sábado, março 09, 2013

Rostos de Mulher

Rostos de mulheres, através das mãos e da criatividade de artistas (homens) de várias épocas e continentes. Esta foi outra forma de celebrarmos o papel da Mulher e o seu Dia, que se transformou em semana, neste blogue.

sexta-feira, março 08, 2013

Simplesmente Mulher

Tantas, sou só uma e sou tantas
Sou devassa e sou santa
Recatada e vulgar

Louca, tão centrada e tão louca
Degustando em tua boca
As delícias de amar

Me respeita e me abusa
Me ame como quiser
Simples demais ou confusa

Sou simplesmente mulher. 

quinta-feira, março 07, 2013

Avenida de Angola

Oiça e veja Cristina Branco, interpretando a canção de Zeca Afonso, "Avenida de Angola".
Cristina Branco é uma cantora e fadista portuguesa nascida em Almeirim, no Ribatejo, em 1972.
Cristina Branco está de volta aos discos, desta vez com um retrato bem vivo do Portugal dos dias de hoje. "Alegria" é o título paradoxal de um álbum feito de personagens que espelham bem as dificuldades de um país em crise.

quarta-feira, março 06, 2013

A Terceira Miséria

"A Terceira Miséria" é o último livro de  Hélia Correia.
 Hélia Correia (1949), é uma escritora portuguesa. Além de se ter dedicado à escrita, também fez diversas traduções.
Este ano, venceu o Prémio Vergílio Ferreira pelo conjunto da sua obra, e venceu ainda o Prémio Literário Correntes d'Escritas, também pelo conjunto da sua obra.
O livro de poesia, "A Terceira Miséria", uma homenagem à Grécia, é um livro que faz, assim,  um regresso à memória e aos clássicos.
O título do livro é também o título de um longo poema que diz:

"A terceira miséria é esta, a de hoje. 
A de quem já não ouve nem pergunta. 
A de quem não recorda".

terça-feira, março 05, 2013

Vê se me Esquece

Oiça Zélia Duncan, interpretando uma canção de Itamar Assumpção: "Vê se me Esquece".

Já que você não aparece,
Venho por meio desta
Devolver teu faroeste,
O teu papel de seda,
A tua meia bege,
Tome também teu book,
Leve teu ultraleve
Carteira de saúde,
Tua receita de quibe,
De quiabo, de quibebe,
Do diabo que te carregue,
Te carregue, te carregue
Teu truque sujo, teu hálito,
Teu flerte, tua prancha de surf,
Tua idéia sem verve,
Que nada disso me serve
Já que você não merece,
Devolva minhas preces,
Meu canto, meu amor,
Meu tempo, por favor,
E minha alegria que,
Naquele dia,
Só te emprestei por uns dias
E é tudo que lhe pertence

Ps: já que você foi embora por que não desaparece?

segunda-feira, março 04, 2013

Maluda

Maluda (1934 - 1999)  foi uma importante pintora portuguesa. Nasceu em Goa, no então Estado Português da Índia. Viveu desde 1948 em Lourenço Marques (actual Maputo), onde começou a pintar e onde formou, com mais quatro pintores, o grupo que se intitulou "Os Independentes", que expôs colectivamente em 1961, 1962 e 1963. Em 1963 obteve uma bolsa de estudos da Fundação Calouste Gulbenkian e viajou para Portugal, onde trabalhou com o mestre Roberto de Araújo. Entre 1964 e 1967 viveu em Paris, como bolseira da Gulbenkian. Aí trabalhou com os mestres Jean Aujame e Michel Rodde. Foi nessa altura que se interessou pelo retrato e por composições que fazem a síntese da paisagem urbana, com uma paleta de cores muito característica e uma utilização brilhante da luz, que conferem às suas obras uma identidade muito própria e inconfundível. Em 1969 realizou a sua primeira exposição individual, em Lisboa. Em 1973 realizou uma grande exposição individual na Fundação Gulbenkian, que teve grande sucesso e lhe deu grande notoriedade. Entre os anos de 1976 e 1978 foi novamente bolseira da Fundação Gulbenkian, estudando em Londres e na Suíça. A partir de 1978 dedicou-se à temática das janelas, procurando utilizá-las como metáfora da composição público-privado. A partir de 1985, Maluda foi convidada para fazer várias séries de selos para os CTT. Dois selos da sua autoria ganharam, na "World Government Stamp Printers Conference", em Washington, em 1987 e em Périgueux (França), em 1989, o "Prémio mundial" para o melhor selo. Em 1994 recebeu, em Portugal, o prestigiado "Prémio Bordalo Pinheiro". Em 1998, realizou a sua última exposição individual: "Os selos de Maluda". Embora tenha experimentando vários géneros: retratos; serigrafias; tapeçarias; cartazes; painéis murais; ilustrações e selos de correio; a obra de Maluda está muito voltada para a síntese da paisagem urbana. Pamplona, refere que Maluda segue, conceptualmente, Paul Cézanne (1839-1906), o mestre do Impressionismo. Se quiser ficar a conhecer melhor a sua obra, veja com atenção a apresentação que se segue. 

domingo, março 03, 2013

Fado da Despedida

Mais uma vez o fado de Coimbra, na voz de Luiz Goes, com o "Fado da Despedida".
Os Tempos de Coimbra, na Aula Magna, em 1989. O Fado da Despedida tem música e letra de Luiz Goes. Os arranjos são de António Portugal e os músicos são: António Portugal, António Brojo, Rui Pato, Aurélio Reis e Luís Filipe.

Ser fadista foi meu sonho
Mas não foi esse o meu fado
Deus traçou-me outro destino
Cheio de amor e carinho
Fui cantar para outro lado

Abandonei a guitarra
Despedi-me e fui pra longe
Deixei tudo o que gostava
Pra responder à chamada
Pois meu destino é ser monge

As saudades que eu senti
Descrevê-las bem não sei
Pois esta vida de luz
Que à verdade nos conduz
Vale bem o que deixei

Não choram pelo meu fado
E de mim não tenham dó
Sou feliz e só por isto
Entreguei-me todo a Cristo
Nunca mais me senti só