O gigante norte-americano Google, criou um site em que é possível ver mais de mil obras de arte.
Esta empresa fez um acordo com 17 dos mais importantes museus do Mundo e criou um site através do qual é possível ter acesso a 1062 imagens de obras de arte em alta resolução, como são os casos de "Ronda da Noite", de Rembrandt, ou "Nascimento de Vénus", de Botticelli, que se encontram, respectivamente, no Rijksmuseum de Amesterdão e na Galeria Uffizi, em Florença.
Clicando aqui, é possível visitar virtualmente museus de nove países. O "Art Project", assim se denomina esta iniciativa, permite aceder a criações de 486 artistas.
O projecto resulta de ano e meio de trabalho, durante o qual um pequeno veículo equipado com a tecnologia 360º do recurso "Street View", também da Google, registou imagens no interior de inúmeras galerias, proporcionando ao utilizador uma navegação fluida por mais de 300 salas.
Ao fornecer imagens em alta resolução, o site permite aos apreciadores de arte, sobretudo da pintura, ver pequenos detalhes em obras que, possivelmente, nunca tinham visto. Cite-se, a propósito, as pessoas em miniatura que aparecem no rio, no quadro de El Greco "Vista de Toledo", peça que está no Metropolitan, em Nova Iorque.
O utilizador pode ainda criar a sua própria colecção de arte, guardando as perspectivas que mais lhe interessam entre as obras que estão disponíveis. É uma opção que se torna também importante para estudantes ou grupos trabalharem em projectos ou colecções. Com este novo site, qualquer pessoa, em qualquer parte do Mundo, pode ter acesso à história e aos artistas que estão na origem das diversas obras expostas.
Só por curiosidade, refira-se que Espanha tem dois museus que aderiram ao projecto, mas nenhum deles é o Prado. Estão o Rainha Sofia e o Thyssen-Bornemisza.
Cada um dos 17 museus envolvidos escolheu uma obra para mostrar ao mais ínfimo pormenor, através de uma tecnologia fotográfica de super-resolução. Cada imagem contém sensivelmente 14 mil milhões de píxels, que permitem estudar aspectos que não são possíveis de apanhar à vista desarmada. Tal sucede em obras como "Retrato do mercador George Gisze", da autoria de Hans Holbein, o Jovem.
Não perca. Este site vale a pena uma visita!!!
sábado, março 12, 2011
sexta-feira, março 11, 2011
600 aninhos
Para comemorar os 600 anos do relógio astronómico de Praga, o projecto "The Macula" apresentou um magnífico espectáculo de projecção de luz e som que contou a história do relógio ao longo dos anos.
É um espectáculo que é um obra prima. Este evento realizou-se na praça velha do centro de Praga com o objectivo de comemorar os 600 anos de outra espantosa obra prima:o relógio astronómico existente na velha torre daquela cidade.
Não perca!
The 600 Years from the macula on Vimeo.
quinta-feira, março 10, 2011
Verdade
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
Carlos Drummond de Andrade
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, março 09, 2011
Religiões
A palavra Religião designa um conjunto de crenças sobre as causas, a natureza e a finalidade da vida e do universo. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida.
A palavra religião é, por vezes, usada como sinónimo de fé ou crença. Mas a religião difere da crença pessoal na medida em que tem um aspecto público. A maioria das religiões tem comportamentos organizados, incluindo as congregações para a oração, as hierarquias sacerdotais, os lugares sagrados, e/ou escrituras.
Alguns académicos que estudam o assunto dividiram as religiões em três grandes categorias: as religiões mundiais (um termo que se refere às crenças transculturais e internacionais), as religiões indígenas (que são grupos religiosos menores e específicos de uma determinada cultura), e os novos movimentos religiosos (que são as crenças recentemente desenvolvidas).
O desenvolvimento da religião assumiu diferentes formas em diferentes culturas. Algumas religiões colocam maior ênfase na crença, enquanto outras enfatizam a prática. Algumas religiões focam-se na experiência subjetiva do indivíduo religioso, enquanto outras consideram as atividades da comunidade como mais importantes. Algumas religiões afirmam ser universais, acreditando que as suas leis e cosmologia são obrigatórias para todos, enquanto outras se destinam a serem praticadas apenas por um grupo localizado.
A religião muitas vezes faz uso da música, da meditação e da arte. Em muitos lugares tem sido associada a instituições públicas (de educação, da família, do governo, do poder e da política).
A idéia de religião contempla, com muita frequência, a existência de seres superiores que teriam influência ou poder de decisão no destino humano. Esses seres são principalmente deuses, que ficam no topo de um sistema que pode incluir várias categorias: anjos, demónios, semideuses, etc.
Se quiser aprofundar o assunto, clique aqui. Poderá desfrutar de 5.000 anos de religião em 90 segundos. A geografia da fé, a cronologia e o significado espacial das principais religiões e as suas guerras através da história, ficarão assim, ao seu dispôr.
A palavra religião é, por vezes, usada como sinónimo de fé ou crença. Mas a religião difere da crença pessoal na medida em que tem um aspecto público. A maioria das religiões tem comportamentos organizados, incluindo as congregações para a oração, as hierarquias sacerdotais, os lugares sagrados, e/ou escrituras.
Alguns académicos que estudam o assunto dividiram as religiões em três grandes categorias: as religiões mundiais (um termo que se refere às crenças transculturais e internacionais), as religiões indígenas (que são grupos religiosos menores e específicos de uma determinada cultura), e os novos movimentos religiosos (que são as crenças recentemente desenvolvidas).
O desenvolvimento da religião assumiu diferentes formas em diferentes culturas. Algumas religiões colocam maior ênfase na crença, enquanto outras enfatizam a prática. Algumas religiões focam-se na experiência subjetiva do indivíduo religioso, enquanto outras consideram as atividades da comunidade como mais importantes. Algumas religiões afirmam ser universais, acreditando que as suas leis e cosmologia são obrigatórias para todos, enquanto outras se destinam a serem praticadas apenas por um grupo localizado.
A religião muitas vezes faz uso da música, da meditação e da arte. Em muitos lugares tem sido associada a instituições públicas (de educação, da família, do governo, do poder e da política).
A idéia de religião contempla, com muita frequência, a existência de seres superiores que teriam influência ou poder de decisão no destino humano. Esses seres são principalmente deuses, que ficam no topo de um sistema que pode incluir várias categorias: anjos, demónios, semideuses, etc.
Se quiser aprofundar o assunto, clique aqui. Poderá desfrutar de 5.000 anos de religião em 90 segundos. A geografia da fé, a cronologia e o significado espacial das principais religiões e as suas guerras através da história, ficarão assim, ao seu dispôr.
terça-feira, março 08, 2011
Carmen e as Marchinhas
Hoje é carnaval e Dia Internacional da Mulher. Não poderia, por isso, deixar de falar de uma mulher de origem portuguesa que é uma referência no Brasil e no seu carnaval, considerado um dos melhores do mundo.
Carmen Miranda (Marco de Canaveses- Portugal, 9 de fevereiro de 1909 — Beverly Hills, 5 de agosto de 1955), foi uma cantora e atriz luso-brasileira. A sua carreira artística decorreu no Brasil e nos Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou na rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. O estilo eclético fez com que fosse considerada uma precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960.
Ao carnaval, a maior festa popular do Brasil, estão associadas músicas como o samba e as marchinhas!
Mais até do que o samba, a marcha é reconhecida como a música de carnaval, por excelência, no Brasil. No seu período áureo, que se estendeu dos anos 20 aos anos 60, foi a responsável por algumas das canções mais populares do país. As marchas conseguiram, então, reunir um grupo de compositores considerados alguns dos mais importantes nomes da música popular brasileira. De Chiquinha Gonzaga, a Moraes Moreira, passando por Noel Rosa, João de Barro, Ary Barroso, Lamartine Babo e Mário Lago, muitos foram os que se esmeraram ano após ano para serem os autores da música que o público passaria cantando durante os quatro dias de folia.
As marchinhas reinaram na música brasileira a partir da década de 30. As vozes mais importantes que as tornaram conhecidas foram: Carmen Miranda, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Black-Out. Entre os confetis, os lança-perfume e as serpentinas, eram eles que entoavam as músicas dos compositores brasileiros mais importantes.
Com a chegada dos anos 60, a popularização dos desfiles de carnaval marcou o início da ascensão do samba-enredo e o declínio das marchinhas e dos blocos. José Roberto Kelly foi um dos últimos compositores que brilharam no género, com as famosas marchas: a Cabeleira do Zezé e a Mulata Iê-Iê-Iê.
Se tiver oportunidade não deixe de relambrar algumas marchinhas que ficaram célebres na voz de Carmen Miranda: Taí (Joubert de Carvalho); Mamãe Eu Quero (Jararaca e Vicente Paiva) e Eu Dei (Ary Barroso).
Entretanto, sugiro-lhe que veja Carmen Miranda a cantar O QUE É QUE A BAIANA TEM.
Este é um documento muito raro. É o único segmento que sobrou do filme "Banana da Terra" (1939). Nada mais sobreviveu ao tempo. Esta foi a primeira vez em que Carmen Miranda apareceu vestida de baiana num filme. Os americanos não a tinham "descoberto" ainda. O número original é mais curto. Este foi editado. Aproveitem!
Carmen Miranda (Marco de Canaveses- Portugal, 9 de fevereiro de 1909 — Beverly Hills, 5 de agosto de 1955), foi uma cantora e atriz luso-brasileira. A sua carreira artística decorreu no Brasil e nos Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou na rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. O estilo eclético fez com que fosse considerada uma precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960.
Ao carnaval, a maior festa popular do Brasil, estão associadas músicas como o samba e as marchinhas!
Mais até do que o samba, a marcha é reconhecida como a música de carnaval, por excelência, no Brasil. No seu período áureo, que se estendeu dos anos 20 aos anos 60, foi a responsável por algumas das canções mais populares do país. As marchas conseguiram, então, reunir um grupo de compositores considerados alguns dos mais importantes nomes da música popular brasileira. De Chiquinha Gonzaga, a Moraes Moreira, passando por Noel Rosa, João de Barro, Ary Barroso, Lamartine Babo e Mário Lago, muitos foram os que se esmeraram ano após ano para serem os autores da música que o público passaria cantando durante os quatro dias de folia.
As marchinhas reinaram na música brasileira a partir da década de 30. As vozes mais importantes que as tornaram conhecidas foram: Carmen Miranda, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Black-Out. Entre os confetis, os lança-perfume e as serpentinas, eram eles que entoavam as músicas dos compositores brasileiros mais importantes.
Com a chegada dos anos 60, a popularização dos desfiles de carnaval marcou o início da ascensão do samba-enredo e o declínio das marchinhas e dos blocos. José Roberto Kelly foi um dos últimos compositores que brilharam no género, com as famosas marchas: a Cabeleira do Zezé e a Mulata Iê-Iê-Iê.
Se tiver oportunidade não deixe de relambrar algumas marchinhas que ficaram célebres na voz de Carmen Miranda: Taí (Joubert de Carvalho); Mamãe Eu Quero (Jararaca e Vicente Paiva) e Eu Dei (Ary Barroso).
Entretanto, sugiro-lhe que veja Carmen Miranda a cantar O QUE É QUE A BAIANA TEM.
Este é um documento muito raro. É o único segmento que sobrou do filme "Banana da Terra" (1939). Nada mais sobreviveu ao tempo. Esta foi a primeira vez em que Carmen Miranda apareceu vestida de baiana num filme. Os americanos não a tinham "descoberto" ainda. O número original é mais curto. Este foi editado. Aproveitem!
segunda-feira, março 07, 2011
Os 4 Sentidos
Um casal, dois filhos, problemas de visão e vinte cinco anos de casamento. Estes foram os ingredientes para o belíssimo filme publicitário espanhol, da Campofrío, que lhe proponho que veja.
O filme foi feito com imensa delicadeza e bom gosto, conseguindo transmitir ternura e amor sem nunca perder de vista os objectivos pretendidos.
Não desperdice esta oportunidade. Olhe que vale a pena!
domingo, março 06, 2011
Imperdível
João Villaret foi um grande ator e um inigualável declamador português. Enchia salas de espetáculos declamando poesia e falando de poetas, sem nunca olhar para um papel.
Como "declamador", criou um estilo inimitável de recitação poética.
Morreu no dia 21 de Janeiro de 1961, há 50 anos, portanto.
Alguém se lembrou de criar um site dedicado a este excelente ator. Conta ainda com pouca coisa, mas que merece ser visitado e, claro, ouvido. Sugiro, para começar, alguns poemas curtinhos. Mas, claro, ouvi-los todos é fantástico.
Não deixe de apreciar o seu estilo inconfundível em a Adivinha, a Balada da Neve, o Fado Falado, a Liberdade, ou O menino de sua Mãe. Mas, também no fantástico, Cântico Negro. Consta que após a declamação deste poema, no Teatro de S. Luís, recebeu uma ovação ininterrupta de perto de 30 minutos, que constitui ainda hoje um record nacional em qualquer tipo de espectáculo.
Se quiser visitar o site que o homenageia clique aqui.
Entretanto ouça-o dizendo de sua autoria, "Recado a Lisboa", acompanhado por belas imagens desta cidade.
Como "declamador", criou um estilo inimitável de recitação poética.
Morreu no dia 21 de Janeiro de 1961, há 50 anos, portanto.
Alguém se lembrou de criar um site dedicado a este excelente ator. Conta ainda com pouca coisa, mas que merece ser visitado e, claro, ouvido. Sugiro, para começar, alguns poemas curtinhos. Mas, claro, ouvi-los todos é fantástico.
Não deixe de apreciar o seu estilo inconfundível em a Adivinha, a Balada da Neve, o Fado Falado, a Liberdade, ou O menino de sua Mãe. Mas, também no fantástico, Cântico Negro. Consta que após a declamação deste poema, no Teatro de S. Luís, recebeu uma ovação ininterrupta de perto de 30 minutos, que constitui ainda hoje um record nacional em qualquer tipo de espectáculo.
Se quiser visitar o site que o homenageia clique aqui.
Entretanto ouça-o dizendo de sua autoria, "Recado a Lisboa", acompanhado por belas imagens desta cidade.
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