Tamara de Lempicka, nascida Maria Górska, (1898 - 1980) foi uma notável pintora art déco polaca. Tamara desenvolveu um estilo único e ousado (definido por alguns como "cubismo suave"), que resumia os ideias do modernismo de vanguarda da art déco.
A sua primeira grande exposição teve lugar em Milão em 1925, tendo pintado 28 novas obras em seis meses. Rapidamente se tornou uma das mais importantes artistas de sua geração, pintando membros da nobreza e da sociedade europeia.
Tamara foi também uma notável figura boémia parisiense, tendo conhecido nomes como Pablo Picasso e Jean Cocteau. Famosa pela sua beleza física, era abertamente bissexual e os casos que teve com homens e mulheres causaram escândalo na época.
Tamara imortalizou em vários quadros a sua filha, Kizette: Kizette em Rosa de 1926; Kizette na Varanda de 1927; Kizette Dormindo de 1934; Retrato da Baronesa Kizette de 1954-1955 etc.
Assista agora ao vídeo: Tamara de Lempicka, a Baronesa do Pincel.
A Arte de Goa, Damão e Diu é um livro de Carlos de Azevedo(1918-1974), com fotografias do autor e ainda de Mário Tavares Chicó e de José Carvalho Henriques.
Estudo sobre a arquitetura portuguesa em Goa, Damião e Diu, que teve origem numa missão de estudo, empreendida pelo autor no ano de 1951 àquelas regiões na altura de Portugal longínquo.
O prefácio refere: "(…) Acresce a circunstância de A Arte de Goa, Damão e Diu, como produto cultural de um tema específico, ser uma obra de concepção e feitura admiráveis, pelo que ocupa um lugar eleito na nossa historiografia artística. A par do valioso recheio de informação, possui umas traves-mestras que se consideram, há um quarto de século, a mais avançadas no posto de vista científico".
A relação de Goa, na Índia, com Portugal, data de 1498, quando Vasco da Gama descobriu o tão sonhado caminho marítimo para as Índias Orientais.
Durante 450 anos os enclaves de Damão e Diu (junto ao estado do Guzerate) situados na costa do mar Arábico fizeram parte do Estado Português da Índia, juntamente com Goa, Dadrá e Nagar Aveli. Goa, Damão e Diu foram ocupados pela União Indiana em 19 de dezembro de 1961; contudo Portugal não reconheceu a ocupação até 1974.
Goa, Damão e Diu tornaram-se um território da União até1987, altura em que Goa se tornou um estado de direito próprio dentro da Índia, permanecendo Damão e Diu como território da União separado administrativamente. Em 2020 fundiu-se com os territórios de Dadrá e Nagar Aveli, formando o novo território da união de Dadrá e Nagar Aveli e Damão e Diu. Dadrá e Nagar Aveli e Damão e Diu é um território da União localizado no oeste da Índia, com capital na cidade de Damão. O território é composto por sete entidades geográficas separadas: Dadrá, Nagar Aveli, Damão, península de Gogolá, ilha de Simbor, praia de Nagoá e a ilha de Diu.
Todas as sete áreas que formam o territóriofaziam parte da Índia Portuguesa, com a capital em Goa Velha; ficaram sob administração indiana após a invasão de Dadrá e Nagar Aveli (1954) e da invasão de Goa, Damão e Diu (1961)
O guzerate era o idioma maioritário do território. Antes da fusão, o uso do português estava em declínio por não ser ensinado nas escolas, embora ainda fosse falado por 10% dos habitantes de Damão. Existiam contudo crioulos portugueses em Damão (conhecidos comolíngua da casa) e Diu (alíngua dos velhos); porém, este último estava a extinguir-se rapidamente devido à pressão do guzerate.
Atualmente, o português já não é a língua mais falada em Goa, o inglês e as línguas indianas como o concani (língua oficial de Goa) ou o hindu são as línguas preponderantes da região. Porém, de acordo com o jornal "Observador", em 2019, eram cerca de dois mil estudantes de português em Goa, e a quantidade de goeses que se interessam pelo idioma cresce com o passar do tempo.
Proponho-lhe que ouça agora um instrumental do grupo português Quinta do Bill intitulado Goa, Damão e Diu.
A Batalha de Cochim, também às vezes chamada de Segundo Cerco de Cochim, designa uma série de conflitos travados entre março e julho de 1504, com a ocorrência tanto de confrontos navais quanto terrestres, principalmente entre a guarnição portuguesa situada em Cochim, aliada ao próprio Reino de Cochim, e as forças invasoras do Samorim de Calicute com vassalos da costa do Malabar.
O vídeo abaixo que o autor designou como A Termópilas Portuguesa, fala-lhe sobre os acontecimentos que levaram à batalha de Cochim em 1504. Assim que Vasco da Gama partiu da Índia, o samorim de Calecute atacou Cochim, e por pouco, a presença portuguesa no subcontinente não foi eliminada. Depois da chegada da 5ª armada e dos primos Albuquerque, Afonso e Francisco, um pequeno contingente armado português, foi a única força que os primos deixaram na Índia. Mesmo assim, a força luso-cochinesa de 8150 homens derrotou a do samorim de dezenas de milhares, depois de 7 batalhas em 4 meses.
Ser mulher aqui é ser mulher de quem? Ter um papel assinado pra ser alguém Ser decente, quem se apresenta à mãe Mesmo que o filho não valha a mulher que tem
Ser mulher aqui é ser submissa Rezar o terço, dizer sim e ir à missa Não ter opinião, ser bonita Ser tão nova quanto o estado e andar bem vestida
E eu que tenho a liberdade debaixo dos braços Tenho brasas a arder debaixo dos pés Pus uma pedra sobre o meu passado E se o que eu sou ofende quem és
Deixa-me abanar a cabeça, põe mais vinho nesta mesa Que eu, eu quero esquecer Quero ser o centro da festa, o assunto da conversa Eu, eu quero aparecer
Deixa-me abanar a cabeça, põe mais vinho nesta mesa Que eu, que eu hoje faço um brinde Quero ser dona da festa, tenho dois dedos de testa Sou a voz e nem sou boa ouvinte
Foi deixada, abandonada É carente e mal amada Está tão triste e tão sozinha Pobrezinha
Sem apelido e sem marido E de quem será o filho? Está cansada, ela trabalha Coitadinha, coitadinha
Deixa-me abanar a cabeça, põe mais vinho nesta mesa Que eu, eu quero esquecer Quero ser o centro da festa, o assunto da conversa Eu, eu quero aparecer
Deixa-me abanar a cabeça, põe mais vinho nesta mesa Que eu, que eu hoje faço um brinde Quero ser dona da festa, tenho dois dedos de testa Sou a voz e nem sou boa ouvinte
Hum-hum-hum-hum Hum-hum-hum-hum
E eu que tenho a liberdade debaixo dos braços Tenho brasas a arder debaixo dos pés Pus uma pedra sobre o meu passado E se o que eu sou ofende quem és
Deixa-me abanar a cabeça, põe mais vinho nesta mesa Que eu, eu quero esquecer Quero ser o centro da festa, o assunto da conversa Eu, eu quero aparecer
Deixa-me abanar a cabeça, põe mais vinho nesta mesa Que eu, que eu hoje faço um brinde (brinde) Quero ser dona da festa, tenho dois dedos de testa Sou a voz e nem sou boa ouvinte
Cochim é a maior cidade do estado de Querala - estado com o maior nível de escolaridade da Índia. Fez parte do Estado Português da Índia entre 1503 e 1663. É um dos principais portos na costa ocidental deste país e a maior cidade da Índia onde mais de metade dos seus habitantes não professa o hinduísmo.
Tem cerca de 600 000 habitantes, e a sua área metropolitana, mais de 1 500 000 habitantes, tornando-a a maior área urbana de Querala.
Ocupada por forças portuguesas em 1503, tornou-se um entreposto europeu na Índia. Permaneceu como capital da Índia Portuguesa até 1510, quando os portugueses elegeram Goa como capital. Foi ocupada posteriormente pelos Holandeses, osMysores e os Britânicos.
Entre os muitos pontos históricos da cidade, relacionados com as navegações portuguesa destacam-se, entre outros, a Igreja de São Francisco, onde foi sepultado Vasco da Gama (posteriormente trasladado para Portugal), a Fortaleza de Cochim e a Basílica de Santa Cruz.
Em 1947, quando a Índia obteve a sua independência do poder colonial britânico, Cochim foi o primeiro principado a unir-se à União Indiana voluntariamente.
Mapa artístico da Fortaleza de Cochim
Cochim ou Kochi cresceu como centro da indústria de transportes, do comércio internacional, do turismo e das tecnologias da informação e comunicação. É o mais importante centro comercial de Querala e uma das metrópoles secundárias de maior crescimento na Índia. Como outras grandes cidades nos países em vias de desenvolvimento, Cochim continua a lutar com problemas resultantes da urbanização como o congestionamento de trânsito e o impacto ambiental da atividade humana.
A cidade mantém, hoje, uma herança colonial resultante de culturas diferentes e da mistura de tradição e modernidade.
Do seu património há a destacar: A Igreja de S. Francisco (1503), construída por portugueses com o túmulo vazio de Vasco da Gama; O Museu Indo-Português; A Basílica de Santa Cruz; O Santuário construído junto à basílica de Santa Cruz dedicado a Nossa Senhora de Fátima;
A Fortaleza de Cochim; O Bairro da Fortaleza de Cochim (com casas coloniais cobertos de azulejos e vários locais de prática religiosa); A Sinagoga de Cochim ou Sinagoga de Paradesi (construída em 1568); O Palácio de Mattancherry (construído pelos portugueses e restaurado pelos holandeses);
Cochim e o estado de Kerala são considerados como "uma outra Índia": mais limpa, mais verde, com influência portuguesa e judaica, onde se come churrasco e as mulheres têm voz.
Cochim ou Kochi é na verdade uma região metropolitana dividida em: Fort Kochi, área mais antiga (centro histórico) e turística da cidade; Ernakulam, centro comercial, interligado por metropolitano; Edapally, subúrbio com alguns shoppings e atrações.
Existem outras áreas e ilhas ligadas por pontes, mas os três lugares acima referidos são os principais locais a visitar. Além disso existem algumas regiões ligeiramente mais afastadas que merecem atenção, como Munnar, onde ficam as plantações de chá; e Allepey, de onde partem os passeios de hotéis flutuantes pelos backwaters.
As redes de pesca chinesas, que são típicas de Cochim, são usadas há séculos.
Se quiser ficar a conhecer melhor esta cidade não deixe de ver os dois vídeos abaixo. Aqui vai o primeiro.
O segundo chama-se A Rota de Gama - Hora dos Portugueses.
Neste 4 portugueses que decidiram celebrar os 500 anos da morte de Vasco da Gama percorrem de moto as cinco cidades por onde passou Vasco da Gama terminado no local onde ele faleceu (Cochim).