O Aeroporto Internacional de Incheon é o maior aeroporto da Coreia do Sul e um dos maiores e mais movimentados do mundo. Está localizado a 30 minutos de Seul, capital e maior cidade da Coreia do Sul.
O aeroporto entrou em funcionamento no início de 2001, substituindo o antigo Aeroporto Internacional de Gimpo, que agora serve apenas para voos domésticos.
Desde 2005, tem sido consecutivamente classificado como o melhor aeroporto do mundo pelo Conselho Internacional dos Aeroportos.
Já recebeu um total de 5 estrelas no ranking da Skytrax. Este prestigiado reconhecimento só é compartilhado pelo Aeroporto Internacional de Hong Kong e pelo Aeroporto de Singapura.
Entre muitas características únicas, o Aeroporto Internacional de Incheon conta com um campo de golfe, um spa, dormitórios privativos, um casino e jardins interiores.
No ano de 2006, era o sexto aeroporto mais movimentado da Ásia em termos de passageiros, o quinto mais movimentado do mundo no que se refere a cargas e mercadorias, bem como o décimo primeiro mais movimentado no que se refere a passageiros internacionais.
sábado, fevereiro 17, 2018
sexta-feira, fevereiro 16, 2018
O Samba da Matrafona
Oiça o Samba da Matrafona com Susana Félix, Zeca Pagodinho e Emicida.
O Samba da Matrafona, música que celebra o Carnaval de Torres Vedras, fez um enorme sucesso neste Carnaval porque espelha o sentimento, a emoção e no fundo a alegria do Carnaval de Torres.
Esta música explica de forma espetacular o que é a Matrafona do Carnaval de Torres Vedras.
As matrafonas (homens vestidos de mulher) desfilam no Carnaval de Torres Vedras, participando no Desfile das Matrafonas ou passeando nos espaços livres entre os carros alegóricos. O seu aspeto caricato diverte o público que muitas vezes exclama: "aquele é mesmo uma grande matrafona"!
Se quiser ficar a saber um pouco mais sobre este assunto, basta clicar aqui.
O Samba da Matrafona, música que celebra o Carnaval de Torres Vedras, fez um enorme sucesso neste Carnaval porque espelha o sentimento, a emoção e no fundo a alegria do Carnaval de Torres.
Esta música explica de forma espetacular o que é a Matrafona do Carnaval de Torres Vedras.
As matrafonas (homens vestidos de mulher) desfilam no Carnaval de Torres Vedras, participando no Desfile das Matrafonas ou passeando nos espaços livres entre os carros alegóricos. O seu aspeto caricato diverte o público que muitas vezes exclama: "aquele é mesmo uma grande matrafona"!
Se quiser ficar a saber um pouco mais sobre este assunto, basta clicar aqui.
quinta-feira, fevereiro 15, 2018
A Maior Palmeira do Mundo: A Corypha umbraculifera
A Corypha umbraculifera é uma palmeira nativa do sul da Índia e do Sri Lanka. É uma das maiores espécies de palmeiras do mundo, podendo chegar até aos 25 metros e as suas folhas chegam a atingir os 5 m.
Possui a maior inflorescência do reino vegetal atingindo de 6 a 8 m de comprimento. A Corypha umbraculifera floresce apenas uma vez na sua vida, entre os 30 e os 80 anos de idade e leva cerca de um ano para que os frutos amadureçam.
Espécie rara, apresenta desenvolvimento moderado e foi muito utilizada por Roberto Burle Marx nos seus projetos na cidade do Rio de Janeiro, onde alguns exemplares já floresceram.
Apresenta um grande potencial paisagístico desde a sua fase jovem, podendo ser empregada com sucesso em grande jardins, quer como planta isolada quer em grupo.
Possui a maior inflorescência do reino vegetal atingindo de 6 a 8 m de comprimento. A Corypha umbraculifera floresce apenas uma vez na sua vida, entre os 30 e os 80 anos de idade e leva cerca de um ano para que os frutos amadureçam.
Espécie rara, apresenta desenvolvimento moderado e foi muito utilizada por Roberto Burle Marx nos seus projetos na cidade do Rio de Janeiro, onde alguns exemplares já floresceram.
Apresenta um grande potencial paisagístico desde a sua fase jovem, podendo ser empregada com sucesso em grande jardins, quer como planta isolada quer em grupo.
quarta-feira, fevereiro 14, 2018
Poema de Amor
Se te pedirem, amor, se te pedirem
que contes a velha história
da nau que partiu
e se perdeu,
não contes, amor, não contes
que o mar és tu
e a nau sou eu.
E se pedirem, amor, e se pedirem
que contes a velha fábula
do lobo que matou o cordeiro
e lhe roeu as entranhas,
não contes, amor, não contes
que o lobo é a minha carne
e o cordeiro a minha estrela
que sempre tu conheceste
e te guiou — mal ou bem.
Depois, sabes, estou enjoado
desta farsa.
Histórias, fábulas, amores
tudo me corre os ouvidos
a fugir.
Sou o guerreiro sem forças
para erguer a sua espada,
sou o piloto do barco
que a tempestade afundou.
Não contes, amor, não contes
que eu tenho a alma sem luz.
...Quero-me só, a sofrer e arrastar
a minha cruz.
Fernando Namora, "Relevos"
que contes a velha história
da nau que partiu
e se perdeu,
não contes, amor, não contes
que o mar és tu
e a nau sou eu.
E se pedirem, amor, e se pedirem
que contes a velha fábula
do lobo que matou o cordeiro
e lhe roeu as entranhas,
não contes, amor, não contes
que o lobo é a minha carne
e o cordeiro a minha estrela
que sempre tu conheceste
e te guiou — mal ou bem.
Depois, sabes, estou enjoado
desta farsa.
Histórias, fábulas, amores
tudo me corre os ouvidos
a fugir.
Sou o guerreiro sem forças
para erguer a sua espada,
sou o piloto do barco
que a tempestade afundou.
Não contes, amor, não contes
que eu tenho a alma sem luz.
...Quero-me só, a sofrer e arrastar
a minha cruz.
Fernando Namora, "Relevos"
Amor de Carnaval (Decisão)
Oiça a música Amor de Carnaval (Decisão) do brasileiro Gilberto Gil.
Eu não quero mais chorar
Por causa de um amor qualquer
Minha dor tem que acabar
No carnaval, se deus quiser
Faz um ano deste amor
Esperei até cansar
Carnaval me trouxe a dor
Carnaval tem que levar
terça-feira, fevereiro 13, 2018
Caretos e Xé-Xés ou o Carnaval em Portugal
Os Caretos de Podence ou de Lazarim são alguns dos exemplos das comemorações do Entrudo nas áreas rurais do nosso país. É o chamado Entrudo Chocalheiro.
A origem desta tradição perde-se no tempo, sendo partilhada por outros locais em Trás-os-Montes e na Serra da Lousã .
Ó entrudo Ó entrudo
Ó entrudo chocalheiro
Que não deixas assentar
as mocinhas ao soalheiro
Eu quero ir para o monte
Eu quero ir para o monte
Que no monte é qu'eu estou bem
Que no monte é qu'eu estou bem
Eu quero ir para o monte
Eu quero ir para o monte
Onde não veja ninguém
Que no monte é qu'eu estou bem
Estas casa são caiadas
Estas casa são caiadas
Quem seria a caiadeira
Quem seria a caiadeira
Foi o noivo mais a noiva
Foi o noivo mais a noiva
Com um ramo de laranjeira
Quem seria a caiadeira
Malpica, Beira-baixa (Moda Popular) - José Afonso
Nas áreas urbanas, nomeadamente na cidade de Lisboa, no passado, os cortejos ou corsos, constituídos por carros ornamentados, percorriam as principais artérias da Baixa – Avenida da Liberdade, Rossio, Chiado – seguidos pelos foliões e por figuras populares como: a "velha de capote e lenço" – sátira à moda do século XIX - o "janota”, o "galego" e o "Xé-Xé" que foi uma das principais personagens do Carnaval até cerca de 1910. Chamavam-lhe também Salsa, Peralta ou Pisa-flores. Era uma caricatura da Lisboa (Miguelista) do século XVIII.
O Xé-Xé usava uma casaca colorida com punhos de renda, sapatos de fivela, cabeleira de estopa, um enorme bicorne, luneta de vidro e bastão ornado de um chavelho. Empunhava um facalhão de madeira e papel prateado com o qual ia ameaçando: "Arreda.que te espeto"
Os bailes de máscaras, os assaltos e os corsos, eram espectáculos reservados à burguesia, que se adornava para passear na Avenida da Liberdade e subir o Chiado, em caleche ou em carro alegórico, decorados de forma vistosa e imaginativa.
Estes dois tipos de Carnaval mantiveram-se em Portugal até aos dias de hoje, embora se tenham adaptado aos tempos modernos e sofrido influências de outros países, nomeadamente do Brasil.
Foram os portugueses que levaram o Carnaval para o Brasil (e para outros países lusófonos) e hoje somos nós que vamos buscar a este país, algumas ideias para o nosso Carnaval.
A origem desta tradição perde-se no tempo, sendo partilhada por outros locais em Trás-os-Montes e na Serra da Lousã .
Ó entrudo Ó entrudo
Ó entrudo chocalheiro
Que não deixas assentar
as mocinhas ao soalheiro
Eu quero ir para o monte
Eu quero ir para o monte
Que no monte é qu'eu estou bem
Que no monte é qu'eu estou bem
Eu quero ir para o monte
Eu quero ir para o monte
Onde não veja ninguém
Que no monte é qu'eu estou bem
Estas casa são caiadas
Estas casa são caiadas
Quem seria a caiadeira
Quem seria a caiadeira
Foi o noivo mais a noiva
Foi o noivo mais a noiva
Com um ramo de laranjeira
Quem seria a caiadeira
Malpica, Beira-baixa (Moda Popular) - José Afonso
Nas áreas urbanas, nomeadamente na cidade de Lisboa, no passado, os cortejos ou corsos, constituídos por carros ornamentados, percorriam as principais artérias da Baixa – Avenida da Liberdade, Rossio, Chiado – seguidos pelos foliões e por figuras populares como: a "velha de capote e lenço" – sátira à moda do século XIX - o "janota”, o "galego" e o "Xé-Xé" que foi uma das principais personagens do Carnaval até cerca de 1910. Chamavam-lhe também Salsa, Peralta ou Pisa-flores. Era uma caricatura da Lisboa (Miguelista) do século XVIII.
O Xé-Xé usava uma casaca colorida com punhos de renda, sapatos de fivela, cabeleira de estopa, um enorme bicorne, luneta de vidro e bastão ornado de um chavelho. Empunhava um facalhão de madeira e papel prateado com o qual ia ameaçando: "Arreda.que te espeto"
Os bailes de máscaras, os assaltos e os corsos, eram espectáculos reservados à burguesia, que se adornava para passear na Avenida da Liberdade e subir o Chiado, em caleche ou em carro alegórico, decorados de forma vistosa e imaginativa.
Estes dois tipos de Carnaval mantiveram-se em Portugal até aos dias de hoje, embora se tenham adaptado aos tempos modernos e sofrido influências de outros países, nomeadamente do Brasil.
Foram os portugueses que levaram o Carnaval para o Brasil (e para outros países lusófonos) e hoje somos nós que vamos buscar a este país, algumas ideias para o nosso Carnaval.
segunda-feira, fevereiro 12, 2018
O Carnaval em Portugal no Século XVIII
Carl Israel Ruders (nomeado capelão da legação da Suécia junto da corte de Lisboa em 1798), no livro Viagem Em Portugal, 1798 - 1802, descreve assim o Carnaval no nosso país, no final do século XVIII e início do século XIX:
(...) Quando se aproxima um tão longo período de mortificação, como a Quaresma, toda a gente procura, nos derradeiros dias, alegrar o espírito com divertimentos vários.
Os bailes e as reuniões são então frequentes entre as famílias, principalmente nos últimos três dias, que constituem o verdadeiro Carnaval. A maneira, porém, como ele se celebra ao ar livre é para surpreender os estranhos. Lançar água pelas janelas tinha eu já visto muitas vezes, mas nunca imaginei que houvesse uma época no ano em que se empregasse tanta diligência e boa vontade para, de propósito, molhar a gente que passa. A mim mesmo e a um outro estrangeiro, no dia da Candelária (2 de fevereiro), não houve casa donde não nos atirassem água.
Em vão fugíamos para o meio da rua; ficávamos igualmente expostos, porque se empregam seringas para essa desagradável operação.
Não éramos nós, porém, as únicas vítimas. Todas as pessoas bem vestidas são tratadas da mesma maneira...pelas damas. Algumas atiram pós, ervilhas, tremoços, cascas de laranjas e de limões sobre os cavalheiros que passam.
As pessoas mal trajadas, esas ficam por conta do rapazio das ruas, que se incumbe de os salpicar de lama e de lhes enfarruscar a cara com sarranho ou fuligem. Muitos garotos trazem cordas que enlaçam as pernas da gente fazendo-a cair. Das esguichadelas de água nem as tropas da guarnição são poupadas; a maior porção porém é consagrada aos oficiais e aos músicos dos regimentos. (...) A populaça amarra os cães e prende-lhes caçarolas velhas, panelas, funis, mil coisas, enfim.
Festejos de Carnaval, Rua Garrett. Vê-se a carruagem com a rainha D. Amélia, 189.., |
Os pobres animais, que fogem angustiados com todas essas quinquilharias a enrodilharem-se-lhes nas pernas, arrastando-os e açulando-os, passam entre a vozearia e as pedradas da multidão, que mais aumentam o seu terror e desespero.
Às noites, foguetes e buscapés fuzilam no ar, enxameando entre as seges e os peões.
Quando aparece algum infeliz levando , sem o saber, qualquer farrapo ou tira de papel que, sub-repticiamente, lhe colaram nas costas, rompem gritos e palmas de todos os lados: "Rabo leva! Rabo leva!". Das seringadelas nem mesmo a gente se livra à janela de casa, porque os que moram nos andares mais altos esguicham os que estão por baixo, e estes repelem o ataque pelo mesmo processo. Toda esta brincadeira é uma espécie de galantaria, contra a qual não deve insurgir-se quem não quiser ser tido na conta de estrangeiro ordinário e grosseirão. Por este motivo, as vítimas costumam tirar o chapéu e cumprimentar as senhoras que mais copiosamente os encharcaram. Nesses dias há um tal excesso de serviço para os aguadeiros, que não há momento em que se não vejam, rua abaixo, rua acima, na faina incruenta de encher as talhas, sempre vazias, dos fregueses.
Os guardas da polícia são as únicas pessoas que nesta ocasião não admitem brincadeiras.(...)
Na quarta-feira que antecede o domingo de Laetare , por volta das onze horas da noite, saem procissões organizadas por particulares, em que o espiritual não tem nada que ver.
Em sinal de regozijo por verem passada metade da Quaresma, percorrem as ruas com uma figura representando uma velha zarolha, muito velha e condenada a perder o único olho que lhe resta. Essas procissões, que se realizam à luz de archotes, são mais ou menos sumptuosas.
Tomam parte nela peões e cavaleiros. Vi-a passar de uma das minhas janelas e não posso negar que apresentava, à luz dos archotes, um aspecto muito belo e imponente. (...)
domingo, fevereiro 11, 2018
Um Homem e o seu Carnaval
Deus me abandonou
no meio da orgia
entre uma baiana e uma egípcia.
Estou perdido.
Sem olhos, sem boca
sem dimensão.
As fitas, as cores, os barulhos
passam por mim de raspão.
Pobre poesia.
O pandeiro bate
É dentro do peito
mas ninguém percebe.
Estou lívido, gago.
Eternas namoradas
riem para mim
demonstrando os corpos,
os dentes.
Impossível perdoá-las,
sequer esquecê-las.
Deus me abandonou
no meio do rio.
Estou me afogando
peixes sulfúreos
ondas de éter
curvas curvas curvas
bandeiras de préstitos
pneus silenciosos
grandes abraços largos espaços
eternamente.
Carlos Drummond de Andrade - Brejo das Almas, 1934
no meio da orgia
entre uma baiana e uma egípcia.
Estou perdido.
Sem olhos, sem boca
sem dimensão.
As fitas, as cores, os barulhos
passam por mim de raspão.
Pobre poesia.
O pandeiro bate
É dentro do peito
mas ninguém percebe.
Estou lívido, gago.
Eternas namoradas
riem para mim
demonstrando os corpos,
os dentes.
Impossível perdoá-las,
sequer esquecê-las.
Deus me abandonou
no meio do rio.
Estou me afogando
peixes sulfúreos
ondas de éter
curvas curvas curvas
bandeiras de préstitos
pneus silenciosos
grandes abraços largos espaços
eternamente.
Carlos Drummond de Andrade - Brejo das Almas, 1934
Subscrever:
Mensagens (Atom)