu-se para a ilha Hiva Oa, uma das Ilhas Marquesas, onde veio a falecer, provavelmente devido à sífilis.

domingo, maio 01, 2022

Quem não Trabuca, não Manduca

Olhai que quem quer comer

trabalha, lida, e trabuca;

que quem trabuca manduca

mil vezes ouvi dizer;

mas ociosos viver

e vir comer pão alheio

é um caso muito feio;

coma quem sua e trabalha,

beba quem na eira malha,

ao sol e calma, o centeio.

António Serrão de Castro - "Os Ratos da Inquisição"

Mãe

 MÃE…

São três letras apenas,

As desse nome bendito:

Três letrinhas, nada mais…

E nelas cabe o infinito

E palavra tão pequena

Confessam mesmo os ateus

És do tamanho do céu

E apenas menor do que Deus!


Para louvar a nossa mãe,

Todo bem que se disser

Nunca há de ser tão grande

Como o bem que ela nos quer.


Palavra tão pequenina,

Bem sabem os lábios meus

Que és do tamanho do CÉU

E apenas menor que Deus!

Mario Quintana