sábado, outubro 13, 2018

Rua das Cruzes da Sé

Rua das Cruzes da Sé, 13-15, em Lisboa.
Esta fachada ao lado da Sé está coberta de azulejos criados em 1918. Trata-se de uma antiga fábrica que produzia balanças, e por isso os painéis são alusivos ao ofício.

sexta-feira, outubro 12, 2018

A Loucura dos Homens


Sugiro-lhe que veja a excelente apresentação que se segue: "A Loucura dos Homens".
A Loucura dos Homens põe-nos a refletir e a dar razão ao índio apache Gerónimo.

quinta-feira, outubro 11, 2018

Portugal Aos Olhos De Uma Brasileira

 Vale a pena ler a crónica de Ruth Manus: "Portugal Aos Olhos De Uma Brasileira".
Ruth Manus, é advogada e professora universitária e escreve num blogue num Jornal de S. Paulo. E escreveu isto sobre Portugal, num texto que deve ser (é !) um orgulho lermos:

"Dentre as coisas que mais detesto, duas podem ser destacadas:
Ingratidão e pessimismo.
Sou incuravelmente grata e otimista e, comemorando quase 2 anos em Lisboa, sinto que devo a Portugal o reconhecimento de coisas incríveis que existem aqui, embora me pareça que muitos nem percebam.
Não estou dizendo que Portugal seja perfeito.
Nenhum lugar é.
Nem os portugueses são, nem os brasileiros, nem os alemães, nem ninguém.
Mas para olharmos defeitos e pontos negativos basta abrir qualquer jornal, como fazemos diariamente.
Mas acredito que Portugal tenha certas características nas quais o mundo inteiro deveria inspirar-se.
Para começo de conversa, o mundo deveria aprender a cozinhar com os portugueses.
Os franceses aprenderiam que aqueles pratos com porções minúsculas não alegram ninguém.
Os alemães descobririam outros acompanhamentos além da batata.
Os ingleses aprenderiam tudo do zero.
Bacalhau e pastel de nata ?
Não.
Estamos falando de muito mais.
Arroz de pato, arroz de polvo, alheira, peixe fresco grelhado, ameijoas, plumas de porco preto, grelos salteados, arroz de tomate, baba de camelo, arroz doce, bolo de bolacha, ovos moles.
Mais do que isso, o mundo deveria aprender a se relacionar com a terra como os portugueses se relacionam.
Conhecer a época das cerejas, das castanhas e da vindima.
Saber que o porco é alentejano, que o vinho do Porto é do Douro.
Talvez o pequeno território permita que os portugueses conheçam melhor o trajeto dos alimentos até a sua mesa, diferente do que ocorre, por exemplo, no Brasil.
O mundo deveria saber ligar a terra à família e à história como os portugueses.
A história da quinta do avô, as origens transmontanas da família, as receitas típicas da aldeia onde nasceu a avó.
O mundo não deveria deixar o passado escoar tão rapidamente por entre os dedos.
E se alguns dizem que Portugal vive do passado, eu tenho certeza de que é isso o que os faz ter raízes tão fundas e fortes.
O mundo deveria ter o balanço entre a rigidez e a afeto que têm os portugueses.
De nada adiantam a simpatia e o carisma brasileiros se eles nos impedem de agir com a seriedade e a firmeza que determinados assuntos exigem.
O deputado Jair Bolsonaro, que defende ideias piores que as de Donald Trump, emergiu como piada e hoje se fortalece como descuido no nosso cenário político.
Nem Bolsonaro nem Trump passariam em Portugal .
Os portugueses - de direita ou de esquerda - não riem desse tipo de figura, nem permitem que elas floresçam.
Ao mesmo tempo, de nada adianta o rigor japonês que acaba em suicídio, nem a frieza nórdica que resulta na ausência de vínculos.
Os portugueses são dos poucos povos que sabem dosar rigidez e afeto, acidez e doçura, buscando sempre a medida correta de cada elemento, ainda que de forma inconsciente.
Todo país do mundo deveria ter uma data como o 25 de abril para celebrar.
Se o Brasil tivesse definido uma data para celebrar o fim da ditadura, talvez não observássemos com tanta dor a fragilidade da nossa democracia.
Todo país deveria fixar o que é passado e o que é futuro através de datas como essa.
Todo idioma deveria conter afeto nas palavras corriqueiras como o português de Portugal transporta .
Gosto de ser chamada de “ miúda“.
Gosto de ver os meninos brincando e ouvir seus pais chama-los carinhosamente de “ putos “.
Gosto do uso constante de diminutivos.
Gosto de ouvir ” magoei-te ? ” quando alguém pisa no meu pé.
Gosto do uso das palavras de forma doce.
O mundo deveria aprender a ter modéstia como os portugueses, embora os portugueses devessem ter mais orgulho desse seu país do que costumam ter.
Portugal usa suas melhores características para aproximar as pessoas, não para afastá-las.
A arrogância que impera em tantos países europeus, passa bem longe dos portugueses.
O mundo deveria saber olhar para dentro e para fora como Portugal sabe.
Portugal não vive centrado em si próprio como fazem os franceses e os norte americanos.
Por outro lado, não ignora importantes questões internas, priorizando o que vem de fora, como ocorre com tantos países colonizados.
Portugal é um país muito mais equilibrado do que a média e é muito maior do que parece.
Acho que o mundo seria melhor se fosse um pouquinho mais parecido com Portugal.
Essa sorte, pelo menos, nós brasileiros tivemos."

quarta-feira, outubro 10, 2018

No Campo de Santa Clara...

No Campo de Santa Clara (124 -126) existe um prédio com aquela que é provavelmente a mais bela fachada de azulejos em Lisboa. Encontra-se perto do Panteão Nacional onde se realiza a Feira da Ladra, e data de 1860. Criada ao gosto romântico da época, de inspiração barroca, usa o azul, o amarelo e o branco para representar bustos e molduras imitando mármore.

terça-feira, outubro 09, 2018

As Saloias na Poesia Popular


As saloias são cantadas na poesia popular. A quadra, abaixo,  recolhida na aldeia da Rapa (Celorico da Beira) desenha nitidamente dois perfis: o etnográfico, da saloia; o moral do poeta.

Quem me dera em Lisboa,
Á porta de uma taberna,
P’ra ver passar a saloia
Com a saia a meia perna.

A seguir, a referência ao traje da saloia (folclore lisbonense dos arredores, ou da região mais próxima de Lisboa).

Sou saloia, trago botas,
E também trago mantéu,
Também trago carapuça
Debaixo do meu chapéu.

Sou saloia, trago botas,
Também trago o meu manteu
Também tiro a carapuça
A quem me tira o chapeu.

Agora mais três quadras acerca das saloias.

Sou saloia, vendo queijos,
Também vendo requeijão,
Também falo ao meu amor,
Quando tenho ocasião. (!)

Lavadeira, que lava a roupa,
Ela lava a roupa boa;
Ela lava, lava a roupa,
O sabão vem de Lisboa.

Ó saloia, dá-me um beijo,
Que eu te darei um vintém,
Os beijos de uma saloia
São caros, mas sabem bem.

domingo, outubro 07, 2018

Volta ao Mundo



Dê uma Volta ao Mundo, ainda que virtual, através da excelente apresentação que se segue.
Ora veja!. Vale bem a pena!
Não perca esta oportunidade.