Quando o amor morrer dentro de ti,
Caminha para o alto onde haja espaço,
E com o silêncio outrora pressentido
Molda em duas colunas os teus braços.
Relembra a confusão dos pensamentos,
E neles ateia o fogo adormecido
Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido
Espalhou generoso aos quatro ventos.
Aos que passarem dá-lhes o abrigo
E o nocturno calor que se debruça
Sobre as faces brilhantes de soluços.
E se ninguém vier, ergue o sudário
Que mil saudosas lágrimas velaram;
Desfralda na tua alma o inventário
Do templo onde a vida ora de bruços
A Deus e aos sonhos que gelaram. Ruy Cinatti -"Obra Poética"
As imagens captadas pelo famoso fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, deram origem a uma exposição com o título "Génesis", que está patente ao público na Galeria do Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, desde 08 de abril e até 02 de agosto. O último trabalho deste fotógrafo, inclui 245 imagens a preto e branco, de grande formato, captadas entre 2004 e 2011, sobre pessoas e natureza, abordando tanto os flagelos da Humanidade como os lugares intocados pelo Homem.
Assim, Sebastião Salgado esteve nos lugares mais recônditos e desconhecidos da Terra, para os poder fotografar . As fotografias, que têm corrido o mundo em livros e exposições, estão apresentadas em diferentes secções - "Sul do Planeta", "Santuários", "África", "Espaços a Norte" e "Amazónia e Pantanal". Os seus projetos, que duram anos, captam de forma bela o lado humano de uma história global que frequentemente envolve morte, destruição ou decadência. Sebastião Salgado, participou recentemente numa TedTalks (As TedTalks têm como slogan "Ideias que merecem ser espalhadas"), com 18 minutos, onde fala da sua vida, da sua infância, da juventude, da fuga à ditadura, da sua formação em economia e de como se tornou fotógrafo. Sebastião Salgado só enveredou pela fotografia já estava na casa dos 30 anos, mas a fotografia acabou por se tornar numa obsessão. Nesta palestra, ele conta uma história profundamente pessoal de um ofício que quase o matou e mostra fotografias impressionantes do seu último trabalho, "Genesis", que documenta as pessoas e os lugares esquecidos pelo mundo. Este projeto é uma homenagem do fotógrafo à grandiosidade da natureza e em simultâneo um alerta para a fragilidade da Terra.
Nesta TedTalks ele vai contando como a fotografia mudou a sua vida (ou de como a fotografia invadiu a sua vida). Depois continua a falar sobre o seu activismo social, sobre o papel da fotografia nisso, sobre a perda de fé na humanidade, e… muito mais.
Ora veja. Vale mesmo a pena!
Hangzhou é uma linda cidade da China milenária. Hangzhou ou Hancheu é uma cidade da República Popular da China, capital da província de Zhejiang.
É um porto situado no rio Fushun, perto de Xangai. Tem cerca de 6,3 milhões de habitantes. É um centro ferroviário, industrial e turístico importante.
A cidade foi fundada em 606, sendo a capital de vários reinos até à conquista mongol em 1276. Foi reconstruida, retomando a sua prosperidade e atraindo numerosos estrangeiros - árabes, persas e cristãos. Foi quase destruída em 1861 pela rebelião Taiping.
A chegada do caminho-de-ferro em 1909 trouxe-lhe nova prosperidade. Foi ocupada pelo Japão de 1937 a 1945. Hangzhou é também o centro da Área Metropolitana de Hangzhou, que é a quarta maior área metropolitana chinesa. A sua atração turística mais conhecida é o lago Oeste (foi declarado Património da Humanidade, pela Unesco, em 2011). Hangzhou situa-se no delta do rio Yangtzé, na baía de Hangzhou. Está localizada a 180 km a sudoeste de Xangai, que lhe garante poder económico.
Tem sido uma das cidades mais famosas e prósperas da China, devido em parte à sua bela paisagem natural. O lago Oeste (West Lake) é a sua atração mais conhecida. Hangzhou é uma cidade onde o passado e o presente, a tradição e modernidade se entrecruzam.
Para comprovar isto, não deixe de ver, o extraordinário vídeo que se segue. Não perca, porque vale mesmo a pena!
"Fátima Terra de Fé" é um filme português de 1943, que estreou a 2 de Junho no cinema Eden. Argumento:
"Tendo abandonado a família, por incompatibilidade religiosa, o Dr. Silveira instalara-se em Coimbra, onde se dedica aos doentes, baldando-se todos os erforços para uma desejada reconciliação, apesar da intervenção do Dr. Meneses, seu assistente e noivo da filha, Madalena, ou do antigo capelão-mor do solar. Após uma série de adversidades, que o fazem perder a própria cátedra universitária, O Dr. Silveira debate-se entre a fé, a ciência, o orgulho e o amor paterno, quando o filho, José Augusto, é vítima dum acidente de equitação. No espectáculo de Fátima, assistir-se-á ao entrechocar dessas interrogações, e enfim ao milagre"...
(Fonte: José de Matos-Cruz, O Cais do Olhar, 1999, p.68) Intérpretes: Barreto Poeira (Dr. Silveira); Graça Maria (Madalena); Oliveira Martins (Fernando); Maria Alvarez (D. Maria Antónia); Manuel Correia (Frei Manuel); Teresa Gomes (Bárbara); Armando Chagas (José Augusto); Maria Lalande (Mãe de Carlos Manuel); Igrejas Caeiro (Gerente do Hotel). E ainda: António Manuel Lopes; Celeste Leitão; António Palma; Beatriz de Almeida...
A realização é de Jorge Brum do Canto. Ora veja!
Tiago Iorc (1985), é um jovem cantor e compositor "indie" e "folk" brasileiro.
Nasceu em Brasília, mas, saiu do país pela primeira vez com apenas 10 meses de idade, e, ficou até aos 5 anos a viver no Reino Unido.
Ganhou notoriedade musical ao cantar "Scared" num festival de música da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, onde estudava publicidade. No ano seguinte, a música fez parte da banda sonora da novela Duas Caras. A partir daqui viu muitas das suas músicas adoptadas para a banda sonora de algumas importantes novelas da rede Globo.
A música "Nothing But a Song", de 2007, culminou no lançamento do seu primeiro disco "Let Yourself In" - o seu disco de estreia também foi lançado no Japão - onde "Nothing But a Song" chegou à 11ª posição da Billboard Japonesa.
Tiago compõe as suas próprias canções, todas (ou quase todas) em inglês. O cantor refere que assim, consegue expressar-se melhor e passar de forma mais eficaz o real sentimento da música.
O seu segundo disco de estúdio, "Umbilical" foi gravado no Rio de Janeiro e em Nova York, e contou com a produção do norte-americano Andy Chase. Além do Brasil, o disco foi lançado na Coreia do Sul, em Portugal, nos Estados Unidos e no Japão. Em 2013, Tiago lançou o seu novo álbum, "Zeski", do qual foram divulgados como singles "It's a Fluke", "Música Inédita", que conta com a participação da cantora Maria Gadú, e "Forasteiro", com a participação de Silva, além do versão da banda, "Legião Urbana": "Tempo Perdido".
Em 2015, gravou uma versão da canção "What a Wonderful World", como tema de abertura da telenovela "Sete Vidas".
Hoje proponho-lhe que o oiça a cantar em português o tema "Morena". Veja-o, em baixo, no acústico gravado ao vivo no Chiado, em Lisboa, uma versão para "Morena" da banda Los Hermanos.
Aqui ficam três fotos curiosas que mostram como é a fronteira entre alguns países.
A primeira mostra a fronteira entre a Argentina, o Paraguai e o Brasil.
Esta Tríplice Fronteira, é o local do ponto de encontro entre os rios Iguaçu e Paraná.
A segunda mostra a fronteira entre dois dos Países Nórdicos: a Noruega e a Suécia.
Árvores foram retiradas, formando um longo caminho que divide os dois países.
A terceira mostra a fronteira entre o Reino Unido e Espanha, em Gibraltar.
A quarta mostra, mais uma vez, a fronteira entre a Argentina e o Brasil .
Aqui as Cataratas do Iguaçu marcam a fronteira entre o estado do Paraná (Brasil) e a província argentina de Misiones.
A chita de Alcobaça era antigamente usada apenas pela mulheres mais pobres. Como era um tecido modesto, as cores eram vivas e os padrões alegres.
Tem como características a risca larga ao alto, onde predominam alguns temas específicos e muita cor em cada padrão... Os temas mais comuns eram e são os pássaros, as flores, as ânforas, as frutas, os frutos exóticos e as cornucópias.
O nome chita vem do sânscrito Chintz e surgiu na Índia medieval. O Chintz era originariamente um tecido estampado produzido na Índia e bastante popular como roupa de cama e para patchwork.
Por volta do século XV, mercadores portugueses e holandeses trouxeram o chintz para a Europa.
A Chita é, então, um tecido de algodão estampado originário da Índia, que foi inicialmente trazida para a Europa pelos Portugueses, no século XV. Tendo tido grande sucesso nos séculos XVII e XVIII tanto para decoração como para vestuário.
O fabrico do pano de algodão desenvolveu-se desde muito cedo em Portugal, vários testemunhos comprovam a existência, já em 1530, de uma indústria doméstica de tecelagem em Alcobaça.
Desde 1774 e até meados do século XIX, Alcobaça terá mesmo sido considerada como um dos mais importantes centros de manufactura de fiação e tecelagem de tecidos de algodão do país. Nesta altura dá-se também a especialização nos estampados e padrões utilizados na Chita de Alcobaça.
A técnica de estampagem era realizada manualmente através da aplicação de tintas em cunhos ou directamente no tecido.
A arte do oficial estampador era tanto maior quanto ele evitasse os vestígios, no tecido, da repetição do cunho e revelasse cuidado na fixação da cor. A industria da estamparia nacional assumiu uma importante fatia das exportações portuguesas nos séculos XVIII e XIX, predominantemente com destino ao Brasil (onde hoje é também um fenómeno de moda).
A denominada Chita de Alcobaça caracteriza-se pelo recurso a padrões estereotipados muito coloridos de influência Indo-Europeia, que se desenvolvem em riscas largas de decoração variada onde surgem pássaros, aves exóticas, animais, flores, frutas, figuras humanas, cornucópias, ânforas, ninhos e frutos tropicais.
A tradição do tecido estampado de Alcobaça, fortemente arreigada no imaginário colectivo, permanece nos dias de hoje representada no tradicional Baile e Concurso de Chitas, realizado anualmente na praia de São Martinho do Porto, no concelho de Alcobaça. Ganha nova vida nas mãos de exímias artesãs e designers que criam novas aplicações para este tão característico produto nacional.
Os famosos tecidos que estiveram esquecidos durante algum tempo, estiveram em exposição na Galeria de Exposições Temporárias do Mosteiro de Alcobaça.
A exposição pretendia divulgar as chitas de Alcobaça, cujo aparecimento terá surgido através de uma Fábrica de Lençaria situada nas imediações da ala sul do Mosteiro de Alcobaça, junto ao então Colégio de Nossa Senhora da Conceição.
A exposição permitiu dar a conhecer o acervo de chitas da Casa Museu Vieira Natividade e exemplares do Museu Nacional do Traje e também de coleções particulares.
Digam lá que não ficaram curiosos...
Venham daí conhecer melhor chitas de Alcobaça . Não percan este vídeo!