Completam-se hoje 40 anos sobre os trágicos acontecimentos do 27 de maio de 1977, em Angola.
Para que não caia no esquecimento, a memória, a recordação e a saudade do meu irmão, Rui Coelho.
Cobardemente assassinado, foi uma, dos milhares de vítimas, desta tragédia.
Tinha 25 anos. Da sua execução não se sabem local, data ou circunstâncias.
Não teve direito a qualquer tipo de julgamento ou defesa. Não se conhecem termos de acusação: Qualquer tipo de pseudo confissão, a existir, foi arrancada sob coacção e tortura.
Rui Coelho nem sequer estava em Angola por alturas do 27 de Maio de 1977. O seu assassinato aconteceu porquê? Para quê?
Violência? Terror? Ameaça? Atentado à vida e aos Direitos Humanos? Ou tudo isso junto?
Será demasiado querer saber porque morreu, e como morreu, o meu irmão?
O Rui Coelho nunca, fosse de que forma fosse, atentou contra a vida de ninguém. Não foi acusado de nenhum ato violento ou crime de sangue.
Queremos resgatar a sua memória e o seu bom nome. Queremos ter acesso aos seus restos mortais para que a família possa cumprir o luto e dar-lhe um enterro digno.
A dor, essa, permanecerá para sempre!
• Uma vida curta, precocemente interrompida, ceifada de forma cruel, cobarde, contrariando todos os princípios dos Direitos Humanos.
• Um crime tão absurdo como repugnante que roubou a vida a um jovem de 25 anos que nunca chegou a poder conhecer e acariciar o seu filho.
• Um jovem generoso e idealista, que lutou por um mundo mais justo e melhor, defendendo as ideias em que acreditava.
- E convido a ver algumas imagens de um filme-projecto de documentário que está a ser realizado pelo me sobrinho (e sobrinho do Zeca!) Rafael Coelho:
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