Burgueses Portugueses |
O Ceilão Português, era um território Português no atual Sri Lanka (de 1505 a 1658).
Os portugueses encontraram primeiramente o Reino de Kotte, com quem assinaram um tratado. O Ceilão Português foi estabelecido através da ocupação de Kotte e a conquista de reinos circundantes. Em 1565 a capital do Ceilão Português foi transferida de Kotte para Colombo. A introdução do cristianismo pelos portugueses deu origem a atritos com o povo cingalês.
Provavelmente os cingaleses procuraram ajuda da Holanda na sua luta pela libertação da Igreja Católica. O Império Holandês, calvinista e anti-católico, inicialmente assinou um acordo com o Reino de Kandy.
Após a crise da economia ibérica, em 1627, com a Guerra Luso-Holandesa os portugueses perderam algumas colónias asiáticas, conquistadas pelos holandeses. Foi este o destino dos territórios cingaleses de Portugal, ocupados então pela Holanda. Houve muitos mártires católicos.
Apesar do decurso da história, ainda há elementos da cultura portuguesa no Sri Lanka, datando do período colonial.
Mapa Português do Ceilão |
Têm a sua própria língua a que chamam "português do Sri Lanka" e foram o sinal da paz durante a guerra civil que assolou aquele país. É preciso salientar que o próprio General que fez cessar o conflito se chama Sarath Fonseka.
Burghers (burgueses) é a designação genérica usada no Sri Lanka para nomear os cidadãos de ascendência mista europeia (portuguesa, holandesa, inglesa, etc.) e oriental (cingalesa, tamil, malaia, etc.) que conservam costumes e tradições de origem europeia à mistura com costumes e tradições de origem local.
De entre os burgueses do Sri Lanka há a distinguir, sobretudo, duas comunidades:
- Os burgueses holandeses, frutos da colonização holandesa e inglesa da ilha, que são protestantes presbiterianos, falam inglês, vivem sobretudo na capital do país, Colombo, e nos últimos 40 anos têm emigrado em massa, sobretudo para a Austrália;
- Os burgueses portugueses, predominantemente resultantes da união entre portugueses e habitantes locais, que seguem a religião católica, falam (cada vez menos) um crioulo indo-português e vivem predominantemente na costa oriental da ilha, sobretudo nas cidades de Batecalou (Batticaloa) e Trinquemale (Trincomalee).
Esta comunidade de burgueses portugueses com um grande sentido de lusitanidade, pretende dar a conhecer a Portugal algumas facetas da sua cultura.
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